Ginástica facial: exercícios para reduzir rugas e obter um rosto firme

Ler resumo da notícia
O rosto também pode entrar na rotina de exercícios. Apesar de parecer estranho à primeira vista, movimentar os músculos faciais vem ganhando adeptos fiéis que buscam firmeza e definição sem procedimentos invasivos.
O rosto abriga mais de 40 músculos que, na maioria das vezes, passam despercebidos enquanto dedicamos atenção ao corpo na academia e à pele nos cuidados diários. Mas quando esses músculos são ativados com massagens e exercícios específicos, os efeitos são surpreendentes:
A pele ganha sustentação natural;
O contorno facial se redesenha;
O aspecto cansado cede lugar a um visual mais descansado e revigorado.
Com regularidade e paciência, o rosto fica mais firme, simétrico e vivo.
O poder do movimento
Os benefícios vão além da aparência. A ginástica facial estimula a circulação, melhora o tônus muscular, suaviza linhas finas e ajuda na produção de colágeno e elastina — os aliados invisíveis da pele jovem e viçosa. Os movimentos, feitos com as próprias mãos, também aliviam tensões acumuladas no rosto e promovem um relaxamento profundo, quase terapêutico.
A lógica é simples: assim como o sedentarismo afeta o corpo, a inatividade também cobra seu preço no rosto. Músculos que não se movem perdem força e deixam a pele sem sustentação. Já quando são trabalhados, atuam como um sistema de apoio natural — reposicionando tecidos e prevenindo a flacidez.
E não importa a idade. A prática é preventiva para quem ainda não sente os efeitos do tempo e corretiva para quem já nota sinais mais profundos. A chave está na constância, no aprendizado dos movimentos certos e em fazer do espelho um aliado, não um inimigo.
Um estudo conduzido em Chicago (EUA) e divulgado pela prestigiada revista médica JAMA Dermatology revelou que mulheres de meia-idade que praticaram exercícios faciais por 30 minutos ao dia — com regularidade, durante cinco meses — apresentaram uma aparência até três anos mais jovem.
Exercícios de ginástica facial
1. Sorriso fechado com resistência: para definir bochechas e levantar os cantos da boca.
Feche a boca suavemente e tente sorrir, sem abrir os lábios, sentindo a contração dos músculos das bochechas. Pressione levemente os dedos indicadores nas bochechas para criar resistência. Mantenha por 5 segundos. Repita dez vezes.
2. Lifting de testa com os dedos: para suavizar linhas da testa e levantar as sobrancelhas.
Posicione os dedos logo acima das sobrancelhas e empurre a pele suavemente para cima. Ao mesmo tempo, tente franzir a testa, como se quisesse abaixar as sobrancelhas. Mantenha por 10 segundos. Repita cinco vezes.
3. Bigode invertido (exercício do "U"): para combater o "bigode chinês" e tonificar o lábio superior.
Forme um "U" com os lábios, puxando-os para dentro, como se fosse esconder os dentes. Segure por 10 segundos, relaxe e repita. Faça dez repetições.
4. Bochecha inflada com ar: para melhorar o tônus das bochechas e ativar a circulação.
Encha uma bochecha com ar e empurre de um lado para o outro, como se fosse um balão. Depois, solte lentamente. Repita o movimento por 30 segundos.
5. Pescoço firme e sem papada: para alongar e fortalecer a região do pescoço e do queixo
Incline a cabeça para trás (olhando para o teto) e projete o maxilar inferior para frente, sentindo a pele esticar abaixo do queixo. Mantenha por 10 segundos. Repita cinco vezes.
Cuidados
Embora pareça simples, a ginástica facial não deve ser feita de qualquer jeito. Especialistas alertam que, por trás dos movimentos, existe uma técnica — e aplicá-la de forma incorreta pode trazer mais prejuízos do que benefícios.
Cada exercício tem um alvo específico e executar os movimentos de forma assimétrica, com força excessiva ou sem regularidade, pode causar desequilíbrios, como hipertrofia de um lado do rosto, aumento da tensão muscular ou até piorar dores preexistentes na região da mandíbula.
Quem já tem disfunções temporomandibulares (DTM), bruxismo, assimetrias faciais marcantes ou passou por cirurgias na região da face deve redobrar os cuidados. Nesses casos, o ideal é contar com o acompanhamento de um profissional habilitado: como fonoaudiólogos, fisioterapeutas especializados ou instrutores de ioga facial, para adaptar os exercícios à realidade de cada pessoa.
*Com informações de reportagens publicadas em 19/06/2020 e 04/04/2018
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.