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Presidente da Liesa diz ser 'eticamente improvável' ter Carnaval em 2021

Campeã de 2020, Viradouro desfilando sob chuva na Sapucaí - Luciola Villela/UOL
Campeã de 2020, Viradouro desfilando sob chuva na Sapucaí Imagem: Luciola Villela/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/07/2020 08h40Atualizada em 15/07/2020 11h19

A definição dos desfiles das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro em 2021 segue incerta. Ontem, a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio) realizou reunião, e para o presidente da associação, Jorge Castanheira, a única certeza até agora é que os desfiles só poderão acontecer caso uma vacina contra a covid-19 tenha sido descoberta.

"Só imaginamos o desfile com uma vacina [para o coronavírus]. Não conseguindo uma vacina ou plano de atuação que garanta a segurança para todos até meados de setembro, será difícil apresentar no molde atual. Depois disso, pode ser que fique inviável apresentar o carnaval da forma que é conhecido hoje. Na condição de hoje, é eticamente improvável ter o desfile", disse em entrevista ao jornal O Globo.

A decisão final sobre as apresentações do próximo ano deve ser tomada somente em setembro, e um dos obstáculos para a realização dos desfiles é o tempo hábil entre uma possível liberação das autoridades e o tempo de produção das escolas de samba.

"É um evento que mexe muito com o calendário nacional e internacional. Se tivermos uma sinalização positiva das autoridades de saúde, vamos analisar o que será possível. Tem várias variáveis na ciência e não podemos nos precipitar neste momento. Temos que ter prudência e enxergar eticamente o sofrimento das pessoas que estão perdendo seus entes e lutando nos hospitais pela vida", considerou Castanheira.

A possibilidade de transferência da data do início do evento, porém, também não parece uma opção garantida.

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