Brasileiro arquitetou sucesso e montou Arsenal semifinalista da Champions
A presença do Arsenal nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa e o retorno do clube inglês ao topo da pirâmide do futebol internacional são vitórias que foram arquitetadas por um brasileiro.
O time que hoje recebe o Paris Saint-Germain para começar a decidir uma vaga na decisão da Champions foi montado durante os cinco anos em que Edu Gaspar foi o principal dirigente esportivos dos "Gunners".
O ex-volante deixou o Emirates Stadium em novembro, mas deixou nas mãos do técnico Mikel Arteta um elenco composto basicamente por jogadores que foram indicados e/ou contratados por ele.
Vinte e um dos 24 integrantes do time principal do Arsenal chegaram ao clube durante a gestão de Edu.
As três exceções são os pratas da casa Bukayo Saka, Ethan Nwaneri e Myles Lewis-Skelly. No entanto, a efetivação do primeiro e a promoção dos outros dois à equipe adulta também ocorreram sob supervisão do brasileiro.
Edu virou dirigente do Arsenal em 2019, depois de atuar durante três anos como coordenador de seleções da CBF. Nas primeiras três temporadas em Londres, exerceu o cargo de diretor técnico. Depois, foi promovido para diretor de futebol.
O brasileiro foi embora do clube inglês por decisão própria. Para o seu lugar, foi contratado o italiano Andrea Berta, ex-Atlético de Madri. O novo gestor, no entanto, ainda teve pouco impacto no dia a dia do clube, já que foi anunciado em março e ainda não atuou em nenhuma janela de transferências.
A 'era Edu'
A passagem de Edu pelo Arsenal ficou marcada por dois processos principais: a "brasileirização" do elenco inglês e também o retorno dos investimentos mais pesados à rotina do clube.
Foi graças à atuação do seu ex-diretor que os "Gunners" se transformaram em um dos times mais brasileiros da Premier League. Atualmente, quatro atletas do país pentacampeão mundial vestem a camisa alvirrubra: o goleiro Neto, o zagueiro Gabriel Magalhães e os atacantes Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus.
Foi também durante a gestão do brasileiro que o clube rompeu pela primeira vez a barreira dos 100 milhões de euros (R$ 647,7 milhões) investidos na contratação de um único jogador.
O meia Declan Rice chegou a enfrentar alguma resistência devido aos altos valores envolvidos na sua chegada, mas conquistou de vez a torcida após ser o grande nome da classificação sobre o Real Madrid, nas quartas de final da Champions -chegou a fazer dois gols de falta no mesmo jogo, na partida de ida do mata-mata.
Campeão inédito?
Dois anos depois da primeira conquista da história do Manchester City, a Champions tem 50% de chance de ter novamente um campeão inédito.
Dos quatro times ainda vivos na disputa pelo troféu continental, dois buscam fazê-lo pela primeira vez. Tanto o Arsenal quanto o Paris Saint-Germain só chegaram à final uma vez até hoje... e ambos perderam -os ingleses, em 2006, e os franceses, em 2020.
Enquanto isso, os semifinalistas do outro lado da chave já estão mais que acostumados a serem campões europeus. O Barcelona tem cinco títulos no currículo (1992, 2006, 2009, 2011 e 2015) e a Inter de Milão, três (1964, 1965 e 2010).
O sucessor do Real Madrid no posto de melhor time do continente será conhecido em 31 de maio. Desta vez, o palco da decisão será a Allianz Arena, casa do Bayern de Munique, na Alemanha.
Champions League - semifinais
Hoje, às 16h - Arsenal x Paris Saint-Germain, em Londres (ING)
Amanhã, às 16h - Barcelona x Inter de Milão, em Barcelona (ESP)
6/5, às 16h - Inter de Milão x Barcelona, em Milão (ITA)
6/5, às 16h - Paris Saint-Germain x Arsenal, em Paris (FRA)
Reportagem
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