Rafael Reis

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Por que Textor, mesmo com times na Europa, trata Botafogo como prioridade?

John Textor é dono de um dos clubes mais poderosos da França (Lyon), tem um time na Bélgica (RWD Molenbeek) e é acionista do Crystal Palace, da Inglaterra.

Mas, mesmo com vários investimentos espalhados pelo futebol europeu, o empresário norte-americano tem cumprido a promessa que fez no momento em que comprou a SAF do Botafogo, três anos atrás.

Ainda que gaste mais dinheiro no Lyon e que tenha ambições de crescer na Inglaterra, a prioridade do bilionário ainda é o time do Rio de Janeiro.

Textor visita o Botafogo muito mais do que dá as caras nos outros clubes de sua propriedade. Figurinha carimbada nos jogos disputados no Nilton Santos, o norte-americano raramente é visto no Parc Olimpique Lyonnais, no Selhurst Park ou no Edmund Machtens.

O empresário também participa bem mais ativamente da administração alvinegra do que faz com o restante do seu conglomerado. Enquanto delega no exterior, por aqui é ele quem resolve quase tudo.

Por que o Botafogo é prioridade?

O "Blog do Rafael Reis" conversou com pessoas do convívio de Textor e ouviu delas que há dois motivos principais pelos quais o Botafogo recebe um tratamento diferenciado do investidor.

O primeiro é de ordem sentimental. Talvez por ser o primeiro dono da história do clube e por ter dado resultado quase que de imediato, o norte-americano se sente mais acolhido pela torcida alvinegra. Já com os fãs dos seus outros clubes, o relacionamento é mais morno e profissional.

Mas há também uma questão pragmática nessa prioridade. O Botafogo é o time do "universo Textor" mais próximo de alcançar feitos realmente importantes, como conquistar títulos de expressão.

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A equipe alvinegra lidera o Campeonato Brasileiro (troféu que já deixou escapar por pouco no ano passado) e, pela primeira vez na história, está na decisão da Copa Libertadores da América.

E ainda tem o Mundial

Caso o Botafogo consiga derrotar o Atlético-MG na decisão continental marcada para o dia 30 deste mês, em Buenos Aires, ele ainda será o representante de Textor na edição de estreia do Super Mundial de Clubes, que promete gerar uma grande mobilização no meio do próximo ano.

Com a possibilidade de enfrentar potências do calibre de Manchester City, Real Madrid e Bayern de Munique, é esperado que o norte-americano amplie ainda mais o poder de fogo do seu time brasileiro e invista com força na janela de janeiro.

Nesse cenário de classificação para o Super Mundial, o Botafogo não apenas buscaria mais reforços badalados, como também manteria seus principais jogadores pelo menos por mais um semestre.

Um exemplo dessa política é que Luiz Henrique e Thiago Almada, que já foram contratados com a promessa de serem repassados ao Lyon, certamente não iriam para a França antes da nova competição da Fifa.

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