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REPORTAGEM

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Road trip: o circuito da música no sul dos Estados Unidos

O carro da road trip: RAV4 Plug-in Hybrid no Garden District, em Nova Orleans - Rafaela Borges/UOL
O carro da road trip: RAV4 Plug-in Hybrid no Garden District, em Nova Orleans Imagem: Rafaela Borges/UOL

Colunista do UOL

06/06/2022 04h00

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A cultura da música é forte e variada no sul dos Estados Unidos. Seja pela influência afro-americana ou pelo tradição rural, as cidades da região são referências em jazz, blues, country e rock and roll. E há três locais que representam cada um desses ritmos: Nova Orleans, na Luisiana, e Memphis e Nashville, no Tennessee.

A coluna rodou 2.800 quilômetros pelo Sul dos Estados Unidos em um Toyota RAV4 Plug-in Hybrid, que em breve deve chegar ao Brasil, para desvendar o circuito da música. Porém, percorrer as três cidades exige bem menos quilometragem.

Rota da música: French Quarter - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
French Quarter, em Nova Orleans
Imagem: Rafaela Borges/UOL
É que a road trip foi além. Parti e retornei a Atlanta, para desvendar as origens históricas e o presente moderno da cidade que é uma das referências do mundo dos automóveis de luxo nos EUA - é sede das filiais americanas de Porsche e Mercedes-Benz. Além disso, também fui até o Kentucky, para fazer o circuito das destilarias de bourbon - que será tema de uma outra reportagem.

Alugando um carro em Nashville, início do circuito da música, e devolvendo-o em Nova Orleans, ponto final, são 970 km. No entanto, o aluguel do carro partirá de cerca de US$ 700 em um roteiro de sete dias, pois há uma taxa para retirada e devolução em locais diferentes.

Para quem optar de iniciar e terminar a viagem no mesmo local, o preço diminui bastante. Cai pela metade. Por outro lado, são mais quilômetros rodados.

O trajeto

De Nashville a Memphis são 340 km pela I40. Todas as rodovias de alta velocidade do trajeto que percorri são identificadas pela letra "I", de Interstate (interestadual). A velocidade máxima é de 70 milhas por ora, equivalente a 113 km/h.

Rota da música: i40 - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
I40, entre Nashville e Memphis
Imagem: Rafaela Borges/UOL
A I40 é uma bela estrada, repleta de montanhas e paredões de pedras - o Estado do Tennessee tem muitas cavernas. Em determinado ponto da viagem, a via cruza o lago Kentucky e, na chegada a Memphis, o mais importante rio do sul dos Estados Unidos, o Mississippi.

Essa é a terceira maior estrada dos EUA em extensão, com mais de 4 mil km. Uma curiosidade é que entre Oklahoma City e Barstow, na Califórnia, ela é paralela à histórica Rota 66 (mas isso já em um local bem distante da viagem de carro que é tema dessa reportagem).

Rota da música: estrada I55S - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
I55S
Imagem: Rafaela Borges/UOL
De Memphis a Nova Orleans, a viagem é rio Mississippi abaixo. Porém, apesar de ir descendo paralelamente às interestaduais I55S e I10, ele não aparece nenhuma vez nos 630 km percorridos entre as duas cidades. Quem quiser vê-lo terá de fazer um desvio.

No entanto, talvez não valha perder tempo de viagem com esse desvio, pois o rio banha tanto Memphis quanto Nova Orleans, próxima à sua foz, no Golfo do México. O percurso entre as duas cidades não tem as montanhas e paredões de pedras do primeiro trecho, mas fica extremamente interessante na chegada à Luisiana.

Rota da música: I10 - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
I10: estradas suspensas
Imagem: Rafaela Borges/UOL
A estrada é suspensa sobre os pântanos que dominam parte do Estado. Em determinado momento, ela passa sobre o Golfo do México, em um espetáculo de engenharia e natureza. Nesse ponto, já dá para enxergar os prédios de Nova Orleans, que dão ainda mais charme à paisagem.

Entre Memphis e Nova Orleans há o Mississippi. A dica aqui é parar para almoçar no entorno de Jackson, a capital do Estado e, se houver tempo, dar uma volta de carro pelo centro da cidade.

Dicas para rodar nos Estados Unidos de carro

Na maior parte dos trechos das interestaduais, as pistas têm pelo menos três faixas e ótima pavimentação. A exceção foi durante cerca de 100 quilômetros na I55S, na Luisiana. O piso ali era mais imperfeito, embora sem buracos.

Além disso, havia apenas duas faixas. Esse trecho fica bem antes do início da rodovia suspensa. Quanto ao combustível, a média observada foi de US$ 4 por galão, que tem 3,7 litros. Ou seja, o custo do litro da gasolina é de US$ 1,08.

Rota da música: RAV4 consumo - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Carro fez cerca de 16 km/l
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Nos quase 1.000 km rodados entre as três cidades, o gasto foi de US$ 85 (cerca de R$ 425). O RAV4 se mostrou um carro econômico e com ótima autonomia - fez média de 16 km/l em ciclo rodoviário. Para reabastecer, não há frentistas. É "faça você mesmo."

Basta inserir o cartão de crédito e liberar a bomba. Já para quem usa cartão de débito, dinheiro ou não confia nesse sistema, é preciso ir até a loja do posto de combustível e pagar antecipadamente.

Rota da música: reabastecendo - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Imagem: Rafaela Borges/UOL
As rodovias são repletas de áreas de repouso, com banheiros e máquinas para venda de bebidas e comidas. Em média a cada 10 km, placas indicam saídas com diversos serviços: postos, áreas de alimentação e hotéis. Eles estão em avenidas nas entradas das cidades do trajeto.

Com exceção de Nova Orleans, as cidades americanas foram feitas para rodar de carro. Têm avenidas largas e boa sinalização. A dica é nunca parar em um farol na faixa da direita. É que, nos Estados Unidos, os veículos podem fazer essa conversão mesmo no sinal vermelho.

Então, se não quiser ser alvo de buzinas raivosas dos motoristas atrás, fique sempre na faixa do centro. A não ser que o objetivo seja fazer a conversão à direita. Em Memphis e Nashville, havia muitas áreas para estacionamento nas ruas.

Porém, há também muitas opções de estacionamento público. Em Nashville, paguei US$ 16 pelo período de nove horas - a primeira hora saía por US$ 4. Quanto mais afastado das principais ruas do centro, mais barato é o estacionamento.

Rota da música: Bourbon Street - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Bourbon Street
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Em Nova Orleans, os estacionamentos próximos ao centro são caríssimos. As diárias podem chegar a US$ 50 nos hotéis e mesmo nas áreas públicas. Por isso, a dica para quem vai terminar o roteiro nessa cidade é entregar o carro logo que chegar.

Dessa forma, a economia é não apenas com estacionamento, mas também com as diárias. Nova Orleans é uma cidade para caminhar. Porém, se o objetivo for visitar plantações e pântanos no entorno, o carro será um aliado. Então, a dica é fazer isso no primeiro dia - e depois, devolvê-lo à locadora.


Nashville

No circuito da música, Nashville representa o country. A principal rua da cidade, a Broadway, tem bares com bandas especializadas nesse ritmo praticamente 24 horas por dia. A região é uma verdadeira festa.

Para afastar o calor, os bares têm ar-condicionado e rooftops, que ficam lotados na parte da tarde. Em um bar ou outro, as bandas cantam, de vez em quando, um rock and roll mais comercial. Mas isso é exceção.

Rota da música: Broadway - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Broadway
Imagem: Rafaela Borges/UOL
A Broadway fica no centro, região revitalizada que reúne os prédios históricos e grandes edifícios modernos, causando um lindo contraste. Capital do Tennessee, e também sua maior cidade, Nashville transpira desenvolvimento.

Também no centro está o museu dedicado a um dos maiores nomes da história da música country, Johnny Cash. Nascido em Arkansas, Cash viveu em Memphis, onde foi descoberto pelo Sun Studio (leia mais abaixo). Porém, passou a maior parte de sua vida em Nashville, ao lado da esposa e companheira de palco June Carter.

Rota da música: The Gulch - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
The Gulch
Imagem: Rafaela Borges/UOL
No mesmo prédio do museu de Cash, há uma área dedicada à cantora Patsy Cline. A visita a ambos custa US$ 25. Outro destaque da região é o museu Country Music Hall of Fame. Ao lado do centro, está o moderno bairro The Gulch.

Antiga área de armazéns, a região foi revitalizada. Tem muitos prédios residenciais, bares e lojas de artigos de couro. Para comer, experimente o churrasco nos bares da Broadway. Esta é uma das marcas registradas de Nashville.

Rota da música: The Standard - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
The Standard: restaurante era ponto de encontro de soldados da União durante a Guerra Civil
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Já para um jantar mais sofisticado, a dica é o restaurante The Standard, a três quadras da Broadway. Ele funciona em um prédio do século XIX que era ponto de encontro dos soldados da União durante a Guerra Civil americana, e teve sua originalidade preservada.

O melhor ponto de hospedagem em Nashville é o centro da cidade. As dicas são o Hilton Nashville Downtown (ao lado da Broadway), com diárias a partir de US$ 450, e o hotel de design Dream Nashville (US$ 300). As cotações são sempre para junho.

No centro, porém, o estacionamento dos hotéis é cobrado, e os preços giram em torno de US$ 30. Para quem quer economizar, a dica se hospedar na área próxima ao aeroporto. São cerca de 10 km do centro, fácil acesso e uma boa oferta de propriedades entre US$ 100 e US$ 150 a diária, com estacionamento gratuito.

Outra dica é o resort Gaylord Opryland (US$ 390). É um imenso hotel muito popular entre as estrelas do country que vão se apresentar em Nashville. Além disso, fica ao lado do Grand Ole Opry House, a mais importante casa de espetáculos da cidade.

Rota da música: Jack Daniels - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Jack Daniels
Imagem: Rafaela Borges/UOL
A área de Opryland, a 10 km do centro, também tem alguns bares como os da Broadway, embora sejam menos badalados. E, para quem quer fazer uma viagem de carro a partir de Nashville, há a destilaria Jake Daniels, em Lynchburg, a cerca de uma hora.

Os tours para aprender detalhes sobre a produção das bebidas da destilaria - que são chamadas de Tennessee Whiskey, não de bourbon - custam entre US$ 20 e US$ 35. O estacionamento é gratuito. Fiquei duas noites em Nashville, mas cheguei à conclusão que valeria a pena ter estendido a estadia para três.

Memphis

Se Nashville transpira progresso, Memphis já se mostra mais decadente. No triângulo da música, é considerada a cidade do rock and roll, embora essa fama tenha mais a ver com seu principal filho, Elvis Presley, do que com a verdadeira vocação musical da cidade.

Filho entre aspas, pois Elvis nasceu em Tupelo, no Mississippi. No entanto, passou a maior parte da sua vida em Memphis. Mas antes de chegar ao legado do rei do rock, a principal atração da cidade, vamos ao centro, mais precisamente à Beale Street, a Broadway de Memphis.

Rota da música: Beale Street - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Beale Street
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Lá, não impera o rock, e sim o blues. Não à toa, o principal bar da região leva o nome de um astro que foi revelado em Memphis, B. B. King. Bandas se apresentam na rua central desde o meio da tarde, mas as sessões não vão madrugada adentro. Terminam por volta da meia-noite.

Rota da música: Sun Studio - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Sun Studio
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Por outro lado, a fama de cidade do rock que Memphis carrega pode ser justificada, além de Elvis, pelo Sun Studio, a cerca de 2 km do centro da cidade. Lá foram revelados os artistas considerados precursores do ritmo: Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e o próprio Presley, para citar os mais importantes.

O tour pelo simpático prédio de tijolos do Sun Studio custa US$ 15. A 10 km do centro está a Elvis Presley Boulevard, rua das principais atrações da cidade: Elvis Presley's Memphis e Graceland. O primeiro é um complexo construído em frente a mansão do astro. Reúne museu, restaurantes e até exposição dos aviões do cantor.

Rota da música: Cadillac de Elvis - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Cadillac de Elvis
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Para apaixonados por veículos, o destaque é a exposição dos carros e motos que pertenceram ao artista. O ingresso custa US$ 48. Para incluir o tour a Graceland, a mansão de Elvis Presley, o valor sobe para US$ 77. Fui de carro. O estacionamento custa US$ 10.

Fiquei duas noites em Memphis. Embora tenha achado esta cidade a mais sem graça das três, a visita ao complexo de Elvis leva um dia inteiro. E foi o programa mais legal de toda a viagem.

Rota da música: Graceland - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Graceland
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Para se hospedar, a melhor opção é o centro. Entre os destaques há o hotel mais antigo de Memphis, o Peabody (diárias a US$ 200). Outras opções são o DoubleTree by Hilton (US$ 150) e o Indigo (US$ 170). Todos estão a poucos passos da Beale Street.

Para quem for a Memphis só por causa de Elvis, a melhor opção é o resort Guest House at Graceland (US$ 200). O hotel fica ao lado do Elvis Presley's Memphis e é todo dedicado ao artista.

Para comer, uma ótima dica é o Fight, no centro da cidade. Em ambiente sofisticado, serve menus degustação de até três pratos, com preços a partir de US$ 40.

Nova Orleans

A última parada da viagem é uma das cidades mais interessantes dos Estados Unidos. Nova Orleans já pertenceu aos franceses, e a influência desse povo está em todos os detalhes da cidade: gastronomia, arquitetura, cultura e música.

Rota da música: Frenchman Street - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Frenchman Street
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Não é à toa que a mais famosa área de Nova Orleans recebeu o nome de French Quarter. O local é repleto de prédios históricos que são sede de lojas, muitos antiquários, restaurantes e bares. Ali está também a famosa Bourbon Street, onde a música impera 24 horas por dia.

Jazz e blues são a alma de Nova Orleans. Porém, tanto nos bares da Bourbon quanto nos da Frenchman Street, menos turística, dá para escutar sessões de ritmos variados, como rock e até bossa nova. Lá, o que importa, acima de tudo, é a música.

Rota da música: Catedral St. Louis - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Catedral St. Louis
Imagem: Rafaela Borges/UOL
No French Quarter estão também o French Market, mercado de artesanato e comidas, e a belíssima catedral St. Louis, na praça Jackson Square. Uma vez na região, não deixe de experimentar o beignet, doce que é a especialidade da cidade - o local mais famoso a vendê-lo é o Café du Monde.

Outro destaque da região, marcada pela culinária cajun e creole, é o Gumbo, uma sopa à base de frutos do mar e carnes variadas que pode ser encontrada em qualquer restaurante do French Quarter. A gastronomia de Nova Orleans também traz entre os destaques o tomate e pimenta.

Rota da música: Lafitte - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Lafitte
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Imperdível é a caminhada até o Laffite, considerado o bar mais antigo dos Estados Unidos - foi fundado no século XVIII. Ele fica em uma região menos movimentada da Bourbon Street, ao norte da rua, já próximo à Frenchman Street.

Para vivenciar mais o jazz, o Preservation Hall tem sessões a cada 45 minutos. Para ver um show no auditório, o preço é de US$ 35. Por US$ 25, visita-se o Cemitério St. Louis I, a cerca de 1 km da Bourbon Street. Lá, o turista aprende mais sobre a história do voodoo, que faz parte das origens da cidade.

Rota da música: Garden District - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Garden District
Imagem: Rafaela Borges/UOL
A cerca de 4 km do centro está o Garden District, cujas casas têm estilo das construídas em plantações do sul dos EUA antes da Guerra Civil. Em uma mansão da região fica o Commander's Palace, considerado um dos melhores restaurantes de Nova Orleans.

Outras dicas de restaurante são o sofisticado francês Augusto e o despojado Paladar 511, ambos no centro da cidade. Para se hospedar, há muitas opções. Escolhi a área da Canal Street, no entorno do French Quarter, para ficar fora do epicentro da festa, mas a poucos passos de distância.

Rota da música: French Quarter - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
French Quarter
Imagem: Rafaela Borges/UOL
Por ali, há o Le Meridien New Orleans (US$ 120) e os sofisticados The Roosevelt by Waldorf Astoria (US$ 270) e The Ritz-Carlton (US$ 320). Para quem prefere ficar dentro do French Quarter, uma dica é o Omni Royal (US$ 190), que ocupa uma propriedade histórica e tem interior que nos transporta ao início do século XX.


Como chegar

Nenhuma das três cidades tem voos diretos a partir do Brasil. Como cheguei aos EUA por Atlanta e voei de volta a partir de Nova York, escolhi a Copa Airlines, pois o preço estava mais interessante e a conexão não exige o demorado e minucioso procedimento de segurança dos Estados Unidos.

Já para quem pretende chegar a Nashville e deixar os EUA a partir de Nova Orleans, há opções com uma conexão apenas (dentro dos Estados Unidos) oferecidas por Latam, American Airlines, Delta e United Airlines. Os preços variam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, em classe econômica, dependendo da época do ano escolhida.