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Andreas Kisser doa mais de 90 mil para ONG de cuidados paliativos

Patrícia Perissonotto Kisser, produtora e esposa de Andreas Kisser (foto), sonhou com festival de música que gerou mais de 90 mil reais para ONG  - Reprodução/Instagram
Patrícia Perissonotto Kisser, produtora e esposa de Andreas Kisser (foto), sonhou com festival de música que gerou mais de 90 mil reais para ONG Imagem: Reprodução/Instagram

Marcos Candido

De Ecoa, em São Paulo (SP)

08/12/2022 06h00

O líder do Sepultura, Andreas Kisser, repassou R$ 91 mil a uma ONG de cuidados paliativos que atende comunidades pobres de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.

O valor veio do Patfest, evento em homenagem a Patrícia Kisser. A médica e produtora morreu em julho após um câncer. A ONG Comunidade Compassiva pretende construir leitos com o dinheiro arrecadado com o ingresso (saiba como ajudar abaixo).

Em outubro, Ecoa narrou a luta de Andreas por uma morte mais digna após perder a esposa, que, neste ano, esteve sob cuidados paliativos nos últimos meses de vida, em São Paulo.

O que aconteceu? Patrícia queria um festival de música para celebrar a alta, mas a doença se agravou. Nos últimos meses, foi colocada sob tratamento paliativo, um método usado para dar mais conforto para pacientes com doenças consideradas incuráveis.

Os cuidados paliativos usam analgésicos e espaços confortáveis para os pacientes. Porém, nem todos têm acesso a esse tratamento no Brasil. O país é o terceiro pior para morrer no mundo - com mortes dolorosas e doenças incuráveis sequer detectadas.

Andreas Kisser repassa valor de dinheiro arrecadado em show em São Paulo em homenagem à Patrícia Kisser, esposa do músico morta em julho após a descoberta de um câncer - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Andreas Kisser repassa valor de dinheiro arrecadado em show em São Paulo em homenagem à Patrícia Kisser, esposa do músico morta em julho após a descoberta de um câncer
Imagem: Reprodução/Instagram

A ideia do show continuou. Andreas manteve o sonho de Patrícia. O festival de música teve músicos como Titãs, Sandy & Junior, João Gordo, Dinho Ouro Preto e apresentações de Serginho Groisman e Marisa Orth em São Paulo. O valor do ingresso foi doado.

A ONG, criada pelo médico Alexandre Silva, conta com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e psicólogos voluntários.

Eles buscam e tratam pessoas com doenças cujo tratamento, em vez de ajudar, causarão mais sofrimento ao paciente.

"Eu imaginei que as pessoas que vivem nas favelas - com tantas questões de violência, pobreza, falta de acesso - morriam de maneira pior", disse Alexandre na ocasião.

Movimento foi criado em homenagem. A morte também incentivou o Mãetrícia, um grupo de divulgação de cuidados paliativos e discussão sobre o direito à escolha de como morrer. O nome é uma homenagem à personalidade hospitaleira de Patrícia.

O grupo também discute morte, luto e eutanásia quando o paciente doente escolhe abreviar a própria vida. No Brasil, a escolha é criminalizada.

"Hoje faz 5 meses que nossa querida 'Mãetrícia' nos deixou fisicamente, mas ela continua aqui, ajudando a todos - inclusive aqueles que ela não conhece", escreveu o movimento em nota.

A ONG Comunidade Compassiva aceita trabalho voluntário e doação de insumos médicos, como fraldas geriátricas. Acesse o Instagram da instituição ou escreva para o e-mail ccompassiva@gmail.com. Para doações em dinheiro:

Nome do titular: Ligia de Azambuja Gomes Carneiro
Banco: C6Bank
Agência: 0001
Conta: 17608223-9

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