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Posição de Saturno no mapa astral pode revelar débitos cármicos. Saiba mais

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Imagem: iStock

Claudia Dias

Colaboração para Universa

01/03/2022 04h00

Ferramenta de autoconhecimento, a astrologia também pode mostrar pendências que uma pessoa acumula desde a vida passada. Tais revelações podem ser identificadas na leitura do mapa astral, levando-se em conta a teoria da reencarnação. É possível identificar não apenas as áreas que trazem débitos cármicos, mas também a extensão de tais dívidas, que devem ser quitadas para a esperada evolução.

Conforme explica Sara Koimbra, astróloga, taróloga e ocultista, reencarnação é o processo de evolução da alma, partindo-se do princípio de que é eterna e está sempre buscando evoluir. "É o retorno da alma a um corpo físico que será seu condutor, para que essa alma tenha as experiências necessárias para sua própria evolução", descreve a especialista.

De acordo com Sara, trata-se da passagem de uma alma por eras diferentes, em corpos distintos, com o propósito de ressignificar padrões já vivenciados, ou seja, uma forma de equilibrar as injustiças que acontecem neste plano. "A Lei do Carma mostra que o espírito, ao retornar para seu 'eu superior', tem sua consciência restabelecida e retorna à Terra com a missão de fazer diferente e ressignificar seus erros do passado. É a lei da ação e reação", argumenta.

Nós lunares, retrogradação e Saturno

Identificar todas as amarras desse processo depende de alguns fatores, como os nós lunares, que significam o elo entre a vida passada e o futuro de uma alma. "Através dos posicionamentos dos nódulos, conseguimos compreender o que a pessoa veio resolver para evoluir", diz Sara.

Outro fator que pesa tem a ver com os planetas retrógrados que, dentro do mapa astral, mostram que a energia do planeta em questão está mais lenta e contida, ajudando a pessoa a revisar as questões que o astro representa.

"Pode-se entender, também, que são pendências de vidas passadas que o indivíduo trouxe para poder revisar e evoluir, isto é, oportunidades de olhar com mais atenção para uma questão específica que provavelmente foi ignorada no passado e agora, nesta vida, existe a possibilidade de ressignificar e resolver essa pendência", aponta Sara.

Saturno, por sua vez, traz importantes indicações sobre o caminho mais adequado a ser seguido, a fim de eliminar os débitos pendentes de experiências anteriores. "A posição do planeta é muito importante, pois é capaz de expressar adequadamente o significado de 'carma', graças ao seu simbolismo relacionado a provações, privações e obstáculos", pontua a astróloga.

O que o planeta revela

Na leitura de um mapa astral, Saturno (também denominado o senhor do tempo) representa responsabilidades, comprometimento e restrições. "Considerando a Lei do Carma, esse planeta traz, para nossa jornada, a estrutura que teremos que trabalhar e as restrições que teremos que saber lidar para alcançar nosso objetivo", reforça Sara Koimbra.

Saturno também mostra os desafios que uma alma pode passar para encontrar seu caminho de evolução. "Por ser um planeta que nos cobra uma postura frente às consequências de nossas atitudes, pode nos ajudar a ressignificar, de forma responsável, os débitos adquiridos no passado a partir de atitudes inconsequentes da alma e que agora precisam ser resolvidos com mais maturidade", acrescenta a astróloga.

Como cada casa do zodíaco representa um aspecto da vida humana, Saturno aponta os possíveis débitos que a pessoa precisa liquidar na vivência atual. Mas isso pode variar de acordo com os aspectos (ângulos formados com outros planetas) que o planeta faz.

Segundo Sara Koimbra, as dívidas cármicas esperadas a partir da posição de Saturno em cada uma das casas astrológicas são:

Casa 1: possíveis débitos em relação à vida pessoal, crescimento individual e personalidade exterior.
Casa 2: débitos relacionadas a finanças, ou seja, a forma de lidar com dinheiro, além de autovalorização.
Casa 3: as dívidas cármicas têm relação com a maneira de se comunicar. Outra possibilidade é o débito com irmãos e com aprendizado formal.
Casa 4: os débitos possíveis são associados à família (sobretudo aos pais), à herança psicológica, à ancestralidade, à casa, a imóveis e à segurança emocional.
Casa 5: débitos com filhos, amor, romance, lazer, recreação e, também, com pessoas importante e queridas.
Casa 6: as dívidas cármicas estão ligadas à saúde, ao dia a dia no trabalho e aos deveres.
Casa 7: possíveis débitos associados a relacionamentos, sobretudo o casamento. Ainda podem estar relacionados a contratos, questões jurídicas e à sociedade como um todo.
Casa 8: a ocorrência cármica envolve a maneira de trabalhar a sexualidade e a transformação pessoal, bem como heranças, finanças conjuntas e impostos.
Casa 9: dívidas provavelmente ligadas à carma, religião, filosofia e espiritualidade. Têm a ver com a expansão de consciência, dogmas, leis e ética.
Casa 10: possíveis débitos a respeito da carreira, realização profissional e material, além de status.
Casa 11: pendências ligadas a amigos, aspirações e grandes ideais.
Casa 12: os débitos esperados têm relação com espiritualidade e empatia.

Agora, saber com agir, diante dos débitos identificados, exige uma análise mais detalhadas, já que tudo depende da posição e dos desenhos que Saturno forma no céu, entre outros fatores que precisam ser examinados. A Casa 12, por exemplo, é um deles.

"Além de ser nosso lado espiritual, oculto e nossas questões internas, a Casa 12 representa a preparação da nossa alma para a próxima reencarnação pois, através do caminho espiritual que a alma escolheu trilhar, vai oferecer a bagagem que possa ser levada para sua próxima jornada", diz Sara.

Outro item analisado numa leitura é a posição de Júpiter, que representa a expansão de consciência, sorte, abundância e fé. O planeta facilita o processo de crescimento pessoal e, consequentemente, a evolução da alma.

"Júpiter aponta um caminho mais leve para que a alma se encontre com seu propósito aqui na Terra, ou seja, está conectado com a crença de merecimento, em que percebemos que não é preciso sofrer para evoluir, se trabalharmos nossas crenças internas", finaliza Sara Koimbra.