Com Brasil como '2ª casa', ex-Bulls será 1º estrangeiro na NBA House de SP

A NBA House já se tornou tradicional em São Paulo durante as finais da maior liga de basquete do mundo e, pela primeira vez na capital paulista, a liga trará um jogador estrangeiro como uma das atrações: o ex-pivô Joakim Noah, ex-astro do Chicago Bulls, que vê o Brasil como uma 'segunda casa'.

A esposa de Noah, Lais Ribeiro, é brasileira e eles tiveram um filho recentemente. "Ele estará no Brasil pela primeira vez. Estou muito animado. Ele vai conhecer todas as suas 'tias e avô', conta Noah, em entrevista ao UOL, arranhando um português.

A relação do ex-pivô com o Brasil vai além: o casamento de Noah aconteceu aqui no Brasil, em Trancoso, na Bahia, em julho de 2022. O estado se tornou um dos seus destinos favoritos.

O Brasil sempre foi tão especial e eu estou realmente ansioso para ir. Eu amo ir à Bahia, é a minha favorita. Eu me casei em Trancoso. Mas nós passamos muito tempo no Nordeste, nós ficamos no rio, apenas relaxando e comemos um bom churrasco, picanha.
Noah, ao UOL

Estrogonofe e treino de 3 horas em 1ª vinda ao Brasil

Além do 'bom churrasco', Noah também revelou que o estrogonofe e o abacaxi misturado com moqueca estão entre seus pratos preferidos.

Sua primeira vez no Brasil foi em 2013, quando a NBA trouxe seus jogos de pré-temporada para o país pela primeira vez. Os Bulls enfrentaram o Washington Wizards, do brasileiro Nenê na época, mas Noah não jogou no que, hoje, é sua "segunda casa".

Trevor Ariza tenta proteger a bola de Luol Deng, do Chicago Bulls, enquanto o brasileiro Nenê observa em jogo da NBA no Brasil
Trevor Ariza tenta proteger a bola de Luol Deng, do Chicago Bulls, enquanto o brasileiro Nenê observa em jogo da NBA no Brasil Imagem: Marcelo de Jesus / UOL
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"Infelizmente eu estava machucado, foi uma honra. Eu amo o Brasil. O Brasil sempre foi como uma segunda casa. Eu passei muito tempo no Piauí e no Nordeste com a minha esposa", disse.

Um treino realizado na estrutura do Flamengo ficou marcado na memória do ex-jogador dos Bulls. Segundo ele, o técnico do time na época, Tom Thibodeau, hoje no New York Knicks, não queria que os jogadores perdessem o foco e fez com que eles treinassem por 3 horas.

"Tínhamos acabado de sair do avião e o Tom Thibodeau nos fez treinar por três horas, tão intenso, porque ele não queria que nós aproveitássemos as ruas do Rio, ele queria que nós ficássemos no hotel", lembra Noah, que também jogou por Knicks, Memphis Grizzlies e Los Angeles Clippers na NBA, até se aposentar em 2020.

Jogo mais duro nos playoffs

A NBA tem sido elogiada pelos fãs que gostam do jogo com mais contato em quadra, com menor número de faltas, neste início de pós-temporada em 2025.

A arbitragem tem deixado o jogo rolar mais em algumas situações, o que anima Noah, que é conhecido pelo seu jogo defensivo —eleito como o Jogador de Defesa do Ano da NBA em 2014, nos Bulls.

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"Os juízes estão deixando eles jogarem. Então eu acho que houve esse tipo de pensamento sobre o jogo, que estava ficando 'mole'. Bem, não há nada mole nesses playoffs", diz Noah.

Ele ainda arrisca um palpite. "Eu diria que Boston ainda é o time a ser derrotado. Mas é emocionante. É uma guerra no Oeste", completa.

A NBA House ocorrerá em São Paulo durante as finais de 2025, novamente no Parque Villa-Lobos, entre os dias 5 e 22 de junho.

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