Vila Ipojuca ainda é 'oásis' com clima de bairro em SP: veja roteiro por lá

Não pude contar quantas casinhas foram ao chão na minha rua. Todas viraram pó para dar lugar a prédios que só inclinando bem o pescoço para ver o topo. Enquanto isso, flerto com as raras opções próximas que ainda mantêm um clima de bairro. Uma delas é a Vila Ipojuca.

Vizinho de áreas famosas, como a Vila Madalena, e com fácil acesso às marginais, este distrito da Lapa atrai quem busca tranquilidade sem abrir mão da boa localização. As ruas arborizadas e sinuosas, capazes de confundir o GPS interno dos mais cartesianos, guardam pracinhas fofas e serviços locais.

Cada vez mais, restaurantes, bares e lojas abrem as portas para atender aos moradores. Muitos, inclusive, são fruto do empreendedorismo de quem vive a poucos metros dali.

Como acredito que a melhor forma de conhecer um lugar é pedindo sugestões a quem o conhece bem, o roteiro de hoje começa numa pizzaria super tradicional — a Vituccio — e continua por estabelecimentos indicados a partir dele.

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Imagem: Nanda Ferreira

Vituccio
Nenhum vizinho duvida de que o imóvel na Praça Sá Pino abriga uma pizzaria. Primeiro porque a fachada tem as cores da Itália e a silhueta de um pizzaiolo em azulejo. Segundo porque se trata de uma instituição do bairro - e é por isso que merece a sua visita. Sobre as pizzas vão as coberturas de sempre e de invenção própria, mas os xodós da Vila Ipojuca são a rotolina (massa enroladinha com recheios como abobrinha, parmesão e mussarela, R$ 37) e o limoncello da casa (R$ 15 a dose). Vai lá: Rua Tonelero, 609, Vila Ipojuca, @vitucciopizzeria

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Imagem: Divulgação

Hilda Botequim
Basta atravessar a praça para encontrar o torresmo mais desejado do bairro. "É bem suculento", indica Paulo Farias, sócio da Vituccio. A porção (R$ 36) abre a refeição, sempre composta por receitas brasileiras, como a feijoada (R$ 59), servida aos sábados. Com jeito descontraído, o botequim inaugurado por Alessandra Ramos é uma homenagem a sua avó mineira: "Ainda pequena, eu dizia que abriria um lugar com o seu nome. E ela respondia com sotaque: deixe de 'bobage', menina". Vai lá: Praça Sá Pinto, 67, Vila Ipojuca. @hildabotequim

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Imagem: Divulgação

Ipo Bar
Há 9 anos, três amigos deixaram seus empregos em um restaurante na Avenida Paulista para abrir o próprio negócio no bairro do coração: a Vila Ipojuca. Assim, nascia o bar de coquetelaria citado por todos os entrevistados desta newsletter. "É uma referência", resume Alessandra, do Hilda. Além de drinques clássicos e autorais, o público encontra um ambiente animado, com mesa de sinuca e discotecagem de quarta a sexta. Entre as comidinhas, fazem sucesso o tartar de atum (R$ 65) e o pudim (R$ 17), com baunilha de verdade. Vai lá: Rua Mota Pais, 32, Vila Ipojuca. @ipobar

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Imagem: Divulgação

A Vinha
Aqui, dizer que o lugar tem clima de casa não é força de expressão. De quinta a sábado, Renata Figo abre o andar térreo de sua casa para receber a vizinhança. Sem funcionários, ela cuida de tudo: da produção das empanadas (R$ 17 cada uma), fechadas e recheadas com queijo meia cura ou pernil na hora do pedido, à seleção de vinhos, que muda a cada semana. "São rótulos diferentes do que se encontra no mercado", elogia Felipe Farias, do Ipo. A garrafa mais barata custa R$ 120 e a taça sai a partir de R$ 25. Vai lá: Rua Rodrigues de Campos Leite, 13, Vila Ipojuca. @avinhabar

BARES

Novidades em Pinheiros (para fugir do Carnaval ou curtir depois)

Por Sergio Crusco

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Imagem: Guiga Lembeck
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Vai para o bloco ou não vai? Eu pulo. Quer dizer, fico em casa, com saudades do tempo em que São Paulo era o túmulo do samba, como cravou Vinicius de Moraes, e a cidade esvaziava no Carnaval. Respeite minha caducagem, diria Rita Lee.

Se você é do time que foge da festa, vale esperar a poeira dos blocos baixar passar a e conferir as novidades no bar Trinca e no restaurante Chou, em Pinheiros. Altas coquetelarias, grandes sabores.

O Trinca não lançou carta nova, mas os bartenders Tábata Magarão e Alê Bussab agregaram alguns coquetéis especiais ao cardápio. Tem um trago bem doce (tendência cada vez mais comum), outro refrescante e mais um bem potente.

No Chou, Chula Barmaid uniu-se ao bartender da casa, César Henrique, e à chef Gabriella Barroso para criar uma coleção atraente e delicada de drinques, que combinam com o clima intimista da casa - a media luz...

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Imagem: Tales Hidequi

Trinca Bar & Vermuteria
A pedida cítrica é dom cabruca, de tequila com nibs de cacau, cupuaçu, cambuci e bitter de coco. Um jeito novo de beber o destilado mexicano, em composição bem frutada. A acidez some no adocicado flor de jerez, com tequila, lichia, mel, camomila e jerez. My way é o drinque pancadão da nova safra, alquimia ousada de bourbon, amaro, jerez cream, licor de amêndoas e aceto balsâmico. Para ser sorvido devagarinho, meditando ou na melhor companhia. Todos por R$ 55. Vai lá: R. Costa Carvalho, 96, Pinheiros. @trincabar

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Imagem: Guiga Lembeck

Chou
Onde o amor descansa (R$ 37) é o nome poético de um drinque frutado e elegante, com cachaça, gim, limão, licor de laranja, espumante e cerejinha para finalizar. Para quem é dos tragos secos, recomendo não perder o martini marroquino (R$ 45), feito de gim, vermute dry, jerez e guarnecido com conserva de limão. Perfeito para anteceder o jantar. Anoche um manhattan (R$ 67) é releitura luxuriosa da receita clássica, com bourbon, vermute tinto, Cynar, Angostura e bitter de amendoim. Vai lá: R. Mateus Grou, 345, Pinheiros @restaurantechou

BELISQUETES

Chega de calor! Sorvetes brasileiros para refrescar

Por Gabrielli Menezes

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Imagem: Divulgação
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Tomar sorvete deveria estar entre as recomendações dos órgãos de saúde para suportar os 36 graus nesta cidade de concreto e asfalto. Além da manutenção da hidratação (será que dá para considerar?), proporciona felicidade instantânea quando o geladinho desce refrescante.

O calor exigirá, no entanto, atenção redobrada ao derretimento: a meleca provocada pela liquefação da receita não agrada a maior parte da população. Abaixo, estão sugestões de onde encontrar sorvetes feitos a partir de ingredientes brasileiros.

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Imagem: Divulgação

Cangote
Nesta pequena sorveteria do empresário baiano Anderson Maciel Boeira, só entram frutas regionais, especialmente do Norte e Nordeste do país. Tão coloridos quanto deliciosos, os sorvetes se revezam no cardápio, com opções como cajá, graviola, jabuticaba e tapioca. Os preços são mais baixos que os da concorrência: uma bola sai por R$ 14 e duas, por R$ 22. Pela casquinha, cobra-se um adicional de R$ 3. Vai lá: Rua Aureliano Coutinho, 278, Vila Buarque. @cangotesorvetes

Veja o vídeo que gravei por lá e siga o Instagram de Nossa para mais dicas de lugares, viagem e decoração:

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Imagem: Divulgação

Rochinha
Criada em 1983 no litoral norte de São Paulo, a empresa estreou uma nova fase em janeiro, com a abertura da loja conceito em Moema. Embora parte das cubas seja preenchida com os sabores nacionais que caracterizam a marca - como milho verde, açaí e coco -, há espaço para intrusos, caso do pistache. A casquinha artesanal é assada na hora (R$ 17,90 com um sabor). Vai lá: Avenida Cotovia, 350, Moema. @sorvetesrochinha_moema

CLUBE UOL

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Sobremesa grátis na Fogo de Chão
Só assinante UOL ganha uma sobremesa do cardápio, mediante ao consumo do rodízio, nesta que é uma das churrascarias mais tradicionais de São Paulo desde os anos 80, com mais de 70 unidades espalhadas pelo mundo. O benefício é válido de segunda a sexta-feira, em todas as unidades de São Paulo. Clube UOL

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Viva uma experiência Michelin
Imaginou ter uma experiência saborosa em um restaurante de Guia Michelin e com desconto? Com o Clube UOL, isso é realidade. Assinante UOL tem 10% OFF no The Kith, localizado na Avenida Rebouças, com um cardápio de pratos tradicionais brasileiros com influências internacionais. O benefício é válido para todas as refeições, de segunda a sábado. Clube UOL

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