Fundo de dívidas do São Paulo será encerrado se conta do futebol estourar
O fundo para quitar dívidas do São Paulo terá sua operação extinta caso o clube deixe de cumprir o orçamento do futebol estipulado pelas regras. Houve uma disputa interna na diretoria são-paulina relacionada ao limite de teto para despesas. Mas há confiança entre os envolvidos no projeto de que o limite será cumprido.
O fundo é um Fidic montado pela financeira Galápagos para levantar R$ 240 milhões. O valor será usado para pagar dívidas bancárias do clube e, com isso, permitir juros mais baixos.
A novidade foi a implantação de um limite de R$ 350 milhões ou 50% das receitas para os gastos com o futebol. Essa restrição precisa ser cumprida para manter o fundo operando.
Durante o programa "Finanças do Esportes", o colunista PVC, do UOL, revelou que o departamento de futebol do clube questionava esse valor e tentava aumentar o teto. A tentativa não foi bem-sucedida, o fundo rejeitou e o presidente Julio Casares manteve o limite. No encontro, o clube se comprometeu, de novo, a trabalhar dentro do custo acertado.
Depois da revelação, o clube soltou uma nota contestando informações da imprensa. Mas confirmou uma reunião do futebol com o fundo Galápagos para "buscar soluções para o cumprimento do teto orçamentário de R$ 350 milhões por ano, encontro este considerado positivo por todos".
Pelas regras de funcionamento do fundo, o dinheiro captado com investidores é repassado ao clube para quitação de dívidas. Depois, é descontado de um recebível do São Paulo, e assim, sucessivamente.
Só que, se o fundo constatar que o clube extrapolou os gastos com o futebol, há o vencimento dos valores. Ou seja, o fundo recebe a quitação dos valores que já emprestou e encerra a operação. Não repassa mais dinheiro ao clube, e devolve aos investidores o que captou.
Para isso, o fundo vai analisar constantemente as contas do clube em períodos trimestrais. Se o valor estourar, já pode encerrar as operações. É importante lembrar que o São Paulo pode aumentar sua arrecadação, e vender jogadores, o que proporciona a possibilidade de gastar mais com o futebol. Afinal, a despesa permitida aumenta conforme a receita.
Outro ponto relevante é que a conta não considera despesas meramente contábeis como amortizações, apenas aquelas que de fato têm impacto no caixa.
No momento, todas as partes entendem que serão cumpridas as condições do Fidic.
2 comentários
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Luiz Carlos de Moraes Hecker
O SPFC está como o atual desgoverno, estourando o teto de gastos!!!
João Luís Nery
Plano furadaço