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Venda de veículos apresenta queda de 75%: é o pior maio desde desde 1992

Fábricas estão retomando lentamente a produção e concessionárias começam a reabrir após cerca de 2 meses de paralisação devido ao coronavírus - Léo Lara/FCA
Fábricas estão retomando lentamente a produção e concessionárias começam a reabrir após cerca de 2 meses de paralisação devido ao coronavírus
Imagem: Léo Lara/FCA

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

05/06/2020 10h39

A Anfavea, a associação das montadoras, divulgou hoje o balanço de vendas e produção de veículos relativo ao mês de maio. Segundo a entidade, no mês passado foram emplacados 62,2 mil automóveis de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.

O montante representa uma queda de 74,7% em relação a maio de 2019 e uma elevação de 11,6% ante abril de 2020. "É o pior maio desde 1992 e o semestre deverá ser o pior da história automotiva brasileira", avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Considerando as vendas de janeiro a maio, foram comercializadas 676 mil unidades, volume 37,7% inferior ao registrado durante os primeiros cinco meses de 2019.

Somando 4,8 mil unidades emplacadas em maio, o segmento de caminhões teve impacto negativo de 47,2% em relação a maio do ano passado, enquanto subiu 21,9% ante abril de 2020.

A pandemia do coronavírus, que causou a interrupção na produção e fechamento de concessionárias, teve impacto ainda maior nas exportações.

Em maio, apenas 3,9 mil veículos produzidos aqui foram enviados a outros mercados, redução de 90,8% na comparação com igual período no ano passado. Em relação a abril de 2020, a redução foi de 46,3%.

Segundo Moraes, em relação às exportações, trata-se do pior maio desde 1978.

Já a produção de veículos atingiu 43,1 mil unidades no mês passado, o que significa menos 84,4% ante o volume registrado em igual período de 2019, enquanto em abril o total foi de apenas 1,8 mil.

Foi o pior maio desde 1985.

A Anfavea informa que hoje existem 200,1 mil veículos em estoque, quantidade suficiente para 97 dias de vendas ou pouco mais do que três meses.

A entidade projeta diminuição de 40% nos licenciamentos de automóveis de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões em 2020, com 1,675 milhão de unidades.