De Karol Conká a Alemão: ex-BBBs que tiveram problemas na Justiça
Quando se fala em vida de ex-BBB, a imagem que surge na nossa cabeça é quase sempre a mesma: publis, aparições em festas e alguns sorteios de iPhone no Instagram.
Mas nem sempre é assim: enquanto alguns participantes do reality conseguiram se lançar à fama após o programa, outros se enrolaram com problemas na Justiça.
Rodolffo
A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) da Polícia Civil do Rio de Janeiro começou a investigar Rodolffo Matthaus, do "BBB 21", por seu comentário racista sobre o cabelo de João Luiz no reality. O sertanejo afirmou que a peruca da fantasia do monstro, de homem das cavernas, era igual ao cabelo crespo de João.
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, o crime investigado deve ser injúria racial, que acontece "se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
Lucas Penteado
Em fevereiro, enquanto Lucas ainda estava no BBB, uma ex-namorada registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica, agressão e cárcere privado ocorridos entre março e maio de 2020.
Segundo o depoimento da vítima, de 20 anos, eles começaram a namorar em janeiro de 2020 e, no início de março, ela foi até o apartamento de Lucas para passar um fim de semana. Ao tentar ir embora, Lucas a teria impedido, disse que eles iriam casar e que por isso ela deveria passar a morar no apartamento dele, no bairro Bela Vista, em São Paulo.
Ele prestou depoimento em abril, após sair do BBB, e negou as acusações: disse que a ex ficou em sua casa por quatro dias e não queria ir embora — só foi quando seus pais chegaram para buscá-la.
Karol Conká
"Polêmica" é pouco para descrever a passagem de Karol Conká pelo BBB: a cantora foi alvo de nada menos que 25 denúncias no Ministério Público enquanto estava no reality. Ela foi acusada, por exemplo, de discriminação quanto à origem nordestina de Juliette, e também de injúria contra Lucas Penteado.
Em março, nove das denúncias foram arquivadas pela Justiça do Rio de Janeiro após o MP avaliar que as atitudes dela não configuravam crime.
Felipe Prior
Felipe Prior, participante do Big Brother Brasil 20, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por dois estupros e uma tentativa de estupro. A audiência está marcada para o dia 4 de fevereiro de 2022.
Os casos foram divulgados pela revista "Marie Claire", em abril de 2020, quando ele ainda estava no programa. Os relatos são de 2014, 2016 e 2018 — os três teriam acontecido em festas da faculdade ou jogos universitários. A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investigou o caso e concluiu o inquérito sem indiciá-lo.
Marcos Harter
O cirurgião plástico Marcos Harter foi expulso do "BBB 17" após ser acusado de agredir Emilly Araújo, com quem tinha um relacionamento no reality show da TV Globo. Ele chegou a ser proibido de praticar medicina por seis meses, mas acabou sendo inocentado.
Após a conclusão do inquérito, ele anunciou que processaria a Rede Globo por danos morais. Por determinação judicial, a emissora entregou à Justiça neste ano o vídeo de Emilly falando com um médico e uma advogada no programa sobre as supostas agressões.
As imagens vazaram em agosto, e mostram a vencedora da edição dizendo que Marcos é responsável pelos hematomas em seu corpo. Ainda em 2017, Marcos participou do reality "A Fazenda", conquistando o vice-campeonato do reality show da Record TV.
Laércio de Moura
Laércio de Moura, participante do "BBB 16", foi condenado a 12 anos de reclusão pela Vara de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos do Foro Central de Curitiba (PR) pelos crimes de estupro de vulnerável e armazenamento de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
As denúncias começaram a surgir quando ele foi anunciado como participante do reality. A partir dos relatos, a polícia identificou uma adolescente que se relacionou com Laércio em 2012, quando ela tinha apenas 13 anos e ele, 49.
No programa, ele brigou com Ana Paula Renault, que o acusou de ser pedófilo por fazer gestos obscenos para as mulheres mais novas da casa e admitir ter vivido um "triângulo amoroso" com meninas de 17 e 19 anos. Ele não foi expulso: foi eliminado em um paredão contra a jornalista, com 54% dos votos.
Diego Alemão
O vencedor do "BBB 7", Diego Alemão, foi preso em flagrante em abril deste ano em Curitiba (PR) após dirigir bêbado, bater o carro, agredir o motorista do outro veículo e ainda desacatar os policiais que o abordaram. Ele saiu da prisão no dia seguinte, após pagar a fiança de R$ 7.000.
Em março, ele já havia se envolvido em uma grande confusão numa casa noturna em São Paulo. Ele foi filmado provocando um homem e sendo observado por outra pessoa. Em determinado momento, o homem que apenas observava a provocação dá um soco em Alemão, que revida, começando assim uma confusão generalizada no espaço.
Cássio Lannes
Participante do "BBB 14", Cássio Lannes, foi investigado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) do Rio de Janeiro após um comentário racista durante uma conversa com Tatá Werneck no programa.
Na ocasião, ele disse que era "acusado de assassinato" por "atravessar uma afrodescendente" numa relação sexual. Na época, a Coordenação Nacional de Entidades Negras reuniu outras declarações racistas postadas por ele nas redes sociais.
Dhomini Ferreira
O campeão do "BBB 3" voltou ao programa em 2013 e fez uma declaração polêmica: ele foi investigado por maus-tratos aos animais após dizer que arrancou os dentes de seu cachorro com um machado. De acordo com Dhomini, o animal teria vivido mais cinco anos após o incidente.
O caso foi investigado pela Delegacia Estadual de Meio Ambiente de Goiás, que foi até o local onde ele mora para averiguar a situação. As autoridades entrevistaram familiares de Dhomini, assim como veterinários que atestaram ser impossível extrair os dentes do animal com um machado sem causar outros danos. O inquérito foi concluído e as acusações arquivadas.
Daniel Echaniz
Daniel Echaniz foi expulso "Big Brother Brasil 12" suspeito de ter estuprado outra participante do programa, Monique Amin, durante uma festa do programa.
No dia da expulsão, a polícia do Rio de Janeiro foi até o Projac e apreendeu o passaporte do participante. No entanto, as autoridades concluíram que ele era inocente e o inquérito foi arquivado — Monique, depois, afirmou que a relação havia sido consensual.
Daniel processou a Globo por danos morais e materiais. Na época, ele afirmou em entrevista ao UOL:
A TV Globo foi tão cruel que não pensou na consequência do que fez comigo. Não tenho por que me calar e ter medo. Claro que eu tenho que saber o que falar porque tudo pode ser usado contra mim. Estou totalmente livre, leve e solto."
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