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Zé Roberto: "Não sou político, eu nunca fui para a CBV pra fazer política"

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Do UOL, em São Paulo

28/05/2020 04h00

A Confederação Brasileira de Vôlei teve revelado um escândalo em 2014 referente a privilégios em negócios envolvendo ex-dirigentes ligados à entidade e chegou a ter o pagamento pelo patrocínio do Banco do Brasil suspenso até que uma série de medidas fosse tomada, depois das revelações por uma série de reportagens do jornalista Lúcio de Castro, na ESPN.

O técnico José Roberto Guimarães, no comando da seleção brasileira feminina de vôlei, não se manifestou na época em que as irregularidades foram reveladas. Em entrevista aos jornalistas João Carlos Albuquerque e Rodrigo Viana, no programa Os Canalhas, ele explica o motivo de não ter se pronunciado publicamente a respeito do caso na CBV.

"Primeiro eu acho que quando a gente fala, quando a gente ataca ou coloca alguma coisa sobre alguém ou dossiês, eu acho que a gente precisa esperar as coisas serem avaliadas para que a gente tenha uma posição. Até hoje, eu vi aquele depoimento do Lúcio e até agora a gente não tem nada formado a respeito daquilo. Então, se você se posiciona naquele momento e sai atacando e falando, é muito simples naquele momento você atacar ou tomar partido de alguma coisa", justifica Zé Roberto.

"Eu sempre espero as coisas acontecerem, eu aguardo para ver que lado as coisas vão tomar. Porque não adianta, vamos ver o que vai acontecer, se está certo, se está errado, uma coisa que eu sempre fiz na minha vida, eu sou técnico de voleibol, eu sou técnico de voleibol, não sou político, eu nunca fui para a CBV para fazer política, eu nunca entrei na CBV para ver o que as coisas estavam sendo feitas ou deixando de ser feitas lá", completa o treinador.

Zé Roberto declarou que seu trabalho em relação à CBV se limita a convocar e treinar a seleção feminina de vôlei e diz que ainda não se provou nada em relação às irregularidades.

"O que é para eu fazer? É para eu treinar o time feminino. O que eu tenho que fazer, quais os campeonatos tenho que disputar. O que eu faço é convocar as jogadoras e treinar as jogadoras. Agora, o que se comprou, o que não se comprou, o que se pagou, o que se contratou, isso não é problema meu e nunca foi, eu não sou dirigente da CBV, então isso tem que ser feito um levantamento pela parte jurídica, de um lugar, do outro lugar, tem que ter defesa, tem que ter toda uma série de coisas aí para ver quem tem culpa e quem não tem culpa e aí os julgamentos acontecerem. Até agora, não se provou nada, só se falou. À medida que se provar alguma coisa, aí sim dizer 'tem razão esse, tem razão aquele', e acabou a história. Agora, você tomar partido só por tomar partido, eu não acho muito justo", finaliza.

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