Justiça manda penhorar prêmio da Vai-Vai no Carnaval para pagar dívida
A Vai-Vai pode ficar sem o prêmio conquistado no Carnaval 2020. A Justiça ordenou que a escola, campeã do Grupo de Acesso e de volta ao Especial para o Carnaval de 2021, tenha o valor de R$ 66.003,60 penhorado para o pagamento de uma dívida.
A decisão foi tomada pela juíza Juliana Pitelli da Guida, da 39ª Vara Cível de São Paulo, e favorece a empresa Jungle Jazz Produções Artísticas, que entrou com o processo.
"Considerando que a dívida ainda não foi paga e não foram encontrados bens passíveis de penhora, bem como que o dinheiro figura em primeiro na ordem preferencial do artigo 835 do CPC, defiro o pedido, com fundamento no artigo 855 do mesmo diploma. Assim, dou por penhorado, em nome de Grêmio Recreativo e Escola de Samba Vai-Vai, o valor de R$66.003,60 decorrente de premiação no Carnaval", escreveu a juíza. A decisão é em primeira instância, e a Vai-Vai pode recorrer.
O UOL apurou que a dívida é de R$ 73 mil. Em 2017, quando teve início o cumprimento da sentença, a dívida era de R$ 45 mil. Nesse período, incidiu multa de 10% e honorários de 10% por não pagar a dívida em 15 dias, mais correção monetária.
O UOL entrou em contato com assessoria de imprensa da Vai-Vai, que informou que em breve emitirá um comunicado para a imprensa sobre o assunto.
Desfile
Maior campeã do Carnaval paulistano, a Vai-Vai teve um resultado decepcionante em 2019 e caiu para o Grupo de Acesso. Neste ano, ela conseguiu o primeiro lugar com o enredo "Vai-Vai de Corpo e Álamo".
Na avaliação dos integrantes da Vai-Vai, garra e um desfile tecnicamente perfeito foram alguns dos principais pontos que garantiram o título da escola no Grupo de Acesso 1, e a volta do Grupo Especial do Carnaval de SP.
A escola perdeu apenas 0,2 décimos na apuração da notas. "A Vai-Vai merece tudo isso", diz Milena Vai-Vai, 57, às lágrimas. Ela acompanhou a divulgação das notas em um bar ao lado da agremiação, e teve uma crise de choro no quesito bateria.
Emocionada, ela tatuou o símbolo da escola no peito esquerdo há três anos, e praticamente não conseguiu continuar a entrevista. "Logo que caímos, eu tive um câncer. Foi por causa da dor pela queda da escola", diz Milena, que passou a maior parte a tarde de ancorada pela filha Mirra Carpi.
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