Coceira ou prurido? Atenção, podem ser sintomas de herpes genital
Ao ouvir falar de herpes, imediatamente pensamos na doença que causa pequenas bolhas próximas aos lábios. Mas sabia que existem versões delas em outras partes do corpo? A herpes genital é considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível).
Ela é causada pelo vírus da herpes simples e se caracteriza pelo aparecimento de vesículas e pequenas úlceras na pele e mucosa na região genital.
Sintomas de herpes genital
Uma vez que a contaminação pelo vírus herpes simplex tipo 2 ocorre via prática sexual, a pessoa tem um tempo de incubação antes que comece a manifestar o quadro, que pode levar de 7 a 15 dias.
Em alguns casos, uma pessoa com herpes pode até não apresentar nenhum sintoma do vírus por muitos anos. Os primeiros sintomas de herpes genital são:
- Sensação de prurido (coceira);
- Queimação ou formigamento nos órgãos genitais;
- Dores nos quadris, nádegas ou pernas;
- Mal-estar;
- Pequenas vesículas ou bolhas que podem estourar e formar úlceras, mas elas só aparecem depois dos sintomas acima.
Essas bolhas e úlceras são exatamente como as que aparecem na boca e podem surgir em diversas regiões como:
- Nas mulheres: na vulva, clitóris, períneo e colo do útero;
- Nos homens: na glande, prepúcio e cabeça do pênis;
- Em ambos os gêneros podem surgir no ânus e no reto, além de aparecer nas coxas e nádegas também.
As crises costumam levar entre 7 e 10 dias para passar. Mas, normalmente, a primeira manifestação da doença é a mais dolorosa e dura mais tempo. Isso ocorre até o organismo reconhecer e desenvolver um sistema de combate e controle do vírus.
Ela alerta também que alguns sintomas podem mostrar que há uma situação mais grave, como:
- Dor e ardor para urinar;
- Febre;
- Dor de cabeça.
O que fazer para diminuir as crises de herpes genital?
O vírus da herpes viral costuma ficar "adormecido" no organismo, escondido em terminações nervosas, onde os medicamentos não os acessam, e algumas situações podem desencadear crises, como:
- Estresse;
- Esforço físico;
- Trauma na região;
- Queda de imunidade ou imunossupressão;
- Exposição solar;
- Período menstrual.
Normalmente o tratamento das crises é feito com a administração de antivirais durante a crise. Eles aceleram a regressão das lesões e aliviam os sintomas.
Além disso, ter hábitos que estimulam a saúde imunológica são importantes, como alimentação balanceada, sono reparador e prática regular de atividades físicas.
Como é o contágio e como prevenir a herpes genital
A transmissão da herpes genital ocorre principalmente com o contato da pele com uma lesão ativa. Mas o HSV-2 pode estar presente nos fluidos corporais da pessoa infectada, como na saliva, sêmen e secreções vaginais.
Por isso é muito importante o uso consistente de preservativos durante as relações sexuais, não só no sexo vaginal, como também no anal e no oral. Alguns manuais também recomendam que pessoas que possuam herpes genital se abstenham da atividade sexual quando estiverem em crises da doença.
Fontes: Maria Cristina Meniconi, ginecologista e obstetra; Lia Cruz Damásio, ginecologista; e Regina Amarante, ginecologista.
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