O choro de Cássio é o retrato de um futebol cada vez mais doente
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Cássio chorou. E não foi pela atuação gigantesca na vitória do Cruzeiro sobre o Vasco, nem apenas pelo peso da fase instável. Foi por tudo que vem de fora do campo. Pela pressão desumana. Pelo julgamento impiedoso. Pelas pedras que vêm antes de qualquer abraço.
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Em meio às críticas, o goleiro, multicampeão, gigante, ídolo da torcida do Corinthians, fez questão de usar sua voz. Falou de fé, de erros e acertos, mas principalmente de algo que muita gente finge não ver: o adoecimento do ser humano.

"Vamos ficar doentes, o ser humano está ficando doente", desabafou ele, emocionado, depois da vitória. E foi impossível não sentir o nó na garganta junto com ele.
Porque o futebol, que deveria ser refúgio e festa, muitas vezes vira palco de ódio gratuito.
Cássio, que tanto já defendeu, hoje precisou se defender.
Cássio, que tanto já segurou, hoje precisou se segurar.
E foi bonito ver o gigante se permitir chorar. A lágrima dele não é fraqueza. É resistência. É humanidade. É a resposta mais sincera possível num cenário onde a hostilidade parece mais forte que o aplauso.
Ao agradecer aos colegas de Cruzeiro, à família e a todos que estiveram ao seu lado, Cássio mostrou que a rede que realmente importa é a de apoio - não a de julgamento.
Que o choro dele ecoe além dos estádios. Que nós, mídia e torcida, aprendamos, de uma vez por todas, que atleta é humano. E que a saúde mental precisa ser prioridade, dentro e fora dos gramados.
Porque vencer é importante. Mas permanecer de pé, mesmo sob pedradas, é o verdadeiro ato de superação.
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