Por que nova versão de entrada da Ford Ranger nem sempre é a mais barata

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Anteriormente, era possível adquirir uma Ford Ranger 4x2 na versão XLS. No fim do ano passado, isso mudou: a versão da picape equipada com sistema de tração apenas na traseira passou a ser a Ranger Black, com o objetivo de atingir um público mais variado.
Agora, chama-se Ranger Black, e não é mais focada em quem quer usar o carro para o trabalho na cidade. O alvo principal, agora, é o picapeiro urbano. Ou seja: aquele que busca uma picape, mas dificilmente irá rodar em estradas de terra.
É um público que adere a modelos como Toro e, mais recentemente, Rampage (embora esta só tenha opções 4x4), que são picapes feitas em plataformas de carro de passeio. A própria Ford tem um produto desta categoria: a Maverick (que em breve chega ao Brasil com visual renovado).

Nesse contexto, a Ranger Black surge como uma opção para o "picapeiro" urbano que, independente da razão, quer ter um produto mais robusto do que os modelos feitos sobre base de automóvel. Para isso, investe em um visual mais atraente, marcado pela presença de detalhes internos e externos em uma cor que a marca batizou de "cinza ousado".
É deste tom escuro, quase preto, que vem o nome "Black" da versão. Isso porque a carroceria pode ser de diversas cores, além da preta. Dentre elas, branca e até uma chamativa azul.
Preço

Usando esse visual que chama a atenção, a Ranger Black se propõe a atrair o picapeiro urbano sem abrir mão de quem quer uma picape também para o trabalho na cidade. Até porque estamos falando da opção mais barata do modelo.
A Ranger Black tem preço sugerido de R$ 238.900. Logo acima dela há a XL 4x4, por R$ 256.500 e totalmente focada no trabalho. Já a XLS 4x4 vai a R$ 274.900. As três têm motor 2.0 turbodiesel. As demais, todas 4x4, trazem o V6.
Nesse caso, a XLS sai por R$ 303.900. A XLT vai a R$ 308.600. A Limited tem preço sugerido de R$ 346.600. Essa versão com pacote opcional (que vem sendo chamada de Limited Pack) é tabelada em R$ 366.600.
Mas, na prática, a Ranger Black não é necessariamente a mais barata. Neste momento, no próprio site da Ford, a XL está saindo por R$ 215.400 para quem compra no CNPJ (dependendo da modalidade). Isso representa desconto de 16% ante o preço de tabela.
Aí você pode até dizer: mas e para quem não tem CNPJ? Acredite: dificilmente alguém compra uma XL, uma versão básica, com poucos equipamentos e focada no trabalho, sem usar CNPJ. É carro de pessoa jurídica.

Dá para comprar a Ranger Black no CNPJ? É até possível negociar sim, mas não com o desconto de 16% concedido pela própria Ford para a XL. Por isso, esta acaba sendo a melhor opção para quem quer um veículo para o trabalho em qualquer circunstância (seja na cidade ou fora dela). Isso reforça o foco da Black na pessoa física.
Destaques

Para quem usa um carro na cidade, até faltam algumas coisas importantes, como a chave presencial, a partida por botão e o freio de estacionamento elétrico. Mas, justiça seja feita à Black: nem a XLT tem esses equipamentos.
Para ter esses itens o cliente tem de comprar a Limited, e desembolsar mais de R$ 100 mil extras. O modelo também não tem ar-condicionado de duas zonas e bancos de couro. São tecnologias de que muitos clientes de picapes não fazem questão, mas que podem fazer o consumidor urbano pensar duas vezes.

Por outro lado, a Ranger Black sai de fábrica com coisas como central multimídia vertical, painel parcialmente digital, diversas entradas USB e saídas de ar-condicionado atrás. O motor 2.0 turbodiesel tem 170 cv e o câmbio é automático de seis marchas.
Além disso, os freios traseiros são a tambor (discos nas versões mais caras). Apesar de não ter a agilidade da V6, a Ranger Black oferece retomadas eficientes, por ter bom torque em baixa rotação. Por isso, é um bom aliado também na estrada - até porque tem foco no consumo e, portanto, boa autonomia.
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