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OpiniãoEsporte

Ancelotti assumirá a seleção, mas precisará de ajuda: que tal o Falcão?

Finalmente, o presidente Ednaldo Rodrigues anuncia o novo treinador da seleção brasileira.

Carlo Ancelotti aceitou o convite depois de dois anos de insistência de Ednaldo, que sacrificou a seleção brasileira numa Copa América e, até agora, nas Eliminatórias, com treinadores tampões.

Agora estamos salvos?

Está tudo resolvido?

Não.

Indiscutivelmente, Ancelotti é um dos grandes treinadores da história do futebol mundial em clubes e terá que se adaptar a ter os jogadores só de tempos em tempos.

Eu preferia o Abel Ferreira, que já está por aqui há cinco anos, venceu tudo com o Palmeiras e conhece como funciona o futebol brasileiro.

Mas gosto do Ancelotti também. Ele chega conhecendo profundamente os brasileiros que jogam na Europa e que não jogam nada na seleção. Será que ele mudará isso?

Vinicius Jr., Rodrygo e Raphinha conseguirão ser protagonistas com a camisa da seleção como são nos seus clubes?

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Ele terá total autonomia na convocação?

A presença do Ancelotti irá inibir a influência externa na seleção brasileira?

O que ele pensa sobre o atual Neymar?

São tantas dúvidas, mas dá grande curiosidade para ver como será o trabalho do primeiro treinador estrangeiro da seleção brasileira.

Uma coisa é certa: ele irá precisar de ajuda de confiança, alguém que conheça o futebol brasileiro.

Não existe no Brasil ninguém mais propício para esse cargo do que Paulo Roberto Falcão.

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Jogaram juntos na Roma e venceram o Scudetto depois de 40 anos do último título do time romano.

São amigos, e Falcão é o grande ídolo de Carlo Ancelotti. Fizeram uma dupla de volantes incrivelmente complementar.

Enquanto Falcão era altamente técnico, com muita mobilidade e força criativa e ofensiva imensa, Carlo Ancelotti era um exímio marcador, mas também um excelente organizador de time, com viradas de jogo e passes precisos. E podem repetir esse entrosamento dirigindo a seleção brasileira.

Acho que seria imprescindível ter Paulo Roberto Falcão ao seu lado, para se sentir mais seguro e ter alguém para se apoiar e tirar dúvidas.

Enfim, vamos ver como será a sua primeira convocação para os jogos do dia 4 de junho contra o Equador, em Guayaquil, e depois no dia 10 contra o Paraguai, em São Paulo, na Neo Química Arena.

Para um cara acostumado a viajar pela Europa toda jogando Champions League, ele terá que enfrentar jogos na altitude, contra equipes que ele terá que estudar correndo, porque não deve ter muito conhecimento das seleções sul-americanas e muito menos de como se comportar na altitude. Na última rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026, Ancelotti enfrentará a Bolívia em La Paz.

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Ancelotti terá várias situações às quais precisará se adaptar trabalhando na América do Sul, como as viagens longuíssimas, tanto para dirigir a seleção quanto para assistir a jogos e observar jogadores que atuam por aqui e que ele desconhece.

Agora temos um treinador de alto nível. Só resta esperar para ver o que irá acontecer.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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