Café aumenta colesterol? Depende de como você prepara; conheça o cafestol
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A forma como você prepara seu café e o tipo que você consome podem fazer diferença na sua saúde. O motivo é uma substância presente naturalmente nos grãos de café, chamada de cafestol.
Quando você faz o café, como o expresso, que não passa por um filtro, essa substância gordurosa, o cafestol, fica presente na bebida. E já foi amplamente estudado que o cafestol tem uma tendência em elevar o LDL, colesterol considerado 'ruim'.
Guilherme Falcão Mendes, nutricionista pela UnB e professor da Universidade Católica de Brasília
Entenda o cafestol
A substância é mais comum em cafés que não são coados, como expressos, turcos e italianos, e os que são feitos na prensa francesa. No café coado, por exemplo, não há tanto risco, porque a substância fica "presa" no coador —principalmente se for de papel, explicam os especialistas consultados por VivaBem.
Uma parcela significativa dessa substância fica retida no filtro, principalmente o filtro de papel, que tem uma retenção melhor, e aí não é uma grande preocupação.
Guilherme Falcão Mendes, nutricionista pela UnB
A presença do cafestol pode elevar os níveis de LDL no sangue. Consequentemente, há a formação de placas nas artérias, aumentando risco de infarto e derrame.
A quantidade de cafestol em bebidas de café pode variar de acordo com o método de preparo. Café na prensa francesa e o café turco são os que apresentam as maiores concentrações devido à ausência da filtragem.
Os efeitos maléficos vão depender da quantidade e dos antecedentes do paciente, explica Edmo Atique Gabriel, cardiologista, nutrólogo e colunista de VivaBem.
Os cafés com origem no Mediterrâneo e no Oriente Médio têm em torno de quatro a cinco vezes mais cafestol por xícara do que o expresso. Sendo assim, o ideal seria, no máximo, quatro expressos ao dia. Se for do Mediterrâneo ou do Oriente médio, no máximo duas xícaras ao dia.
Edmo Atique Gabriel, cardiologista e nutrólogo
Mas, calma, não precisa demonizar o café, explicam os especialistas. A bebida é saudável, pois o grão tem compostos antioxidantes, vitaminas e minerais que trazem diversos benefícios e podem até mesmo prevenir doenças.
Então, não é uma recomendação a exclusão, a não ser que a pessoa tenha, de fato, hipercolesterolemia familiar, que é a tendência genética a ter colesterol alto. Para fins de controle em casos assim, uma das medidas é diminuir o consumo de café, principalmente na forma expressa e outras que não usam o filtro.
Guilherme Falcão Mendes, nutricionista pela UnB
Fonte adicional: Emiliano Folly, nutrólogo do Hospital São Vicente de Paulo (RJ)
5 comentários
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Fernando Batista Almeida
Logo alguém faz uma dancinha e posta no tiktok que vai criar um café sem cafestol e este vai custar 250 reais meio kg, será vendido pela mesma fazenda de azeite premiado que custa 300 reais meio litro. Talvez venha um brinde, uma barra de chocolate amargo de 15g de cacau ruby.
Joao de Barros Vieira
muito bom.
Sebastião Nogueira Marques
Noticia so pra deixar os leitores desnorteados. Tem substância nociva, não pode consumiir mais do que 2 xicaras, mas esta cheio de substãncias beneficas. Afinal uma coisa elimina a outras? É só pra desnortear o sujeito. Melhor não levar a sério e aguardar mais estudos, dos bem feitos.