Lésbicas do bloco Siriricando vão às ruas reivindicando protagonismo em SP
Com a concentração marcada para as 14h, o bloco Siriricando surgiu de um grupo de amigas lésbicas para curtir o Carnaval e ao mesmo tempo dar voz e coro à luta contra o preconceito.
"Aqui, o protagonismo é das mulheres lésbicas e bissexuais", diz Bárbara Falcão, 39 anos, professora que fundou o bloco há quatro anos, em 2016, com sua mulher Vanessa Siqueira e a amiga Milena Fontes. "Não tínhamos visibilidade. Queríamos que as lésbicas e bi tivessem o protagonismo no Carnaval."
Com o discurso do direito à liberdade sexual, contra o fascismo e qualquer tipo de preconceito, o bloco Siriricando tem cerca de 500 foliões, que se divertem ao longo do trajeto ao som de um pequeno trio elétrico, fruto do financiamento coletivo, e ao som da bateria composta, é claro, por 25 lésbicas e bissexuais.
Antes de sair, a fundadora do bloco Siriricando fez um ritual "litúrgico" com a oração Abre Caminhos em versão adaptada ao universo lésbico e com muito humor, saudando a cantora Cassia Eller, uma das vozes que defendia a liberdade sexual.
Entre os foliões, também há gays e heterossexuais, mas a voz é da mulherada. "Ter um bloco como o Siriricando nos dá visibilidade e ajuda a quebrar preconceitos", diz a videomaker Caroll Beraldo, que ostenta na cabeça a frase "Sai macho".
Com um pequeno atraso, o bloco seguiu pelas ruas adjacentes à Praça da República distribuindo panfletos com as músicas de autoria do bloco. Entre elas, "Mulherada chegou pra causar".
Na letra, o discurso que reforça a luta das mulheres lésbicas e bi: "Nossos direitos vamos defender/Patriarcado vamos derrubar no Carnaval".
Na metade trajeto, na altura da rua Aurora, uma forte chuva caiu sobre São Paulo, atrapalhando o bloco. Muitos foliões se abrigaram sob as marquises, esvaziando o cortejo. Outros decidiram curtir a folia mesmo com o mau tempo.
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