Por que Lexus tem o único híbrido plug-in médio premium não defasado

Só que tanto Q5 quanto XC60 estão de mudança anunciada. No caso do modelo da Audi, a nova geração já está rodando na Europa desde o ano passado. A montadora ainda não anunciou quando ele vem ao Brasil. Por ora, o lançamento confirmado é do sedã A5 (sucessor do A4), que chega por R$ 380 mil entre agosto e setembro (e acaba de entrar em pré-venda).

Mas é fato que a atual geração do Q5 não terá carreira muito longa no Brasil. Afinal, estamos falando de um modelo importado que já foi substituído globalmente por uma nova geração. Assim, se esta não chegar este ano, de 2026 não passa - a não ser que a Audi decidisse não vender mais o modelo por aqui, algo que está fora de cogitação. Vale destacar que o SUV à venda atualmente ainda é 2024/2025.

O XC60 teve sua linha reestilizada apresentada há cerca de dois meses. Aqui, não estamos falando de uma nova geração, e sim de uma versão com exterior e interior repaginados - como foi feito com o XC90, que acaba de ser lançado no mercado brasileiro.

A chegada do renovado XC60 do mercado brasileiro está confirmada. A Volvo ainda tenta trazer o modelo no fim deste ano. Porém, o mais provável é que fique para o início de 2026. E o NX 450h+? O Lexus não tem mudanças previstas. Assim, quem compra hoje sabe que terá um carro atual. Pelo menos pelos próximos dois anos.

O que o NX 450h+ tem de melhor

O Lexus NX 450h+ vem ao Brasil em versão única, por R$ 458 mil. Ela é equivalente em equipamentos aos topo das linhas XC60 e Q5, por R$ 480 mil (Ultra) e R$ 503 mil (Performance Black), respectivamente. Ou seja: o modelo da marca japonesa leva boa vantagem em preço.

Mas aqui, vale destacar que o XC60 tem uma versão com menos equipamentos, a Plus, por R$ 440 mil. Assim, dá opção ao cliente que não faz questão de alguns itens. Aliás, o Volvo tem uma configuração de R$ 510 mil, a Polestar. Esta não estamos comparando com o Lexus, já que oferece suspensão esportiva.

O Q5 híbrido também tem uma opção mais barata, a Performance. Porém, mesmo esta é mais cara que o NX plug-in. Custa R$ 480 mil. Além do preço, o NX 450h+ se destaca por ter itens que esses dois rivais não têm, como o ajuste elétrico da coluna de direção e uma câmera 360 com mais funções (como capô transparente e giro para detectar pontos cegos).

O acabamento bem feito também se destaca, e está um patamar acima do de seus principais concorrentes, assim como o espaço traseiro. Além disso, o NX 450h+ tem equipamentos que são comuns no segmento, como sistema semiautônomo de condução, teto solar panorâmico.

A central multimídia tem tela com mais de 14 polegadas. O navegador GPS nativo traz, entre outros destaques, indicação de radares de velocidade fixos. O sistema híbrido, com dois motores elétricos, entrega 308 cv de potência e leva o modelo de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos. De acordo com o Inmetro, o consumo pode ultrapassar 36 km/l.

Pontos negativos

Nem tudo é festa. O NX 450h+ deixa a desejar em alguns aspectos. O principal é a ausência de Android Auto sem fio, função disponível apenas para o Apple CarPlay. Além de usar cabo, a conexão é com entrada USB-A, cada vez mais rara nos smartphones modernos.

Também é ponto negativo o funcionamento dos sistemas de assistência. Eles são intrusivos demais, e algumas vezes até erram. Durante o teste, a frenagem autônoma de emergência acionou os freios do carro sem que houvesse nenhum obstáculo à frente. Ou seja: detectou algo que não existia.

Isso ocorreu também com a frenagem de emergência traseira. Além disso, os avisos sonoros de estacionamento entram em ação cedo demais, quando o carro ainda está muito distante dos obstáculos. Mesmo no volume mais baixo, o alerta ainda é alto.

Assim, em algumas situações, em vez de ajudar o sistema acaba deixando o motorista estressado. Por isso, pode ser melhor desligá-lo (só que, neste caso, ele não cumprirá sua função).