Volkswagen confirma nova geração da Amarok no Brasil; veja primeira imagem

Ler resumo da notícia
A Volkswagen Amarok terá uma nova geração na América do Sul - inclusive no Brasil - a partir de 2027. O modelo será produzido na fábrica em General Pacheco, na Argentina, em substituição ao atual - que continua à venda até a chegada do sucessor.
Para produzir a próxima geração da Amarok, a fábrica está recebendo investimento de US$ 580 milhões (equivalentes a cerca de R$ 3,3 bilhões) de 2025 a 2029. Este se soma aos R$ 16 bilhões já anunciados pela Volkswagen anteriormente, para a América do Sul. Assim, o montante aplicado na região, neste período, aumenta para quase R$ 20 bilhões.
A nova Amarok será baseada na picape chinesa Maxus T90, da SAIC, com a qual a Volkswagen tem joint venture na China. Porém, está passando por grande adaptação para a América do Sul, nos departamentos de engenharia e design (leia mais abaixo) locais. O desenho, inclusive, está pronto, e é o que você vê na imagem desta página.
A planta de Pacheco passará a ser exclusiva da nova Amarok. Por enquanto, no local é produzido o Taos, que acaba de chegar à linha 2026 com substituição do câmbio automático de seis marchas pelo de oito velocidades. Porém, no final de 2025, o SUV começará a vir do México - em versão reestilizada.
O visual da nova Amarok
Na Europa, a Amarok compartilha plataforma com a Ranger, que é feita na Argentina - mais precisamente, em uma fábrica em Pacheco bem ao lado da Volkswagen. Mas, lá atrás, quando a Ford decidiu fazer a atual geração de sua picape na América do Sul, a VW já havia decidido não ter o produto com a mesma arquitetura nessa região.
Assim, a Amarok com base de Ranger fica focada no mercado europeu. A da América do Sul, apesar de usar plataforma da Maxus T9 - que já é vendida pela SAIC em locais como Chile e Paraguai -, tem design próprio, desenvolvido pelo time liderado pelo brasileiro José Carlos Pavone.
O design distancia o novo produto não apenas da Maxus, mas também da atual Amarok. Apesar de o desenho divulgado pela Volkswagen parecer um pouco exagerado, principalmente no tamanho das rodas, deixa evidente uma dianteira mais alta e imponente, com capô bem vincado.
O esquema de iluminação externa que vem sendo adotado nos produtos da Volkswagen terá, na Amarok, um próximo capítulo. Ganhará ainda mais destaque na dianteira do modelo. Por ora, a frente e a lateral são o que podemos ver da picape média.
Cabine e tecnologia
Porém, o produto deverá ter grande evolução em acabamento, que já é um ponto alto da Maxus T9. O modelo chinês, aliás, resolve uma das coisas que a atual Amarok não conseguiu com a reestilização do ano passado: trazer painel digital e multimídia mais conectado e com melhor usabilidade.
Na Maxus T9, as telas do quadro de instrumentos e da central multimídia estão integradas em uma única peça (com 10" e 12", respectivamente), algo cada vez mais comum nos carros atuais. Com a plataforma chinesa, o modelo da Volkswagen também deve passar a trazer tecnologias como Android Auto e Apple CarPlay sem fio e sistemas ADAS, de auxílio à condução.
São esperadas coisas como ACC e controle de saída de faixas. São coisas valorizadas em picapes médias, produtos de alto valor agregado, mas que muitos modelos do segmento ainda não têm - a Ranger é uma das exceções. Outra boa novidade da Amarok será a chave presencial.
Plataforma e dimensões
A Maxus T9 é uma picape robusta que, assim como a atual Amarok, é feita sobre chassi. O modelo é também maior. Enquanto a atual geração do produto da VW tem 5,25 metros de comprimento, o da SAIC tem 5,37 m.
A nova Amarok terá no mínimo o comprimento da Maxus T9 - que é o mesmo da Ranger, por exemplo -, mas com possibilidade de ser até um pouco maior. As linhas encorpadas devem contribuir para alguns metros a mais.
O modelo vai manter coisas essenciais no segmento e que já são oferecidas pela Maxus, como a suspensão traseira por eixo rígido. E por falar nesse componente, é um dos que recebem maior atenção na adaptação do produto chinês à América do Sul.
O trabalho de adequação da suspensão às condições e gosto do consumidor sul-americano - bem diferente do chinês - é um ponto fundamental para que o produto tenha sucesso na região.
E por falar em sucesso, vale destacar que a atual Amarok é a picape média mais vendida na Argentina. Com a nova, o objetivo é alavancar a carreira do modelo também no Brasil.
Tração e motor
A atual Amarok se diferencia de modelos como Hilux, Ranger e S10 por ter tração 4x4 por demanda. O sistema, embora ofereça praticidade e seja uma das coisas importantes para a dirigibilidade que é marca registrada da picape, gera ressalvas em alguns consumidores tradicionais do segmento.
Na nova Amarok, isso deve mudar, já que na Maxus T9 o sistema de tração 4x4 é temporário, com reduzida (algo que a atual geração da picape da VW não traz na configuração vendida no Brasil). Sobre a linha de motores, ainda não há informações concretas, mas é fato que o foco será no diesel.
No Chile e Paraguai, a Maxus T9 tem um propulsor que, se adotado na Amarok, representará um rebaixamento em termos de desempenho. Trata-se de um 2.0 biturbo de quatro cilindros e 214 cv.
Isso é pouco perto do V6 da Amarok atual, com 258 cv (272 cv com overboost). Espera-se, portanto, que a Volkswagen traga uma solução para que, assim como a geração vendida atualmente, a nova continue sendo um destaque em desempenho.
Vale destacar que a Maxus T9 tem uma versão 100% elétrica. Porém, essa solução dificilmente entrará nos planos da Volkswagen para a América do Sul.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.