Quem tem medo de carma? Astróloga explica como lidar com carga espiritual
"A gente tem medo de carma porque a gente tem medo de responsabilidade", entrega Sara Koimbra logo de cara. A astróloga é enfática ao dizer que nossa visão negativa sobre o carma não é tão verdadeira quanto pensamos. Segundo ela, não se trata de um castigo, mas, sim, de uma carga espiritual que acumulamos devido às nossas atitudes nesta vida, em vidas passadas e em todas as outras vidas que virão.
A palavra carma significa ação e é um termo que vem de culturas como o budismo e o hinduísmo. Basicamente, podemos associá-lo à lei de causa e efeito, que prevê que todas as atitudes terão uma reação no universo ao longo do tempo.
"As pessoas têm medo porque o associam a uma mera consequência, mas o carma é mais do que isso. Ele é a significação para o que a gente faz de bom e o que a gente faz de ruim. Ou seja, é o que a gente precisa entender e aprimorar dentro do nosso livre-arbítrio para evoluir", diz Sara.
Questão de permuta
A astróloga defende que, quando as pessoas param de enxergar o carma como castigo, o medo vai embora. Afinal, ele é uma possibilidade de desenvolvimento e evolução, principalmente a partir do momento em que tomamos mais consciência e atenção sobre atitudes, visando evitar erros e potencializar acertos. Isso é extremamente benéfico visto que a lei do carma presume que aquilo que é bom também volta para nós.
No entanto, não é uma questão de permuta. Afinal, a gente não tem como controlar todos os aspectos espirituais do universo aos quais estamos envoltos, muito menos atitudes de outras vidas. Sara lembra que é necessário vivenciar o carma como ele se apresenta para que a gente se desenvolva. O que podemos fazer é harmonizar nossas ações para que os próximos carmas sejam positivos e tragam menos sofrimento.
"No universo, tudo que eu entrego, eu recebo de volta. Colher aquilo que a gente planta é importante para que a gente aprenda. Portanto, o carma é extremamente necessário, bem como nossas escolhas, assertivas ou não, são necessárias para o nosso crescimento. Não devemos temer e nem tentar direcionar, precisamos dele para nos desenvolvermos espiritualmente dentro do que viemos fazer aqui. Alguém que não erra nunca, não aprende nunca", entrega Sara.
Como descobrir nosso principal carma?
Ao longo da vida e dos processos que vivenciamos, é possível que o universo nos dê algumas pistas sobre quais os nossos principais carmas. A dica da astróloga é observar com mais atenção tudo aquilo que temos dificuldade de aceitar ou de mudar. Aí estará uma pista preciosa sobre o que viemos transmutar nesta vida.
"Sempre digo que é bastante fácil entender qual nosso carma. Afinal, ele se apresenta a partir de situações que se repetem constantemente em nossas vidas. Sabe aquela coisa urgente que precisa ser avaliada, trabalhada e talhada em nós para que possamos nos desenvolver? Nem sempre temos consciência sobre ela, mas a recorrência pode ser um fator que nos leve a olhar com mais atenção para algo que pode, sim, ser nosso carma."
Diante do contexto da dualidade das coisas, a astróloga indica sempre ter em mente que o que é entregue ao universo voltará na mesma medida. Essa é uma maneira para trabalhar o carma adequadamente, sem temê-lo. Se há consciência sobre os erros, há consciência sobre as situações que o universo trará, em outro momento, para a nossa evolução. "Essa é a maturidade que podemos ter diante do carma. Entendendo o processo desta maneira, será possível harmonizá-lo para que não seja o castigo que todos temem", indica Sara.
Os signos e o carma
Dentro da astrologia existem algumas leituras específicas, como a cármica, que visam analisar processos de vidas passadas que estão sendo colhidos nesta vida. De maneira geral, alguns signos — a depender da regência de planeta e elemento — podem ter espécies de missões parecidas no sentido do carma. No entanto, é preciso lembrar que o signo é uma abordagem muito superficial para a grandeza do assunto.
"Os nodos seriam uma abordagem mais fidedigna, mas o ideal é não se guiar por signos, principalmente o signo solar, para buscar seu carma. O indicado é fazer uma análise mais profunda astrologicamente a fim de ter um guia que auxiliará no entendimento dos carmas, mas não necessariamente em sua compreensão total", conta a astróloga. Ela desmente o que chama de fake news astrológicas, que difundem a crença de que Peixes é o signo mais evoluído, por ser o último, por exemplo.
A maturidade espiritual, em suma, é o grande segredo de Sara Koimbra para ajudar o carma a fluir de maneira leve. "A escala evolutiva espiritual não tem a ver com o signo. Vamos pegar, por exemplo, o avatar de Cristo, que veio aqui como uma pessoa iluminada. Ele não era do signo de Sagitário ou Capricórnio, ele era de abril, ou seja, de Áries. Será que por isso ele não era evoluído? Não, né? Ele foi praticamente um Buda, então é totalmente errado a gente classificar os signos como mais espiritual ou menos espiritual."
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Quero receber*Com matéria publicada em 07/03/2022
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