Road trips: 5 lugares incríveis para você viajar de carro em 2025

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Em época de dólar em alta, e sem previsões muito otimistas de baixa nos próximos meses, viajar para fora do Brasil ficou mais complicado. Mas se você não quer adiar mais o sonho da road trip, o ideal é já começar a se planejar para encontrar as melhores oportunidades de preço.
Por isso, aqui estão cinco dicas de road trips para você fazer em 2025, seja na primavera, verão ou outono do Hemisfério Norte (ou seja: de abril em diante). Escolhi alguns critérios para fechar essa lista.
O primeiro foi fugir, pelo menos um pouco, do óbvio. Ou seja: na Itália, nada de Toscana. O segundo foi ter coisas incríveis, sejam elas relacionadas à história, gastronomia, praias ou simplesmente a paisagem das estradas.
Mas, olha só: se você decidiu que com o dólar a mais de R$ 6 simplesmente não dá, nem com planejamento, não vá embora não. Este conteúdo também é para você. Das cinco road trips, duas são no Brasil.
1 - Serra da Canastra

A belíssima serra em Minas Gerais é conhecida por suas cachoeiras e por locais como a nascente do Rio São Francisco. Atrai tanto os fãs de trilhas a pé como os que gostam de fazer circuitos off-road de carro, pois tem paisagens belíssimas e dificuldade variada.
Mas, além da aventura, a serra está se tornando um local de experiências gastronômicas e culturais, muitas delas para lá de exclusivas. A Pousada Vale do Céu, por exemplo, prepara programas personalizados que podem incluir jantar especial no entorno da casa que é sede da fazenda em que foi construída, de estilo colonial.
Dá para aprender também como é a produção do premiado queijo Canastra. Já a expedição Canastra Overland reúne música, gastronomia e até passeio de balão. Fique de olho na próxima data, ainda não definida, no perfil do Instagram @canastraoverland.
Hospedagens que reúnem luxo ao contato da natureza estão cada vez mais comuns na serra. Exemplo é o glamping Canastra Vibes (@canastravibes, no Instagram), com chalés contemporâneos e vista para a Casca D'Anta, cachoeira mais famosa da região.
Entre as cidades no entorno da serra estão São Roque de Minas, Capitólio e São João Batista do Glória. Confira aqui detalhes de um roteiro de experiências na Canastra.
2 - O lado B da Serra da Mantiqueira
Campos do Jordão, Monte Verde, São Bento do Sapucaí. Essas são cidades da parte mais famosa da Serra da Mantiqueira. Há um outro lado da serra que é menos conhecido, e repleto de atrações. Para começar, esqueça as rodovias Dutra e Ayrton Senna/Carvalho Pinto.
De São Paulo, o "lado B" da Serra da Mantiqueira você acessa pelo sistema Anhanguera/Bandeirantes. E, lá pelos lados de Campinas, sai em direção a locais como Jaguariúna.
O "lado B" começa próximo a Mogi Guaçu. Em Espírito Santo do Pinhal, você visita a vinícola que faz o vinho mais premiado do Brasil, Guaspari. Dá para almoçar, conhecer o processo, degustar...
Hospede-se no Rancho Churrascada, com chalés de decoração rústica e elegante e um restaurante com cortes premium (abre de quinta-feira a domingo). Ou no belo hotel boutique Casa Mantiqueira, em Jacutinga.
Ainda no Estado de São Paulo, em São Sebastião da Grama, a Fazenda Irarema produz os premiados azeites de mesmo nome. Dá para conhecer as oliveiras, a produção, fazer degustação e almoçar no local.
Em Minas Gerais, Andradas tem muito turismo de aventura e o festival Blues na Montanha, para curtir jazz, blues e gastronomia típica do Estado no alto da serra, com uma vista inesquecível. São quatro edições anuais (veja as próximas datas em @bluesnamontanha, no Instagram).
Há ainda a conhecida Poços de Caldas, famosa estação turística de Minas Gerais. Por lá, o resort Monreale, com direito a parque aquático, é um hit entre as crianças.
3 - Puglia, Itália

Dá para visitar a Puglia o ano todo, desfrutando a gastronomia italiana incrementada pelo abundante uso de frutos do mar, os vinhos (a uva Primitivo é a mais famosa da região), os azeites e as cidades e vilarejos históricos peculiares. Mas o melhor mesmo é ir no verão. Nesse caso, você também vai aproveitar praias que estão entre as mais belas da Itália.
Quando olhamos para o formato de bota do mapa italiano, a Puglia é aquela parte que fica no salto. É banhada por dois mares: Jônico (braço do Mediterrâneo) e Adriático. Tem grande influência de povos do leste, como os turcos, e uma arquitetura diversificada. Nesse ponto, o destaque fica por conta das casinhas brancas de teto pontudo conhecidas como trulli (vistas em locais como Alberobello).
As cavernas são outro destaque. Formam paisagens impressionantes como a piscina natural chamada de Grotta della Poesia. E são ambiente até de um restaurante, o Grotta Palazzese, considerado um dos mais belos e inusitados da Itália (em Polignano al Mare).
A região merece pelo menos de dez dias de viagem e no mínimo duas bases. Ao sul, na região de Salento, você conhecerá locais como Otranto, Lecce e Gallipoli. As dicas de hotel são o histórico Nohasi Palace, em Noha, e o Banglioni Masseria Muzza, em Otranto. Aliás, os hotéis rurais conhecidos como masserias também estão entre as atrações turísticas.
Já ao norte, faça base no Valle D'Itria para conhecer Alberobello, Ostuni, Locorotondo, Monopoli e Polignano al Mare, entre outros locais. A sofisticada Savelletri di Fasano é repleta de hotéis de luxo, como Borgo Egnanzia e Masseria San Domenico.
A maior parte do deslocamento pela Puglia é feita por rodovia de alta velocidade. Porém, entre os vilarejos, você encontrará estradas bucólicas com videiras, oliveiras e, no litoral, a beira-mar. A capital é Bari. Confira o guia completo de uma road trip pela região.
4 - Provença, França

Cannes, Nice, Antibes, Ezé e o Principado de Mônaco. O litoral é a parte mais famosa do sul da França. É a Riviera Francesa, ou Costa Azul (Côte d'azur). Já o interior da região chamada oficialmente de Alpes-Provence-Cote-D'Azur é o que conhecemos como Provença. Mais bucólica, romântica e muito menos badalada.
A Provença é mais legal de visitar na primavera, quando estão em evidência as plantações de lavanda que caracterizam a região. Há cidades com passado romano, como Arles e Nimes, e vilarejos cujo estilo medieval deu origem à arquitetura que conhecemos como provençal. Muitos destes são vistos no parque Luberon, cujas estradas são rodeadas por montanhas.
Saint-Remy-de-Provence é a vila da vida noturna. No fim do dia, diversas bandas tomam as ruas na primavera e no verão. Já Aix-en-Provence é uma cidade universitária cheia de bares, com muitas fontes e a avenida considerada a mais bonita do mundo.
A Provença tem ainda a cidade dos perfumes (Grasse) e uma ex-sede do Papado (Avignon). Quem visita a região pode ainda ver paisagens naturais belíssimas, como cânions (Calanques de Cassis e Gorges du Verdon). A maioria dos deslocamentos de carro é feita por belíssimas e cênicas estradas secundárias.
O vinho mais famosa da Provença é o rosé, e a gastronomia provençal é badalada em todo o mundo (dica: os restaurantes são bem mais baratos que em outras áreas da França). Dez dias é o mínimo para explorar bem a Provença. Faça pelo menos duas bases (minha sugestão: uma em Aix-en-Provence e outra no Luberon). Veja o guia completo aqui.
5 - Rota do Bourbon (Estados Unidos)

Este é um roteiro mais curto que os demais internacionais sugeridos aqui, e dedicado principalmente aos apreciadores do bourbon whiskey, uma das mais famosas bebidas norte-americanas. Consiste em visitar inúmeras destilarias (há pelo menos 16 abertas ao público) no Estado de Kentucky.
Nelas, você vai conhecer o processo de produção da bebida. Algumas têm restaurantes e bares disponíveis, e em todas é possível fazer degustação. Mas fique atento, pois você está em uma road trip. Então, é preciso ter o motorista da rodada - aquele que não vai degustar o bourbon whiskey para poder dirigir.
Entre as destilarias que valem a visita estão a Jim Bean e a Maker's Mark. A estrada que dá acesso a esta é uma das mais belas do trajeto, repleto de vias rurais bucólicas, rodeadas por plantações de milho (matéria-prima do bourbon) e casas de fazenda. Já a Evan Williams, em Louisville, tem um bar da época da Lei Seca em seu subterrâneo.
Quanto tempo é necessário para fazer a Rota do Bourbon? Depende de quantas destilarias você quer visitar. Com três dias, já dá para ir às principais (fazendo duas ou três por dia). Cidade mais famosa do Kentucky, Louisville é boa base (sugiro o hotel Omni, no centro, que tem um bar incrível).
Quer viver a rota em um clima de Velho Oeste? Então sua hospedagem é em Bardstown, que fica no centro da trilha e é considerada a capital mundial do bourbon. A cidade tem saloons com música animada, que vão transportar os visitantes ao mundo dos cowboys. Veja detalhes sobre a Rota do Bourbon aqui.
Dá para estender o passeio ao vizinho Tennessee para conhecer, em Lynchburg, a Jack Daniels (que não chama seu produto de bourbon, e sim de Tennessee whiskey). Aproveite para rodar uma hora e meia e ir a Nashville, capital mundial da música country.
Tem mais tempo? Dá para fazer então também a Rota da Música, que são os 900 km entre Nashville, Memphis (capital do blues) e Nova Orleans (berço do jazz). Esse roteiro completo você confere aqui.
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