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Marília Mendonça reclama de espinhas após uso de DIU; qual é a relação?

Reprodução/Instagram/@mariliamendoncacantora
Imagem: Reprodução/Instagram/@mariliamendoncacantora

Giulia Granchi

Do VivaBem, em São Paulo

26/11/2020 11h57

Após começar a usar o método contraceptivo DIU (dispositivo intrauterino) Mirena, a cantora Marília Mendonça compartilhou com os fãs, em seu Twitter, que está sofrendo com acne.

O método tem ação local e uma absorção de progesterona mínima, com taxa de liberação de hormônio de 20 mcg por dia agindo somente no útero. Ele é indicado especialmente para quem não deseja engravidar pelos próximos cinco anos —período pelo qual geralmente pode ficar no útero sem manutenção— e para mulheres que não costumam se lembrar de tomar o remédio sempre no mesmo horário.

De acordo com a médica ginecologista Ilza Monteiro, vice-presidente da Comissão de Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o quadro não é comum para todas as mulheres que escolhem o DIU, mas pode ocorrer pela retirada da maior quantidade de hormônios que muitas pacientes tomavam antes.

"Muito frequentemente, a mulher que opta pelo DIU antes tomava pílula, que é um método que proporciona, além da prevenção de gravidez indesejada, benefícios não contraceptivos. Um deles é melhorar o aspecto da pele e reduzir a quantidade de acne, já que diminui a taxa de hormônio masculino no organismo. Quando para a pílula, para de ter o benefício tão expressivo, porque o nível de hormônio do novo método é menor".

Sobre o controle do fluxo, a médica explica que, por efeito local, o DIU Mirena reduz sangramento excessivo. "É algo que os estudos têm mostrado cada vez mais", comenta.

Para quem se incomoda com fluxo alto, há outras opções, como o ácido tranexâmico e anti-inflamatórios comuns, que podem ajudar. "Mas melhores efeitos ainda são métodos hormonais, como o implante uterino, as pílulas quadrifásicas ou a técnica de emendar a cartela de pílulas para evitar a menstruação", explica Monteiro.

Se como a cantora, você pensa em aderir ao DIU —independentemente do tipo de dispositivo— vale ter em mente que a opção não é recomendada para mulheres que possuem alterações no útero e sentem muita sensibilização ao fazer exames ginecológicos.

Em caso de IST (infecção sexualmente transmissível), deve se tratar primeiro antes de colocar o dispositivo. Caso contrário, a doença pode evoluir para o colo do útero.