Cordão do Boitatá se concentra para desfile no centro do Rio de Janeiro
Com fantasias bastante irreverentes, os foliões do Cordão do Boitatá começaram a concentração para o cortejo no centro do Rio de Janeiro desde as 7h deste domingo (16). Neste ano, o bloco homenageia o Jongo da Serrinha, ONG cultural localizada em Madureira.
A banda, com quase cem músicos, vai tocar "Vapor da Paraíba", um dos clássicos desse ritmo cultivado há 60 anos no morro da zona norte carioca.
"O Jongo sempre esteve presente na banda porque trocávamos músicas nesse ritmo, mas dessa vez resolvemos fazer essa homenagem devido à morte recente da Tia Maria do Jongo", explica o maestro Thiago Queiroz, que se pintou de azul como personagem dos Smurfs.
O diretor Kiko Horta conta que os custos para a realização do cortejo foram totalmente cobertos com a arrecadação feita pela internet. "Somos um bloco totalmente independente. Mas blocos acústicos e menores deveriam receber um carinho maior da prefeitura", ressalta o diretor.
O tom politizado do bloco também se expressa pelas fantasias dos foliões. A professora universitária Lúcia Capanema, 56 anos, sobrinha-neta do antigo ministro da Educação Gustavo Capanema, veio de "terrabolista", contra a versão de que a Terra é plana.
"Carnaval é isso. É hora de colocarmos para fora o que nos incomoda", disse a professora, que batalhou para encontrar um tecido com o mapa-múndi.
Paulista de Santos, Luiz Hygino, 32, trouxe fantasia de papa. Para ele, Francisco aproxima a Igreja da "galera". "Esse papa é realmente pop. Está no filme, recebeu o Lula e se identifica com a galera", destaca o folião, que veio ao Rio especialmente para o Boitatá.
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