Collor tem que provar que tem Parkinson: como é feito o diagnóstico?

O ministro do STF Alexandre de Moraes deu mais 48 horas para que defesa de Fernando Collor apresente exames relacionados ao diagnóstico de Parkinson do ex-presidente.

Como é feito o diagnóstico?

Não existe exame específico que comprove doença. Na hora da consulta, o médico ouvirá a queixa do paciente, levantará seu histórico de saúde e fará exame físico minucioso para identificar rigidez, tremor, mudança na letra, perda do olfato, entre outros sintomas e sinais. Na maioria das vezes, o diagnóstico se baseia nessas informações, o que é chamado de diagnóstico clínico.

Exames de sangue podem identificar alterações. Profissionais da saúde podem solicitar exames sanguíneos complementares para identificar alterações hormonais, infecções, deficiências vitamínicas, entre outros. O objetivo é afastar outras situações clínicas que podem se assemelhar ao Parkinson.

Paciente deve relatar ao médico o uso contínuo de medicamentos. Alguns desses remédios podem simular sintomas típicos da doença de Parkinson, como os fármacos para vertigem, os psiquiátricos e antieméticos.

Exames de imagem também podem ser pedidos. Preferencialmente a ressonância magnética, porque ela ajuda a afastar outras doenças semelhantes, além de mostrar algumas alterações que sugerem a doença de Parkinson. Embora já existam biomarcadores da redução da função dopaminérgica, o que é acessado por meio da medicina nuclear, esses exames ainda não são rotineiros.

Como reconhecer os sintomas

Algumas pessoas podem não ter tremor. Apesar de o tremor ser popularmente associado ao Parkinson, algumas pessoas não apresentam esse sintoma e jamais o terão ao longo da evolução da doença.

Quatro sintomas principais caracterizam a doença, sendo um deles obrigatório. É a lentidão, chamada pelos médicos de bradicinesia. Os demais são o tremor no repouso, a rigidez e a instabilidade postural.

Outras possíveis manifestações do Parkinson. Sinais motores: redução do volume da voz; problemas de equilíbrio e quedas; dificuldade para engolir; marcha de pequenos passos; micrografia (redução do tamanho da letra). Sinais não motores: depressão; ansiedade; constipação; hiposmia (perda do olfato); declínio cognitivo e demência; hipotensão ortostática (queda da pressão decorrente da postura); dor; alucinações e psicose; distúrbios do sono; TCI (Transtorno do Controle dos Impulsos); problemas gastrointestinais; disfunções sexuais e urinárias.

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Como é feito o tratamento?

Não existe meio de reversão da doença ou controle do seu avanço. O objetivo do tratamento é reduzir sintomas e seus efeitos colaterais, garantindo o máximo de funcionalidade à pessoa com doença de Parkinson.

O ideal é que o tratamento seja interdisciplinar. Ele deve incluir especialistas como fisioterapeuta, psicólogo, psiquiatra, educador físico, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros.

Tratamento deve se basear em medicamentos, reabilitação e exercícios físicos. Alguns exemplos de medicamentos são o levodopa, que pode ser usado sozinho ou junto a outras medicações como os agonistas da dopamina e anticolinérgicos. Fisioterapia e terapia ocupacional ajudam no controle do equilíbrio, da marcha e ainda podem incluir exercícios para melhora da resistência e força. Já a fonoterapia trabalha o distúrbio da voz e deglutição. Exercícios, especialmente aeróbicos, ajudam a prevenir quedas.

Outra possibilidade é a cirurgia. Indicada nos quadros em que haja tolerância ao levodopa ou o aumento de seus efeitos colaterais, ela não é curativa. O procedimento —chamado de estimulação transcraniana— tem tempo certo para ser feito e requer a presença de condições como a ausência de comorbidades e quadro demencial.

*Com informações de matéria publicada em 10/08/2021

4 comentários

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João Bosco de Miranda

Não hora de cometer os cri mes, o Parkinson não atrapalhou em nada né…

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Martin Doninelli

(“Na política desde 1979, o ex-presidente Fernando Collor de Mello pertence a uma família com mais de 70 anos de tradição na vida pública nacional e em Alagoas.”) A PIRÂMIDE FINANCEIRA NÃO CRIA APENAS  EXTORSÃO DA NAÇÃO BRASILEIRA ESTANDO EM GOVERNOS, ARQUITETANDO  FRAUDES , CORRUPÇÃO,  DESVIOS DE FINALIDADES  ENTRE OUTROS CRIMES . ESTA ESTRUTURA CRIMINOSA  CRIA SUCESSORES, TANTO COMO PESSOA FISICA A MANTER   CENTRALIZAÇÃO DE PODER E DINHEIRO QUANTO  COMO LÍDERES E AUTORIDADES  A DAR ESCUDO A TODOS OS USUFRUTUARIOS DESTA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA  INTERNACIONAL  CÉLULA LOCAL A NÃO SEREM VISTOS  COMO IMPOSTORES POR SUAS ATROCIDASES. ASSIM, O SENSO DEMOCRÁTICO PERDURA NO BRASIL DESDE A DITA REDEMOCRATIZAÇÃO PELAS MÃOS DESTA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE, PELO VISTO,  PERPETUARÁ  NO BRASIL SE NADA FOR FEITO COM  APOIO  INTERNACIONAL. O QUE TAMBÉM SERÁ DIFÍCIL,  JÁ QUE OUTROS PAÍSES POSSUEM USUFRUTUARIIOS DESTA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA EM SUAS GOVERNANÇAS . 

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Celso Salgado de Melo

Os facínoras sempre “ arrumam” uma doença quando precisam pagar conta com a justiça.

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