Corinthians chuta a realidade para longe
Ler resumo da notícia

Dívidas colossais, investigações policiais, ausência de liderança, falta de planejamento. O Corinthians de Augusto Melo conseguiu o mais difícil: ser mais caótico do que o de seus antecessores. Ganhou um Paulista e teve gente achando que era sinal de bem-aventurança. Ganhou de forma apequenada, mas para a maioria tanto faz. Ganhou e ponto final.
Agora vem Dorival Jr. com status de Guardiola. Me pergunto onde exatamente essa fé em Dorival nasce. Em 2024, o ano foi salvo com uma arrancada improvável abençoada por uma torcida enlouquecida que se recusou a cair. Dois mil e vinte e cinco começa com uma vergonhosa eliminação da Libertadores seguida de campanha sofrível no torneio de consolação, a Sulamericana. Em campo, Memphis tenta liderar mas fica difícil ser liderança dentro da bagunça.
Fora de campo as coisas nunca estiveram tão ruins.
Apesar das dívidas estratosféricas, o time traz Dorival na baixa e paga salário de Dorival na alta. Não bastasse, fala em reforços. O diretor financeiro pede demissão no dia em que Dorival é contratado. O badalado executivo carioca com funções de CEO pediu para sair em fevereiro. O time feminino, como era de se esperar, vai ser o primeiro a pagar a conta do caos. Está abandonado e já não é mais a referência no esporte. Quem se importa? Não Augusto Melo, eleito prometendo fazer história para as mulheres no Parque São Jorge. O Corinthians vive o mais completo e absoluto desligamento da realidade. Caso de internação.
Classificação e jogos
Dorival não é salvador de coisa alguma ainda mais agora que o barulho extra-campo já chegou ao campo. O que pode mudar esse cenário adoentado? A pressão da torcida por alguma decência administrativa e por um planejamento coerente. Sem isso, o clube vai seguir em processo de derretimento moral, político, social, ético e estético.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.