Rafael Reis

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Cria reencontra Palmeiras e vê Liberta como vitrine para volta ao Brasil

Titular do Bolívar e também da seleção boliviana, Robson Matheus passou a adolescência inteira sonhando disputar uma Copa Libertadores da América, mas com a camisa do seu adversário desta noite.

Durante quatro anos, o meio-campista atuou nas categorias de base do Palmeiras. Foi companheiro de Vanderlan, Naves, Gabriel Veron e Garcia, todos posteriormente promovidos para o time principal.

Mas o destino de Robson Matheus acabou sendo bem diferente. Pouco aproveitado na equipe de juniores, acabou liberado para procurar outro clube em 2021, quando tinha 19 anos. E aí mudou-se para o Cruzeiro, onde não ficou por muito tempo.

"Enfrentar o Palmeiras é especial para mim. Cresci jogando futebol no Palmeiras, o clube me fez ser um jogador melhor e até uma pessoa melhor. Foi quem me formou", disse o camisa 14 do Bolívar, em entrevista ao "Blog do Rafael Reis", antes do reencontro válido pelo Grupo G da Libertadores.

Como foi parar no Palmeiras?

Apesar de ter nascido na cidade mais populosa da Bolívia (Santa Cruz de la Sierra), Robson Matheus também possui cidadania brasileira. Seu pai é natural do Brasil e o levou para morar em São Paulo quando tinha dez anos.

O menino passou a jogar futsal no Corinthians e, em um segundo momento, começou a treinar futebol na base da Portuguesa. Mesmo à distância, descolou uma convocação para defender a seleção boliviana no Sul-Americano sub-15, competição em que foi descoberto pelo Palmeiras.

"Fui convocado porque já jogava futebol na Bolívia. Então, eles sabiam da minha existência. Na competição, chamei a atenção do João Paulo [Sampaio, coordenador da base do Palmeiras] e ele me fez o convite."

Volta ao Brasil?

Reforço do Bolívar para esta temporada, Robson Matheus encara o jogo contra o Palmeiras como uma oportunidade para realizar o sonho do seu pai.

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"O maior desejo do meu pai é me ver jogando em um time de primeira do Brasil. Então, a Libertadores e a seleção acabam sendo um tipo de vitrine para mim", explicou o jogador de 22 anos.

O meia também cobrou respeito do Palmeiras na partida desta noite. E fez questão de frisar que a altitude de 3.650 metros de La Paz não é a única arma do Bolívar para se dar bem contra um dos adversários mais poderosos do continente.

"Somos um time muito ofensivo, temos os melhores jogadores da Bolívia. A estrutura que temos é única na Bolívia. Nosso jogo funciona muito bem ofensivamente", completou.

Recorde à vista

Vencedor das últimas seis edições da Libertadores (Flamengo foi campeão em 2019 e 2022, Palmeiras venceu em 2020 e 2021, Fluminense levantou o troféu em 2023 e o Botafogo ganhou no ano passado), o Brasil pode nesta temporada igualar o recorde histórico de títulos da Argentina.

A terra de Lionel Messi faturou a taça mais cobiçada do futebol sul-americano em 25 oportunidades, a última com o River Plate, lá em 2018. Desde então, só deu Brasil, que iniciou a série com 18 conquistas e agora já tem 24.

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A final da Libertadores-2025 já tem data (29 de novembro), mas ainda não um local definido. Mané Garrincha (Brasília), Centenário (Montevidéu) e Monumental U (Lima) são os estádios candidatos a recebê-la.

Brasileiros na 3ª rodada da Libertadores

Terça-feira - LDU 0 x 0 Flamengo, Grupo C, Quito (EQU)
Terça-feira - Inter 3 x 3 Nacional, Grupo F, Porto Alegre
Ontem - Libertad x São Paulo, Grupo D, Assunção (PAR)
Ontem - Estudiantes x Botafogo, Grupo A, La Plata (ARG)
Ontem - Atlético Bucaramanga x Fortaleza, Grupo E, Bucaramanga (COL)
Hoje, às 19h - Bolívar x Palmeiras, Grupo G, La Paz (BOL)
Hoje, às 21h - Bahia x Atlético Nacional, Grupo F, Salvador

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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