Nova Chevrolet Montana chega de olho na Toro e ganha versões manuais; veja
A terceira geração da Chevrolet Montana deixou de ser um modelo bem definido como concorrente de Fiat Strada e VW Saveiro, como eram as duas anteriores.
A picape cresceu, mas, não se tornou aquilo que rumores de bastidores indicavam: uma rival direta da Fiat Toro, de porte intermediário entre o compacto e o médio.
Comparada com a Toro, a nova Montana é mais de 20 cm menor em comprimento. Por outro lado, supera a Strada em cerca de 20 cm.
Na verdade, dentre todas as picapes disponíveis no mercado, a novata da Chevrolet está mais para Renault Oroch em tamanho.
Trata-se de um modelo posicionado entre Strada e Toro, que pode concorrer tanto com as versões topo de linha da primeira quanto com as de topo da segunda.
A Montana vem para tentar ser bem-sucedida em uma missão na qual a Oroch não desempenhou muito bem.
A Chevrolet Montana 2023 traz quatro versões:
- A 1.2 e a LT vêm com câmbio manual
- A LTZ e a Premier, topo de linha são automáticas e já tiveram seus preços divulgados - são, respectivamente, de R$ 134.490 e R$ 140.490
- Porém, haverá lançamento de nova tabela nesta sexta (10), quando a picape começa a chegar às concessionárias
- A Chevrolet não garante que os valores das opções de topo serão os mesmos da pré-venda, iniciada em dezembro
- Os preços de Montana LTZ e Premier estão garantidos para os 2 mil clientes que compraram a picape em pré-venda.
- Todas têm o motor 1.2 turbo, que rende até 133 cv e 21,4 mkgf de torque
A opção mais cara foi a avaliada por UOL Carros. O câmbio é automático de seis velocidades e a tração, dianteira (4x2).
Isso é uma das coisas que a distanciam da Toro como gama - a picape da Fiat tem opção a diesel com tração 4x4.
Equipamentos
- Todas as versões da Montana saem de fábrica com seis air bags, central multimídia e o sistema de assistência OnStar
- A LT acrescenta rodas de alumínio de 16 polegadas, capota marítima, câmera de ré e entradas USB atrás
- Na LTZ, além do câmbio automático, há equipamentos como sensor de ré, rodas de alumínio de 17 polegadas e chave presencial
- Os destaques da Montana Premier são ar-condicionado digital e faróis full-LEDs
- Há ainda, na topo de linha, alerta de ponto cego e carregador de celular por indução.
- Alguns itens, porém, fazem falta, a exemplo da saída de ar-condicionado para os ocupantes de trás
- A Montana também não vem com teto solar, nem mesmo entre os itens opcionais.
- O freio de estacionamento é manual, como na maior parte das picapes à venda no Brasil
Design
- A Montana compartilha plataforma com Onix, Onix Plus e Tracker, mas ganhou personalidade própria tanto por fora quanto na cabine
- Há um ponto bem polêmico no design do modelo, que são os faróis afilados, muito parecidos com os da Toro
- Os faróis principais ficam logo abaixo. A grade larga tem três barras e é escurecida na versão Premier, que traz rodas na cor chumbo
- A Montana tem 4,71 metros de comprimento e caçamba com 874 litros de capacidade volumétrica
- Durante o lançamento, a Chevrolet mostrou o compartimento com diversos boxes vendidos como acessórios em concessionárias
- Eles servem para acomodar sacolas de supermercado, malas e ferramentas, sem que eles fiquem se deslocando pela caçamba
- Isso porque a ideia da marca é dar à picape uma aptidão de conforto e praticidade semelhante ao de SUVs
- Tudo isso mantendo as características para quem precisa usá-la para o trabalho
- Outro acessório interessante é o acionamento elétrico da capota marítima.
- A tampa da caçamba também é bem leve para abrir e fechar
- Atrás, chamam a atenção os diversos logotipos, com os nomes da marca e do carro e a inscrição Turbo, em referência ao motor 1.2 de três cilindros
Interior
- O acabamento de portas da Montana tem plástico duro na parte superior, mas bem trabalhado
- Tanto nas portas quanto no painel, chama a atenção o tecido perfurado, que dá um ar mais requintado à cabine
- O painel de instrumentos é analógico, com uma pequena tela de TFT configurável no centro
- Sua moldura é integrada à do monitor de oito polegadas da central multimídia.
- Essa solução dá uma personalidade exclusiva à cabine da Montana
- O layout e a usabilidade da multimídia, porém, são iguais aos dos outros modelos da base
- Quase tudo é sensível ao toque e há apenas dois botões físicos: para a tela inicial e o de volume
- A central tem Android Auto, Apple CarPlay e roteador Wi-Fi a bordo
- Na frente, o modelo traz duas entradas USB: uma do tipo A e outra C
- No porta-copos, faltam prensas ou borrachas para adaptar diferentes tipos de latas ou garrafas
- As tradicionais garrafas de água, por exemplo, ficam soltas demais e tendem a cair com o carro em movimento
- Na versão Premier, os bancos são revestidos de couro sintético perfurado e com costura aparente
- Há ajuste de altura apenas para o assento do motorista
- O volante tem ajustes de altura e profundidade. Porém, falta amortecimento. Ao soltar a alavanca, que é muito dura, a coluna cai de uma vez
- A Montana tem 2,8 metros de entre-eixos, que divide com a área da carroceria
- O espaço atrás não chama a atenção quando comparado ao de um SUV. Porém, é bom para uma picape
- Mesmo tendo entre-eixos inferior ao da Toro, oferece acomodação semelhante para os passageiros de trás
- O túnel central é levemente alto, mas as pernas de quem viaja no centro não ficam muito para cima
Desempenho
- A Montana vai bem na hora de acelerar e retomar velocidade
- É bom o casamento do motor com o câmbio
- O modelo foi avaliado na Estrada da Graciosa (PR) e em outros trechos de pista simples, nos quais mostrou muita agilidade para fazer ultrapassagens
- A picape merecia, porém, um revestimento acústico melhor
- Além disso, em algumas situações de aceleração, apresenta um pouco de vibração no volante - mais do que o Tracker e carros da linha Onix
- A Montana é um veículo gostoso de guiar e traz uma direção bem ajustada
- É um comportamento bem semelhante ao do Tracker e muito superior tanto ao da Strada quanto ao da Oroch
- Porém, perde feio para a Toro
- E nem teria como ser diferente, já que a Fiat tem suspensão traseira independente, ante o sistema por eixo de torção da Montana
- O componente sofreu alterações em relação aos dos outros modelos da plataforma
- De acordo com a Chevrolet, isso foi feito tanto para ajustar o veículo ao transporte de carga quanto para aprimorar o conforto
- Além disso, a pressão dos pneus tem três níveis de ajuste, que podem ser configurados na tela do painel central
- Os ajustes dos pneus são voltados a conforto, carga ou desempenho
- Na prática, a Montana, avaliada sem carga na caçamba, apresentou um certo desconforto ao rodar em pisos com muitas imperfeições
- A posição de dirigir é muito boa e confortável
- O motorista não fica alto demais, nem muito baixo no banco, e tem ótima visibilidade em todos os ângulos
- Não há muitos pontos cegos na nova Montana
FICHA TÉCNICA
Preços: R$ 134.490 (LTZ) e R$ 140.490 (Premier)
Motor: 1.2 turbo flex, 3 cilindros
Câmbio: automático ou manual de 6 marchas, tração dianteira
Potência: 133 cv a 5.500 rpm
Torque: 21,4 kgfm a 2.000 rpm
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,1 segundos (câmbio manual)
Velocidade máxima: não informada
Dimensões: 4,717 m de comprimento, 1,798 m de largura, 1,659 m de altura e 2,80 m de distância entre-eixos
Peso: 1.273 kg (versão MT)
Caçamba: 874 litros
Capacidade de carga: 637 kg (versão MT)
Tanque: capacidade não informada
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