Champions bagunça disputa por melhor do mundo, que fica imprevisível
A disputa pelos prêmios de melhor jogador do mundo na temporada 2024/25 promete ser uma das mais equilibradas e surpreendentes que o futebol já viu.
Com a derrota do Barcelona nas semifinais da Liga dos Campeões, um suposto favoritismo que poderia recair sobre o brasileiro Raphinha ou o craque adolescente Lamine Yamal foram para o espaço.
Agora, não há mais ninguém em uma posição tão destacada assim. Consequentemente, Mohamed Salah, artilheiro e campeão da Premier League pelo Liverpool, Kylian Mbappé, Vinícius Júnior, astros globalmente admirados, mesmo com um ano ruim do Real Madrid, ou qualquer outro jogador de destaque que comer a bola no Super Mundial de Clubes estão de volta ao páreo.
Dembélé... será?
De todos os os jogadores que têm aparecido nos últimos meses em listas de possíveis candidatos a ganhar a próxima edição da Bola de Ouro e do The Best (eleição da Fifa), apenas um poderá participar do Inter de Milão x Paris Saint-Germain que decidirá a Champions, no dia 31.
Ousmane Dembélé é o grande nome da histórica campanha do PSG em 2024/25: é o artilheiro do Campeonato Francês e já balançou as redes 33 vezes nesta temporada, seu recorde pessoal.
Mas é difícil saber se os colégios eleitorais responsáveis pelos votos que decidem essas premiações comprarão a ideia de consagrar como melhor do mundo um atleta de carreira tão errática e que, até pouco tempo atrás, era tratado como um desperdício de talento.
Antes de ser contratado pelo PSG, dois anos atrás, Dembélé teve uma passagem nada empolgante de seis temporadas pelo Barcelona. Esse período ficou marcado mais pelos longos períodos no banco de reserva e conflitos com imprensa e torcedores do que propriamente por um bom futebol.
Por isso, muita gente ainda pensa que o francês vive apenas uma "temporada mágica", que não corresponde ao que ele realmente é. Esse voto de desconfiança pode até ser minimizado com um possível título inédito do PSG na Champions, mas é suficiente para tirar dele o rótulo de favorito nas eleições de melhor do mundo.
Agora, se a Inter de Milão superar Dembélé e cia. no jogo marcado para a Allianz Arena, em Munique (FRA), o ex-Barcelona deve se transformar em fora carta fora do baralho para os principais prêmios individuais da temporada. E os italianos não têm ninguém que pareça capaz de substituí-lo.
O fator Super Mundial
Em um cenário tão imprevisível quanto o desta temporada, é bem possível que o Super Mundial de Clubes da Fifa acabe tendo um papel determinante na escolha do craque máximo da temporada.
Ninguém sabe se a nova competição, cuja edição de estreia será disputada entre os meses de junho e julho, nos Estados Unidos, conseguirá ser sucesso de crítica e público. Mesmo assim, ela poderá ser o fiel da balança para desequilibrar uma disputa que no momento está tão igual.
O fator Super Mundial é uma péssima notícia para as pretensões de Raphinha e Yamal, já que o Barcelona não conseguiu se classificar para a competição.
Por outro lado, ele pode recolocar Mbappé, Vini Jr. e talvez até Erling Haaland na briga, já que seus clubes (Real Madrid para os os dois primeiros e Manchester City no caso do norueguês) decepcionaram na "temporada normal" e os deixaram sem condições de ser competitivos nesses prêmios.
Opinião
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