Flamengo dá (mais um) choque de realidade no Corinthians
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Os anos recentes têm corrido curiosamente parecidos quando se trata dos confrontos entre os times de maior torcida do país.
Há uma certa empolgação excessiva no Corinthians por resultados medianos e uma empurrada com a barriga com os crônicos problemas financeiros e estruturais do clube.
Isso provoca um abismo técnico para rivais que deveriam estar próximos como o Flamengo e o Palmeiras. E, em algum jogo da temporada, essa realidade derrete sonhos como a lava com chumbo.
Foi assim na partida no Maracanã entre o Rubro-Negro e o Alvinegro, o confronto entre os dois campeões estaduais. Ou melhor, a partida entre o vencedor do Carioquinha e o triunfante "campeão mundial paulista".
O início da partida era marcado pela dinâmica do Flamengo, pela marcação pressão, pelas trocas de bolas insinuantes. Do outro lado, havia ali uma marcação fofa do Corinthians, como dizem os modernos.
A saída rubro-negra era sem pressão, a bola recebida pelos meias do time carioca também. O time alvinegro fazia uma espécie de revival do futebol de umas duas décadas atrás, promoção by "família Díaz".
Com espaço farto na entrada da área, Cebolinha abriu o placar em um chute no canto que talvez um goleiro melhor pegasse. Mas falaremos de Hugo Souza mais adiante. O Corinthians reagiu ao se agrupar no meio-campo, com Memphis, um dos poucos que enxergava o jogo do lado alvinegro, recuando.
Durou até Arrascaeta e Pedro tabelarem para o uruguaio fazer o segundo.
Hugo Souza, ex-rubro-negro que era vaiado no Maracanã, deu um passe inexplicável para a intermediária para o gol de Pedro, esse jogador com a vocação inevitável do gol. Hugo tem um problema crônico de saída de gol e calhou de se manifestar exatamente contra seu ex-time, que já prejudicara com lances similares. Uma lei do eterno retorno.
Provavelmente Hugo foi vendido por menos do que vale já que é um goleiro que tem seus méritos embaixo da trave, bom de pênaltis, de reflexo. Mas lhe faltam muitos predicados para ser um guarda-metas de primeira categoria, o que fica claro para qualquer um que analise o futebol sem a emoção dos exageros.
Com o jogo decidido, o segundo tempo foi mais morno. Mas o Flamengo poderia ter aumentado em outros lances, tal a fragilidade defensiva alvinegra. Acabou estabelecendo a goleada em um pênalti inexistente (na visão deste colunista) em Arrascaeta.
Nem essa marcação equivocada servirá para alimentar a narrativa de que os dois times são parelhos. O Flamengo mostrou que é um time sólido - incrível nos momentos em que seus jogadores brilham - e candidato aos principais títulos.
Já o que Dorival Jr viu do camarote é que se gastou muito sem ter dinheiro por tão pouco desempenho. A maquiagem do título do Paulistão já desbotou.
Mais um choque de realidade para um clube que criou o hábito de ignorá-los.
7 comentários
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Maverick Gtvoito
Reclamar do comentarista em vez do time foi o que levou o timão pra onde está! Sinto muito por voces!
Roberto Albieri Serino
"Provavelmente Hugo foi vendido por menos do que vale já que é um goleiro que tem seus méritos embaixo da trave, bom de pênaltis, de reflexo. Mas lhe faltam muitos predicados para ser um guarda-metas de primeira categoria o que fica claro para qualquer um que analise o futebol sem a emoção dos exageros..."Que oportunista!!! Pq não escreveu isso nos últimos 50 jogos do Hugo????Esperou um jogo ruim???
Laerte Fernando Giorgetto
Aos corintianos resta esperar pelo indiciamento de Melo no escândalo da VaideBet.