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Arthur usa receita dos tempos de Corinthians para levar seleção à final

A seleção brasileira feminina de futebol bateu a Espanha por 4 a 2, nesta terça (6), e chegou à final olímpica na França apoiada em três pilares: estratégia, intensidade e talento individual.

A receita tem sabor de memória afetiva para o torcedor corintiano que acompanhou a equipe feminina alvinegra quando ela era comandada pelo atual treinador do Brasil.

Foi usando a mesma fórmula que Arthur Elias transformou o Corinthians numa máquina de ganhar títulos e tornou sua contratação pela CBF praticamente obrigatória.

Contra as espanholas, a estratégia implacável foi a marcação na saída de bola, arma frequentemente usada nos tempos de Corinthians. Sufocadas, as atuais campeãs do mundo entregaram o ouro já no começo do jogo, com um gol contra.

O placar poderia sugerir que o Brasil se acomodaria na defesa. Porém, sob o comando de Arthur, o Corinthians não era de relaxar quando estava vencendo. Pelo contrário. Tentava amassar as rivais, como o Brasil tentou e conseguiu fazer com a Espanha.

A combinação de marcação forte, roubada de bola e contra-ataque rápido foi constante.

Mas a receita não daria tão certo se não fosse o talento individual das brasileiras. A goleira Lorena e a atacante Portilho, autora de um gol e que deu uma assistência, foram as que mais se destacaram. Elas já tinham brilhado contra a França, pelas quartas de final. Não por coincidência, Portilho também fez sucesso com Arthur no Parque São Jorge.

Após uma primeira fase olímpica decepcionante, com duas derrotas (uma para a Espanha) e apenas uma vitória, o treinador conseguiu fazer a seleção jogar ao seu estilo.

No contexto da campanha brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris, o show brasileiro na semifinal foi surpreendente. Mas, conforme a partida foi se desenrolando, o espetáculo se tornou familiar para quem viu de perto o Corinthians de Arthur.

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O desafio do treinador e de suas comandadas agora é manter esse nível na final, contra os Estados Unidos, no próximo sábado.

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