Rafael Reis

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Reportagem

Arábia sofre para atrair novas estrelas e vive rotina de 'nãos' no mercado

Nem um orçamento "quase infinito" para contratações e a disponibilidade de pagar salários muito acima dos praticados no restante do planeta têm sido suficientes para a Arábia Saudita conseguir atrair novos protagonistas para sua liga.

O campeonato mais rico da Ásia está se dando mal nas recentes tentativas de captar reforços de capacidades técnica e midiática semelhantes aos de Cristiano Ronaldo (Al-Nassr), Karim Benzema (Al-Ittihad) e Neymar (que deixou o Al-Hilal).

Recusas, recusas, recusas

Toni Kroos, Luka Modric, Kevin de Bruyne e o goleiro brasileiro Alisson são alguns nomes importantes do cenário internacional que disseram não para investidas sauditas em janelas de transferências anteriores. Só que, na época de suas recusas, a Arábia conseguia substituir essas estrelas por outras.

Agora, a situação é bem mais delicada. Os clubes do futebol mais poderoso da Ásia tinham duas prioridades para a próxima temporada e provavelmente ficarão sem nenhuma delas.

Mohamed Salah, alvo número um dos sauditas já há um bom tempo, preferiu assinar novo contrato com o Liverpool a ir jogar na Arábia. Vinícius Jr, outro jogador desejado, também já está com renovação engatilhada com o Real Madrid.

Salah, o jogador muçulmano mais famoso da atualidade e, também por isso, objeto máximo de desejo por parte dos sauditas, passou a temporada inteira dando sinais de que não renovaria com o Liverpool e estaria aberto a negociações para jogar na Arábia. Só que, duas semanas atrás, resolveu esticar sua permanência no clube inglês até 2027.

Ao contrário de Salah, Vini Jr. nunca deu indícios de que pretendia deixar o Real para se juntar ao projeto do país-sede da Copa do Mundo-2034. Só que os árabes tentaram seduzi-lo com um salário semelhante ao de Cristiano Ronaldo. Não deu certo: diversos veículos espanhóis já cravam que o brasileiro terá um aumento significativo para renovar até 2030 com os merengues.

Raphinha pode mudar essa tendência?

O futebol saudita agora está focado na contratação de Raphinha, vice-artilheiro da Liga dos Campeões e principal destaque individual do Barcelona na temporada.

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Segundo o jornal catalão "Sport", a proposta do Al-Hilal pelo brasileiro é de 100 milhões de euros (R$ 646,7 milhões) pela transferência mais um salário de US$ 50 milhões (R$ 284,2 milhões) por temporada ao longo de quatro anos.

Mas, de acordo com a coluna "Mercado da Bola", do UOL Esporte, o Barcelona não teme perder seu camisa 11. Pelo contrário, considera estar próximo de um acordo para renovar o contrato do jogador, que vai até 2027.

Como está a briga pelo título?

Depois de uma campanha histórica do Al-Hilal na temporada passada, em que terminou a liga saudita com aproveitamento superior a 94% e confortáveis 14 pontos de vantagem para o vice-campeão, desta vez a briga pelo título está bem mais apertada.

Faltando cinco rodadas para o encerramento da competição, três times ainda têm condições de ficar com o título: Al-Ittihad (68), Al-Hilal (62) e Al-Nassr (60). E, para bagunçar ainda mais essa disputa, o terceiro colocado é o único deles que realmente vive boa fase.

Só que os três candidatos ao posto de melhor time da Arábia em 2024/25 só retomarão essa briga em 7 de maio, quando rolará um aguardado Al-Nassr x Al-Ittihad.

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Essa pausa no calendário acontece por conta da reta final da Liga dos Campeões da Ásia, que começa hoje e vai até o próximo dia 3. Três sauditas (Al-Hilal, Al-Nassr e Al-Ahli) estão entre as oito equipes ainda vivas na disputa continental.

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