COI bloqueou 80 mil falas abusivas contra atletas como boxeadora argelina
Durante as Olimpíadas, a boxeadora argelina Imane Khelif foi alvo de uma série de ataques em redes sociais por conta da polêmica em relação ao seu gênero. O COI (Comitê Olímpico Internacional) bloqueou os comentários abusivos. Mas não foi um caso único.
O sistema de inteligência artificial do COI bloqueou um total de 80 mil falas ofensivas contra atletas olímpicos durante os Jogos. O dado foi revelado pela chefe da Unidade de segurança do comitê, Kirsty Burrows, durante o 1º Fórum Esporte Seguro do COB.
"Nós vamos publicar um relatório completo, mas foram 80 mil comentários abusivos bloqueados", contou a dirigente do COI. Explicou que casos de ofensas que configurassem crimes foram encaminhados à polícia para identificação do agressor.
No período olímpico, o COI informou ter um programa de inteligência artificial para identificar casos de abusos contra os atletas que era acionado automaticamente. Ou seja, mesmo que sem pedido do esportista, ele verificava as redes para analisar ataques.
"O impacto do programa foi grande", explicou Burrows.
Parte da unidade de segurança do COI, Gloria Visereas ressaltou que o abuso online não pode ser separado do físico porque afeta fisicamente o atleta. Além dos bloqueios, o COI incentivou discussões sobre saúde mental para criar um ambiente seguro na Vila.
A inteligência artificial do COI também servia para identificar potenciais descumprimentos dos direitos de patrocinadores e de detentores de direitos das Olimpíadas. Atletas que postaram vídeos de competições também podiam ser advertidos.
O COI tinha um acordo com as redes sociais para derrubar páginas que ferissem os direitos das Olimpíadas.
No caso da boxeadora argelina, o COI tomou uma posição forte de defesa da sua participação nos Jogos baseado no seu gênero feminino do passaporte. E descartou a tentativa da federação de boxe - que está banida do COI - de tentar tira-la da competição. Ao final, Imane Khelif foi medalha de ouro.
1 comentário
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Roberto Santos de Moura
Acredito que esteja faltando categorias, deveria ter: masculino, feminimo, trans masculino e trans feminino, assim acabaria com todas as polemicas e o esporte voltaria a ser justo para todos, por mais que o COI nesse ano tenha aceitado a situação não é moral e nem ético, mas o atleta ou a atleta também não tem culpa, pois não existe categoria própria, então é onde começam as polemicas e mimimis.