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Ford F-150 2025: como anda e quais as novidades da picape grande

De 2023 para cá, as picapes grandes vêm ganhando relevância no Brasil. No ano passado foram lançadas aqui a Ford F-150 e a Chevrolet Silverado. Já o mês de novembro marca a chegada às concessionárias da RAM 1500, que traz reestilização de meio de vida (leia mais detalhes aqui) e inédito motor de seis cilindros em linha.

Também neste mês, chegou a renovada F-150, apenas um ano e meio após o lançamento do modelo no Brasil. As mudanças, porém, são mais discretas que as da RAM 1500, pois não há alterações no conjunto motor-câmbio. A Ford aplicou apenas atualização no visual e renovou a lista de equipamentos.

Além disso, houve mudanças nas versões e no sistema de tração. Saiu de cena a Platinum. A Lariat foi dividida em duas, pois agora também há a Lariat Black. Elas têm o mesmo preço, de R$ 519.990, pois compartilham a lista de equipamentos. A diferença está no visual: detalhes que são cromados na primeira se tornam pretos na outra.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Embora discretas, as mudanças podem dar uma injeção de ânimo na F-150 no Brasil. Apesar de este modelo ser o veículo mais vendido dos Estados Unidos (junto com outros produtos da Série F), aqui a história é diferente. Considerando apenas as grandes a gasolina, no Brasil a 1500 lidera em 2024 (1.186 emplacamentos).

A segunda colocada é a Silverado, com 1.135 e a terceira, a RAM Classic (bem mais em conta que os demais produtos), com 1.111. As três têm praticamente um empate técnico. Já a F-150, quarta e última colocada, aparece bem atrás, com 345 unidades vendidas. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Acelerando

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Quando um modelo é importado, ir mal no mercado (na comparação com a concorrência) pode não estar relacionado apenas à aceitação do público, mas também à capacidade da marca de importar unidades ao País. Muitas vezes, não há ampla disponibilidade de produtos para o mercado externo.

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Isso porque não há nada na F-150 que possa afastar os fãs de picapes grandes. Pelo contrário: o modelo é equilibrado, bom de dirigir e tem um motor V8 roncador e instigante. Apesar das cada vez mais restritas regras sobre emissões de poluentes pelo mundo, a Ford vem conseguindo manter esse propulsor em alguns produtos.

O 5.0 vem recebendo melhorias para ficar mais eficiente, mas é "velha guarda": aspirado e com 5 litros. Tem 405 cv e 56,7 kgfm. É o mesmo do Mustang GT, aliás, mas em versão menos potente. Também com o muscle car a F-150 compartilha o câmbio automático de dez velocidades.

Acelerar não é problema para essa gigante das estradas. No começo do processo, com pé fundo no pedal do acelerador, ela pode ser mostrar um pouco mais acanhada. Porém, dos 3.500 rpm em diante, se solta, e demonstra muita agilidade.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Isso é característica de motor aspirado, pois nestes o torque máximo é entregue em rotação bem mais alta que na maioria dos turbo. No caso da F-150, a partir de 4.250 rpm. E é quando se aproxima desse ponto de pico de força que a pesadona picape consegue entregar o seu melhor.

No Mustang, esse efeito é menos sentido. Isso porque, além de mais potente, o muscle car é mais leve que a F-150. De acordo com informações da Ford, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos.

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Economia e estabilidade

O desempenho é melhor quando o modo de condução esportivo é acionado. Nessa situação, o conjunto motor-câmbio fica mais pronto para responder (e o ronco do V8 é mais alto). Além dessa função, há outras duas on-road (econômica e normal) e quatro off-road, totalizando sete.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

No modo econômico, a F-150 promove uma condução visando gastar menos combustível. Um dos "segredos" da picape é a possibilidade de desativar cilindros quando não há necessidade de usá-los. Isso ocorre, por exemplo, na estrada, em velocidade constante prolongada.

Graças a essa tecnologia, a F-150 tem consumo que, por seu peso, porte e tipo de motor, não assusta. Aliás, em um teste anterior, rodando 400 km, fiz 8,5 km/l de gasolina, com pico de 9 km/l. Isso, porém, vai depender da tocada do motorista durante a condução.

De acordo com dados do Inmetro, a F-150 faz 6,3 km/l na cidade e 8,6 km/ na estrada. Uma novidade na linha 2025 é o sistema de tração 4x4 por demanda. É como na Ranger. O modelo mantém a temporário, traseira, com alta e reduzida. Tem também coisas como o bloqueio do diferencial eletrônico.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Porém, a exemplo da picape menor, passa a vir também com o sistema por demanda. Este pode ser usado na estrada, para melhorar a estabilidade do modelo. Fazendo a distribuição automática da força, é também um ótimo aliado em pisos escorregadios, seja em alta velocidade ou em manobras.

A estabilidade da F-150, aliás, é um dos destaques da picape. Apesar de toda a altura (1,96 m), tem carroceria firme e passa segurança em curvas e alta velocidade.

Visual e equipamentos

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A F-150 recebeu novos para-choques na frente e atrás. Além disso, a parte de dentro da grade frontal também mudou. Os faróis trazem nova assinatura no conjunto principal e também nos auxiliares, na parte de baixo da picape.

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Atrás, há muitas coisas legais. Antes, a F-150 tinha uma escada para acesso à caçamba (com 1.370 litros de capacidade). Agora, o processo de abertura mudou. A peça é dividida em três, mas pode abrir em uma única parte, eletricamente.

A outra opção é abertura lateral apenas da parte do meio, para acessar a caçamba. Nesse caso, é só usar o degrau acima do para-choque para o acesso.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A picape também passa a vir com Head Up Display, que projeta dados do painel de instrumentos no para-brisa. O recurso é configurável. Assim, o motorista pode escolher as informações que prefere ver.

Porém, há uma perda. Sem a versão Platinum, o modelo deixa de vir com o estribo lateral elétrico. Agora, ele é fixo tanto na versão Lariat quanto na Lariat Black.

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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