Do dogão ao torresmo: onde provar os clássicos de SP e suas releituras

Comer é uma das melhores atividades para se fazer em São Paulo e ponto. Um dos grandes motivos é que, em seus 471 anos, a cidade nunca parou de agregar pessoas. Elas chegam de diferentes cidades e países, trazendo referências na mala, no coração e no paladar.

Essa grande mistura cultural entra na panela paulistana e ganha novos sabores, muitas vezes únicos. Entre eles, o sanduíche de mortadela mais alto que os arranha-céus, o virado à paulista que dá força aos trabalhadores às segundas-feiras e o cachorro-quente com purê, eficiente em curar ressacas na madrugada.

A história fica mais rica com um movimento de chefs dedicados a descobrir os ingredientes dos arredores e as receitas tradicionais, dando toques ao mesmo tempo autênticos e gastronômicos para receitas como o torresmo e o kebab. Abaixo, confira uma seleção de clássicos e releituras para provar no aniversário da cidade, dia 25 de janeiro.

Sanduíche de mortadela

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Imagem: Maurício Porto

Caledonia Whisky & Co.
A partir de sábado (25), você tem uma semana para provar a versão do famoso sanduíche de mortadela de uma das casas finalistas na categoria "Melhor Cozinha de Bar", do Prêmio Nossa Bares e Restaurantes. Montada no pão francês redondo, a novidade do chef Rodrigo Rizzo combina o embutido italiano com queijo provolone, tomate, rúcula e molho de mostarda de Dijon (R$ 38). Vai lá: Rua Vupabussu, 309, Pinheiros. @caledoniabar

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Imagem: Divulgação

Mercado Municipal de São Paulo
É dentro do Mercadão que estão as maiores referências no assunto "milhares" de fatias de mortadela entre duas fatias de pão - os turistas que o digam. Rizzo, do Caledonia Whisky & Co., ressalta o trabalho do Bar do Mané, aberto em 1933, e do Bar Mortadela Brasil, situado no mezanino:

"Ambos são pontos fora da curva no que diz respeito à tradição". Vai lá: Rua Cantareira, 306, centro. @mercadomunicipalsp

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Churrasquinho grego

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Imagem: Pedro Ferrarezzi

Make Hommus. Not War
A casa de cozinha do Oriente Médio homenageia os imigrantes com o churrasquinho grego, também conhecido como kebab ou shawarma. A releitura da carne assada no espeto vertical é servida sobre o homus com complementos por R$ 62. No sábado (25), o chef Fred Caffarena também oferece uma versão de sanduíche preparado direto na churrasqueira típica montada na calçada (R$ 45 com suco). Vai lá: Rua Oscar Freire, 2270, Pinheiros. @makehommus

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Imagem: Reprodução

Sabor da Pérsia
Para Fred, do Make Hommus, um dos melhores shawarmas está nos boxes 10 a 12 do Mercado Kinjo Yamato. O primeiro restaurante iraniano de São Paulo vende kebabs de frango, carne ou misto, no prato ou enrolados no pão sírio (a partir de R$ 20). "O melhor é de frango com molho de alho e batata frita", diz o chef. No fim de 2024, os donos abriram no Mercadão o Delícias da Pérsia, com esfihas e doces árabes. Vai lá: Rua da Cantareira, 377, Luz. @sabordapersia

Cachorro-quente

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Imagem: Mauro Holanda

Hot Pork
Das 12h às 18h do dia 25, a lanchonete do chef Jefferson Rueda estará em festa para comemorar os 471 anos de São Paulo e os 7 anos da casa. Com direito a DJ e intervenções artísticas, o evento marca uma nova fase, com cardápio mais completo. Além do hot dog de porco caipira com ketchup de maçã, maionese e picles (R$ 31), entram em cena sanduíches como o hambúrguer de panceta (R$ 29). Vai lá: Rua Bento Freitas, 454, República. @hot.pork

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Imagem: Reprodução

Hot dog do Seu Angelo
Uma portinha aberta em 1963 para vender cachorro-quente (a partir de R$ 10) na Lapa nunca mais fechou. A receita, que inclui pão francês de casquinha crocante, purê de batatas e pimentinha caseira, se perpetua por três gerações. Recentemente, o filho e o neto, Marcos e Rafael, inauguraram uma segunda loja maior e mais moderna. Com 100m2, está em soft opening na Praça Cívica, 100. Vai lá: Viela Ema A. Murari, 25, Lapa. @hotdogdoseuangelo

Virado à paulista

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Imagem: Divulgação

Chez Claude
De sexta a domingo, o endereço do franco-carioca Claude Troisgros vai ficar mais paulistano. Para celebrar a cidade que recebe pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, entra no menu o virado à paulista (R$ 140). Gastronômico, o prato apresenta a barriga de porco à pururuca com toque agridoce: é glaceada em missô, mel e laranja. Feijão manteiguinha com linguiça, saladinha de couve, banana à milanesa, arroz e ovo frito formam os acompanhamentos. Vai lá: Rua Professor Tamandaré Toledo, 25, Itaim Bibi. @chez.claudesp

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Imagem: Reprodução

Ugue's
Desde 1968, a lanchonete alimenta os moradores da região com PFs oferecidos ininterruptamente do almoço ao jantar. Como manda a regra, segunda é dia de virado à paulista (bisteca, tutu de feijão, banana, torresmo, couve, arroz e calabresa) por R$ 45. Fábio Guimarães, chef-executivo do Complexo Le Quartier (onde fica o Chez Claude), indica: "Frequentei muito". Vai lá: Rua Marquês de Itu, 1018, Higienópolis. @ugues_lanchonete

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Torresmo

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Imagem: Divulgação

Lobozó
Já viu torresmo de sainha (R$ 13)? Esse é um dos petiscos servidos no sábado (25). A partir das 16h30, o chef Gustavo Rodrigues recebe Rafa Bocaina, cozinheiro e produtor rural. "Como é feita do mesentério (membrana do intestino), a receita está se perdendo. Quando São Paulo se tornou metrópole, o acesso às miudezas diminuiu. Hoje, tem torresmo de sainha apenas onde há o abate do animal", explica Rafael. Vai lá: Rua Medeiros de Albuquerque, 436, Vila Madalena. @lobozocozinha

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Imagem: Reprodução

Valadares
A estufa deste tradicional boteco da Lapa, em atividade há 63 anos, conserva um dos torresmos mais famosos da cidade. Cortada em cubos, a barriga é temperada com sal e frita. Quando está quase pronta, um pouco de água é acrescentada à panela para ajudar a pururucar. Segundo a equipe, isso ajuda a garantir a textura crocante. Caprichada, a porção dá tranquilamente para cinco pessoas e custa R$ 44. Vai lá: Rua Faustolo, 463, Lapa. @aperitivosvaladares

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Receita da semana: ragu de linguiça

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Imagem: Zô Guimarães

Final de semana combina com massa! E na estreia do programa Receitas de Domingo, de Nossa, a atriz Bruna Spínola ensinou o preparo de uma receita prática que é a favorita entre os amigos e a família: o penne ao ragu de linguiça.

Fácil de reproduzir, o prato pode ter um sabor mais intenso quando se usa um vinho tinto seco de boa qualidade.

Clique no link abaixo para ver a receita completa e um vídeo do passo a passo.

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BARES

Coquetéis em harmonia com peixes e frutos do mar

Sergio Crusco

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Imagem: Thays Bittar

Tenho falado bastante (e vou falar mais!) sobre a interação entre coquetéis e comida. Com tantos restaurantes investindo em boas cartas e bom serviço de drinques, acredito que saiam na frente aqueles que promovem o casamento entre esses mundos.

Dois dos melhores endereços de comida do mar da cidade captaram bem a ideia. Há harmonia entre bar e cozinha no Le Bulô, do chef Ricardo Lapeyre, e no Cais, capitaneado pelos sócios Adriano de Laurentiis (chef) e Guilherme Giraldi (sommelier).

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Na nova carta de coquetéis autorais do Le Bulô, o inventivo bartender Jonny Paes abusa de elementos marinhos, ingredientes que viajam gostosamente da cozinha à taça.

A seleção estritamente clássica de tragos do Cais, a cargo de Isa Stainle, tem opções bem secas que podem anteceder ou acompanhar o menu degustação de peixes e frutos do mar.

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Imagem: Thays Bittar

Le Bulô Brasserie
O coquetel monte cristo (R$ 52) virou clássico instantâneo da casa. Recriação do Negroni, vem com Campari, vermute, jerez, grapefruit, bitter de laranja e, como guarnição, azeitona e lambreta. Oyster Martini (R$ 65) adiciona água de ostra à mistura de gim e vermute. Petit conseil (R$42) é o bloody mary à moda Bulô, com vodca, suco de tomate e temperos marinhos. Para quem quer sair do salino e cair no doce, boa pedida é o delicado pistache cocktail (R$ 56), clarificado com rum, licor de amêndoas, leite de pistache, baunilha e vinho rosé. Vai lá: R. Manoel Guedes, 233, Itaim. @lebulo.brasserie

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Imagem: Bruno Geraldi

Cais
Somado à ótima carta de vinhos da casa, a lista de drinques faz saltar os olhos dos fãs de martinis. Além do dry (R$ 66), há variações com jerez (R$ 67), com saquê (R$ 69) e a versão dirty (R$ 62), com salmoura de azeitona. Todos preparados com perfeição comovente. Outro clássico seco e salino é o bamboo (R$ 62), mescla de jerez e vermute dry. No quesito praiano, destaca-se a gostosa batida de maracujá (R$ 40). O balcão do Cais é bem confortável para o jantar, outra tendência que tem se repetido na arquitetura dos restaurantes. Vai lá: R. Fidalga, 314, Vila Madalena. @restaurantecais

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CLUBE UOL

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