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J-Lo e Ben Affleck planejam sexo 4 vezes por semana; há frequência ideal?

Ben Affleck e Jennifer Lopez - Rich Fury / WireImage
Ben Affleck e Jennifer Lopez Imagem: Rich Fury / WireImage

Letícia Naísa

Do VivaBem*, em São Paulo

05/05/2022 17h21

No programa "Saia Justa", do GNT, Deborah Secco e Sabrina Sato opinaram sobre o suposto acordo pré-nupcial entre Jennifer Lopez e Ben Affleck, que prevê uma frequência sexual de quatro relações por semana.

Enquanto Sabrina afirmou que não tem "nem periquita pra isso", Deborah Secco disse que gostaria de ter mais tempo para fazer sexo com o marido, Hugo Moura, porque sente "muito tesão" por ele.

Em rodas de amigos, o assunto sempre levanta curiosidade. Afinal, existe um número mágico de vezes que um casal deve transar? Há alguma frequência considerada "normal"? Quanto mais sexo, melhor?

Nem todo o mundo tem a mesma necessidade sexual. Por isso, o diálogo é muito importante na dinâmica de uma relação amorosa. Muitas variáveis entram em jogo quando se fala de sexo. Uma delas, por exemplo, é o tempo de relacionamento.

Segundo Jairo Bouer, colunista de VivaBem e médico especialista em sexualidade, é comum que casais no início do relacionamento transem com maior frequência, mas não existe regra. "Tem quem fique satisfeito com uma transa por semana mesmo no começo, ou uma vez ao dia. E tudo bem", explica. "A grande questão é achar um meio-termo, uma frequência que seja boa para os dois, pois se é ruim para um, é ruim para ambos."

Existem pesquisas que mostram que o ato sexual sozinho não aumenta o nível de felicidade de uma pessoa. A verdade é que não existe um número mágico de relações sexuais que seja considerado normal ou que possa ser recomendado a qualquer casal. O importante é que o sexo seja satisfatório.

Quando feito com proteção e consentimento, o sexo faz bem à saúde. Mas, quando o ritmo é demais para o corpo acompanhar, os órgãos sexuais podem realmente acabar sofrendo um pouco. Transar além da conta pode provocar irritação, desconforto e até um processo inflamatório.

A troca de bactérias que acontece naturalmente durante uma relação sexual pode favorecer o aparecimento de infecções urinárias em pessoas que já têm tendência a sofrer com o problema, já que os microrganismos entram em contato com a uretra durante o sexo, diz Bouer.

Libido

Um dos fatores determinantes para a frequência sexual de alguém com certeza é a libido. Só que ela é uma engrenagem muito complexa, porque recebe influência de todas as esferas da vida, explica Bruno Nascimento, urologista e membro do departamento de medicina sexual e andrologia do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e do Centro de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Para entender a libido, é preciso um olhar interdisciplinar, já que doenças como hipotireoidismo e diabetes podem afetar o desejo sexual, assim como fatores psicológicos. Estresse, depressão e ansiedade também podem mexer com a vontade de fazer sexo de um indivíduo.

Nos homens, problemas como ejaculação precoce ou ejaculação retardada, que são disfunções sexuais, influenciam o desejo sexual da mesma forma que outros problemas citados.

*Com informações de matérias publicadas em 23/03/2022, 20/01/2021 e 11/08/2018