Sonambulismo: por que não deixar chaves na fechadura durante a noite
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Para quem tem sonambulismo, um simples hábito como deixar a chave na fechadura pode ser perigoso. Durante o sono, uma pessoa com a condição pode agir de forma automática, como se levantar, destrancar a porta e sair de casa, sem sequer perceber. Logo, esse tipo de situação pode levar a inconvenientes com vizinhos (ainda mais em prédios), acidentes ou até mesmo colocar a segurança do sonâmbulo e de outras pessoas em risco.
No sonambulismo, o corpo entra em movimento enquanto o cérebro ainda está parcialmente adormecido. Durante esses episódios, a pessoa pode agir como se estivesse desperta, mas na verdade continua em um estado de sono profundo.
Segundo o Instituto do Sono, os sinais mais comuns desse distúrbio incluem:
Sentar-se na cama com os olhos abertos, porém sem consciência real do ambiente;
Olhar vago, como se estivesse "desligado";
Levantar-se da cama e andar pelo quarto ou pela casa;
Abrir portas e se deslocar para outros cômodos;
Repetir ações do cotidiano, como arrumar objetos;
Não reagir quando alguém tenta interagir;
Falar frases desconexas ou sem sentido;
Pegar e deixar cair objetos;
Acordar sem nenhuma lembrança do que aconteceu;
Ficar confuso ou desorientado se for despertado no meio do episódio.
Apesar de não comprometer diretamente a qualidade do sono a longo prazo, o sonambulismo pode provocar cansaço durante o dia se os episódios forem frequentes e interromperem o descanso noturno.
Essa condição é mais observada em crianças e tende a desaparecer com o tempo. No entanto, como não existe cura, é importante procurar ajuda médica se os episódios se tornarem recorrentes. O tratamento foca em identificar e controlar os fatores que desencadeiam o problema.
Como agir? Devo acordar a pessoa?

Apesar do senso comum, acordar um sonâmbulo não representa um grande perigo, como muitos acreditam. A ideia de que isso poderia provocar um infarto, por exemplo, é um mito. O que pode acontecer, no entanto, é a pessoa ficar desorientada ao despertar em um ambiente diferente daquele em que adormeceu.
A recomendação dos especialistas é agir com calma e cuidado: ao invés de um despertar brusco, o ideal é guiar a pessoa de volta à cama com delicadeza, preservando sua segurança. Mas, se ela estiver em risco (próxima a escadas, objetos cortantes ou tentando sair de casa), acordá-la se torna necessário. Nesses casos, prefira um toque suave e voz tranquila, evitando sustos.
Para quem convive com essa condição, adaptar o ambiente é essencial. Algumas medidas úteis incluem:
Trancar portas e janelas antes de dormir;
Guardar chaves fora do alcance;
Instalar proteções em janelas e sacadas;
Remover móveis ou obstáculos do caminho;
Guardar objetos perigosos, como facas e ferramentas.
Episódios frequentes de sonambulismo podem estar ligados a condições como apneia do sono ou refluxo gastroesofágico. Em alguns casos, medicações específicas indicadas por um médico também podem ajudar no controle do distúrbio.
*Com informações de reportagens publicadas em 05/04/2016 e 24/02/2024
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