Yara Fantoni

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Opinião

Milão viveu uma noite épica. E o futebol, mais uma vez, não teve explicação

Há partidas que se tornam lembranças inesquecíveis. Outras, deixam cicatrizes. E jogos como o de ontem, entre Inter de Milão e Barcelona, que simplesmente marcam a história. Não apenas pelo resultado de 4 a 3 para os italianos, nem pelos gols ou pela classificação à final da Liga dos Campeões, mas pela avalanche de emoções que toma conta de quem assiste, seja no estádio ou na frente da TV.

Estive lá. E posso afirmar: foi um dos maiores jogos que já presenciai na vida. O futebol é isso. Um campo repleto de estratégia, mas dominado pela emoção. Aos 87 minutos, parecia que o Barça tinha a vitória garantida. Mas então, o roteiro mudou, caiu, rasgou e foi reescrito nos acréscimos. O empate da Inter no último lance, quando alguns torcedores já tinham deixado o estádio e não conseguiram voltar. Coitados, perderam o melhor enredo da vida esportiva.

Frattesi, da Inter de Milão, comemora gol sobre o Barcelona em partida da Champions League
Frattesi, da Inter de Milão, comemora gol sobre o Barcelona em partida da Champions League Imagem: REUTERS/Alessandro Garofalo

Na prorrogação. Uma virada. A explosão de um estádio inteiro. Lautaro, o nome da noite, com um gol e um pênalti sofrido, jogando no sacrifício após uma distensão na coxa no primeiro duelo, é o símbolo dessa montanha-russa de sentimentos. O futebol premia, castiga e, acima de tudo, nos faz sentir vivos. Como foi com Raphinha na Copa. Como pode ser agora, com uma Bola de Ouro que parecia viva?e que, de repente, pode voltar a ficar longe, apesar da temporada exuberante pelo Barça.

A Inter de Milão mostrou o valor da experiência, do trabalho em equipe, da força física e da resiliência. O Barça, com seu talento e intensidade, foi gigante mesmo na derrota. As lágrimas do craque prodígio Lamine Yamal, de 17 anos, são a certeza de que esse time vai ressurgir ainda mais forte na próxima edição, sedento pela taça.

É por isso que amamos esse esporte. Não há fórmula. Não há lógica. Não há explicação. E quem estava lá sabe: o futebol respirou fundo e mostrou seu lado mais apaixonante. A Itália está em festa. A decisão é logo ali, no dia 31 de maio em Munique, na Alemanha.

Obrigado, futebol! Foi mágico viver uma noite assim...

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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