Rodrigo Mattos

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OpiniãoEsporte

Vini Jr e Raphinha encontraram uma trilha na seleção em meio ao nevoeiro

É meio óbvio dizer que a seleção brasileira continua a ser um time em busca de identidade, e longe de seus melhores tempos. Dito isso, o empate diante da Venezuela pelo menos mostrou um caminho para Dorival Jr. para aproveitar seus principais jogadores, Vinicius Jr. e Raphinha.

É fácil focar no pênalti mal batido e perdido pelo atacante do Real Madrid. Provavelmente, ele nem deveria cobrar já que Raphinha tem se mostrado mais eficientes nas bolas paradas.

Mas, em uma eliminatórias com a vaga dada, é mais importante a atuação até do que o resultado.

E o Brasil mostrou coisas positivas no aspecto ofensivo do primeiro tempo. Um ataque bem mais móvel do que nos jogos anteriores proporcionou o melhor dos atletas.

Sem estar fixo na esquerda, Vini Jr. apareceu para concluir na área, para triangular pela direita, algo mais parecido com o que ocorre no Real Madrid. Isso também foi proporcionado pela movimentação de Igor Jesus, o time parece funcionar melhor com um centroavante, só que um dinâmico.

Essa movimentação também contribuiu para um Raphinha como ponta-de-lança, em função similar a onde brilha intensamente no Barcelona na atual temporada. Seu gol de falta é um primor.

Para completar, Gerson proporcionou a armação por trás do ataque, veja o lançamento para Vini Jr no pênalti. E ainda chegou para chutar a gol.

De negativo, o time ficou exposto excessivamente às retomadas de bola da Venezuela e falou bastante na saída de bola. Tanto que, apesar de criado boas chances, proporcionou igualmente conclusões perigosas aos rivais, especialmente em erros de Ederson.

Com Bruno Guimarães e Gerson, o time sofre para marcar atrás, sendo mais eficiente quando pressiona o rival na frente.

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O segundo tempo, é verdade, viu uma queda acentuada da seleção. A oscilação é uma característica de times ainda inseguros. E a entrada de Paquetá, em péssima fase, foi um erro de Dorival que desarmou o fluxo do ataque. Em compensação, melhorou a recomposição em momento em que a Venezuela tinha mais gente no meio.

A crise da seleção é prolongada - já dura quase dois anos - e atuação diante da Venezuela não significou uma saída. Mas representou ao menos uma luz tênue para Dorival tentar achar a porta.

Opinião

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2 comentários

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Fernando Augusto Dias

Só se for a trilha para voltar para a Europa!

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Sergio Bedaque Junior

Vamos observar atentamente o jogo do Brasil e podemos observar claramente que o problema não é o ataque (que possui bons jogadores apesar de nenhum fora de serie). O problema esta no meio de campo sem nenhuma criatividade, sem jogadores com habilidade e visão de jogo. Desculpem quem pensa diferente, mas o Paquetá não é jogador de seleção brasileira. Precisamos de um jogador capaz de parar a bola, olhar o jogo e criar opção de movimentação dos atacantes. Sabemos que este tipo de jogador é quase inexistente no Brasil de hoje (graças a treinadores como Filipão, Tite, Dunga, Parreira) que acabaram com os jogadores criativos para formara times "de conjunto". Vamos lembrar que a copa de 2022 foi ganho pela individualidade do Ronaldo e principalmente pelo Rivaldo. Depois disso nunca mais tivemos este tipo de jogador na seleção e nem nos clubes. O Dorival continua no mesmo pensamento, senão daria oportunidades para o Luis Henrique e o Estevam.

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