Pole Position

Pole Position

Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Bortoleto deverá ter novo chefe de equipe ex-Red Bull antes do previsto

Audi e Red Bull estão próximas de um acordo para a liberação de Jonathan Wheatley antes do prazo inicialmente previsto para que ele pudesse começar a trabalhar na nova equipe. O diretor esportivo da equipe que conquistou títulos nas últimas quatro temporadas da Fórmula 1 será o chefe do time.

Os alemães já assumiram, a partir do início deste mês, o controle acionário total da equipe, que vai levar seu nome a partir de 2026. No entanto, nesta temporada, o time de Gabriel Bortoleto ainda correrá como Sauber.

As negociações entre Wheatley, Red Bull e a Audi vêm acontecendo desde o ano passado. Inicialmente, o britânico ocuparia o novo cargo apenas no início de 2026. Depois, a partir de julho de 2025 e, agora, a data mais provável seria abril.

De mecânico a chefe de equipe

Wheatley tem uma trajetória bem incomum, começando como mecânico na Benetton no início dos anos 1990. Em 2005, se juntou à Red Bull como gerente da equipe de corrida e depois se tornou diretor esportivo.

Ele é conhecido pelo perfeccionismo e pelo conhecimento profundo das regras esportivas da Fórmula 1, uma arma importante nas discussões da Red Bull com os comissários de pista que ficou bastante clara nos últimos anos.

Seu trabalho também foi importante para a Red Bull se tornar a equipe a ser batida nos pit stops. Eles sempre estiveram na vanguarda de novas técnicas e tecnologias para tornar as trocas de pneus mais rápidas e isso teve muito o dedo de Wheatley.

Na Sauber/Audi, Wheatley vai reencontrar o chefe de mecânicos da Red Bull, Lee Stevenson, que está no time desde abril do ano passado e tem sido importante para reorganizar a equipe de corrida e a melhorar justamente os pit stops, o grande drama da Sauber no início de 2024.

Crise de Horner acelerou saída

O britânico se colocou internamente como um possível substituto para Christian Horner, quando o chefe da Red Bull balançava no começo do ano por conta de uma investigação por comportamento impróprio com uma funcionária.

Continua após a publicidade

Horner não só conseguiu se manter, como saiu fortalecido pelo apoio que teve do dono tailandês da Red Bull. E Wheatley ficou sabendo que seu contrato na Red Bull não seria renovado. Em maio, ele colocou seu nome no mercado.

Ele seria um diretor esportivo perfeito para qualquer equipe, sendo considerado o melhor da F1 para a função, mas queria mais que isso. E a chance de se tornar chefe de equipe na Audi caiu como uma luva para suas aspirações.

Em agosto, a Red Bull anunciou sua saída, que aconteceu de fato só no final do ano. A negociação passou a ser, então, a respeito do período chamado de "gardening leave", no qual um funcionário não pode trabalhar em qualquer equipe rival.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.