Rafael Reis

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Reportagem

Quanto Textor já faturou com desmanches de Botafogo e Lyon nesta janela?

Desesperado atrás de dinheiro para pagar as dívidas do Lyon e assim evitar o rebaixamento do tradicional clube para a segunda divisão da França, John Textor já arrecadou 63 milhões de euros (quase R$ 390 milhões) nesta janela de transferências.

Esse é o valor da soma das vendas de jogadores realizadas no Mercado da Bola de janeiro por Botafogo, Lyon e RWD Molenbeek, os três principais clubes que têm o investidor norte-americano como controlador das operações.

Neste começo de ano, todos os integrantes da "família Textor" no futebol foram acionados para ajudar a pagar as contas do time francês, que, em tese, ocupa o posto de principal ativo do empresário no ramo esportivo.

Essa é a razão pela qual o Botafogo está dissolvendo o elenco campeão brasileiro e da Copa Libertadores da América, mesmo com a disputa de um Super Mundial de Clubes da Fifa pela frente.

Botafogo dá uma mão... ou mais

Os 33 milhões de euros (R$ 204 milhões) pagos pelo Zenit São Petersburgo pelo atacante Luis Henrique deram uma bela ajuda para a balança comercial de Textor, já que representam mais da metade do faturamento do empresário nesta janela.

Mas essa não foi a única ajuda dada pelo Botafogo ao Lyon. O clube brasileiro repassou 5,3 milhões de euros (R$ 32,8 milhões) aos franceses ao recomprar os direitos econômicos de Jeffinho.

Além disso, precisou ceder gratuitamente (por empréstimo até o fim da temporada) à equipe europeia o meia-atacante argentino Thiago Almada, um dos protagonistas das campanhas vitoriosas de 2024.

E ainda existe a chance de Igor Jesus, centroavante titular do Botafogo e hoje jogador da seleção, ser negociado até o fim da janela para dar mais um upgrade nas contas de Textor. O Arsenal é o principal interessado em contratá-lo.

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Liquidação também na França

O Lyon, evidentemente, também não está em condições de fazer jogo duro pelos seus jogadores. O problema é que outros clubes estão cientes dessa situação e não têm feito ofertas muito generosas ao time francês.

Além da já citada negociação de Jeffinho, que foi feita com um "coirmão", o time de Textor faturou 15 milhões de euros (quase R$ 93 milhões) com a ida do meia Maxence Caqueret para o Como e vendeu o centroavante Gift Orban para o Hoffenheim por 9 milhões de euros (R$ 55,8 milhões).

Mas a maior expectativa é por uma provável transferência do meia-atacante Rayan Cherki, considerado hoje o principal jogador do time. Liverpool e Atalanta disputam a dianteira do negócio, que deve superar a barreira dos 22 milhões de euros (R$ 136,3 milhões).

A situação do Lyon

O dono de sete títulos do Campeonato Francês acumula dívidas superiores a 500 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões), que já ultrapassaram o limite tolerado pela política de fair play financeiro do país de Michel Platini, Zinédine Zidane e Kylian Mbappé.

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Na temporada passada, Textor prometeu que concentraria recursos na redução dessa dívida. No entanto, acabou gastando mais do que arrecadando com vendas de jogadores para salvar o time do rebaixamento dentro de campo.

Agora, a paciência da DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão) chegou ao fim. O órgão proibiu o Lyon de gastar nesta janela de transferências e intimou o clube: se ele não tiver lucro nesta temporada e começar a pagar o que deve, será automaticamente relegado para a segunda divisão.

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