Brasileirão: clubes que votaram em Ednaldo são sócios do caos na arbitragem
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A segunda rodada do Brasileirão foi marcada pelo baixo nível da arbitragem, o que gerou uma chuva de reclamações. Ou seja, foi mantida a rotina que apodrece o futebol nacional faz tempo.
Só que desta vez, está fresca a atitude de clubes e federações que reelegeram de forma unânime o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
A fragilidade da arbitragem brasileira não é obra da gestão de Ednaldo. O problema é antigo. Porém, o atual presidente da CBF não foi capaz de atacá-lo de maneira satisfatória.
Além disso, ele tratou mal a seleção brasileira, com a infame espera por Carlo Ancelotti, e não combateu com rigor outras pragas, como gramados ruins e calendário inchado.
Classificação e jogos
No entanto, quando todos os clubes das Séries A e B e federações decidiram votar pela continuidade da atual administração, deram um "ok" para a forma como o futebol brasileiro tem sido gerido.
A reeleição de Ednaldo por unanimidade transforma clubes e federações em sócios do caos.
Assim, os erros de arbitragem têm as digitais dos eleitores de Ednaldo.
Nesse cenário, os protestos dos clubes que se sentiram prejudicados na segunda rodada do Campeonato Brasileiro se tornam rasos e contraditórios.
É o que acontece com a nota divulgada pelo Cruzeiro, detonando a atuação do árbitro Marcelo de Lima Henrique e do VAR na derrota do time mineiro para o Internacional, por 3 a 0, no último domingo.
Diz o comunicado cruzeirense:
"O Cruzeiro não vai mais se conformar e se curvar diante de tantos erros. Esperamos muito mais de quem se diz competente para administrar o futebol brasileiro. Exigimos atitude e mudanças imediatamente. Acabou a paciência".
O Cruzeiro assinou o documento de apoio a Ednaldo para permitir a inscrição de sua chapa. Quando fez isso, a arbitragem já era um grave problema do futebol brasileiro. Reclamar só agora pouco ajuda a solucionar a questão. A tendência é de que a queixa só pressione a arbitragem a não errar contra o clube mineiro na próxima rodada.
E assim segue o futebol brasileiro. Com os clubes protestando contra os juízes, mas avalizando a gestão de quem não consegue combater com eficiência o problema.
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