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Leandro Vieira renova com Mangueira com pequeno aumento: 'Andando de metrô'

Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira - Reprodução/Instagram
Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira Imagem: Reprodução/Instagram

04/03/2020 23h22

Leandro Vieira assinou na tarde desta quarta (04) por mais um Carnaval na Estação Primeira de Mangueira. Cotado para continuar na Imperatriz Leopoldinense (onde ele também foi o carnavalesco e levou a escola ao grupo especial), o jovem talento explicou porque segue na Verde e Rosa.

"É um privilégio ter a oportunidade de desenvolver uma assinatura minha no Carnaval, quer dizer, lá eu tenho a certeza de que eu terei total liberdade para desenvolver a minha marca. Se você avaliar, os grandes nomes do Carnaval só conseguiram desenvolver uma assinatura porque não ficaram pulando de escola em escola: o Paulo (Barros) na Tijuca, a Rosa (Magalhães) na Imperatriz e Renato (Mocidade) são grandes exemplos"

Mas, afinal, qual a tal "marca" do Leandro? "A minha marca é tentar desenvolver propostas que falem da cultura realmente brasileira: da rua, da música, das festas, da fé, da favela, dos segregados, dos excluídos..."

Mas a Mangueira teve ao longo do ano sérios problemas de salários atrasados. Aliás, mesmo com dois títulos, Leandro segue na tentativa de melhorar anualmente seu salário: "O dinheiro não é fundamental. Eu vivo a entressafra do Carnaval com salários mais baixos. Meu salário teve um pequeno aumento e isso é bom. Sigo andando de metrô e morando no subúrbio", orgulha-se.

A Coluna do Leo Dias pediu ainda a Leandro para analisar o Carnaval de 2020: "Acabou definitivamente a ideia de quem está começando não consegue nota 10. O campeão e o vice deste ano são estreantes no Grupo Especial. Eu estou somente há cinco anos no Carnaval e já tenho dois títulos".

Sobre a Mangueira deste ano, Leandro fez a seguinte reflexão: "Eu sou um carnavalesco corajoso, eu quero desafiar. O carnaval da Mangueira deu o que falar. Eu queria que as pessoas refletissem. E acho que consegui. Dizem que eu sou um carnavalesco político, mas não é verdade. Meus enredos falam para e sobre o verdadeiro Brasil. O que me interessa é a favela, a rua, a música popular."

Para finalizar, Leandro avisa que está aberto a propostas de escolas do grupo de acesso. Três delas já fizeram contato.

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