Range Rover Sport: como anda a nova versão híbrida do SUV de luxo
A Range Rover promoveu algumas mudanças em sua linha 2025, que agora é quase toda híbrida no Brasil (o Evoque é exceção). Uma das novidades é a substituição do propulsor a diesel pelo conjunto que combina motor a gasolina com elétrico no Range Rover Sport, que foi avaliado por esta colunista.
O modelo, que traz a pegada mais esportiva entre os Range Rover, agora tem 550 cv de potência. São 200 cv a mais que a versão a diesel, única disponível na linha 2024.
Antes de prosseguir, é preciso entender o que vem ocorrendo com o Range Rover Sport no Brasil, em discretas reformulações de linha promovidas pela marca. A atual geração foi lançada no final de 2022, como linha 2023, com opções a gasolina e a diesel.
Logo depois, veio a configuração híbrida a gasolina de 510 cv, ainda na linha 2023. Só que, na gama 2024, ficou apenas o Range Rover Sport a diesel. Agora, na 2025, há somente o eletrificado de 550 cv.
O Range Rover Sport está disponível em duas versões de acabamento. A Dynamic HSE tem preço sugerido de R$ 1.145.750. A topo de linha Autobiography, avaliada pela coluna, é tabelada em R$ 1.185.550.
A mais cara se diferencia por coisas como sistema de som Meridian Signature com 1.430 W (800W na Dynamic HSE). Os assentos elétricos têm 22 ajustes (20 na de entrada) e há teto solar panorâmico (ante o vidro fixo da mais barata). Outro diferencial são os novos faróis digitais exclusivos da versão Autobiography.
Rodando
Híbrido plug-in, o Range Rover Sport 2025 combina um seis-cilindros em linha de 3 litros a um propulsor elétrico. A potência combinada é de 550 cv e o torque total do sistema, de 81,6 kgfm. O modelo traz câmbio automático de oito marchas e tração 4x4 por demanda.
O motor elétrico é alimentado por bateria de 31,9 kWh, e o carro tem entradas AC (corrente lenta) e DC (rápida) para carregamento. No segundo caso, a recarga pode ser feita em até 50 kW.
A capacidade de acelerar do Range Rover Sport impressiona. É desses modelos que gruda o corpo do motorista contra o banco quando este pisa fundo no pedal do acelerador. De 0 a 100 km/h, o SUV de quase 5 metros de comprimento acelera em 4,9 segundos.
Na comparação com o Range Rover Sport a diesel que estava disponível na linha 2024, o ganho é de 1 segundo. Já em relação à antiga versão híbrida de 510 cv, o SUV ficou meio segundo mais rápido.
A velocidade máxima é de 242 km/h. E, apesar do acabamento luxuoso e do revestimento acústico impecável, o Range Rover Sport também pode ter som instigando na hora de acelerar.
Para isso, basta acionar o modo mais esportivo de condução. Vale ressaltar que, além dos programas estradeiros, há os fora de estrada. Dependendo da função, há alterações na ação do conjunto motor-câmbio, direção e ESP, entrega da tração, som do motor e comportamento da suspensão.
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Por falar em suspensão, o sistema adaptativo do modelo ganhou melhorias. Entre elas, uma tecnologia para reduzir a rolagem da carroceria em situações como curvas. O recurso, a ar, tem grande variação de altura, podendo se adaptar a condições off-road (se é que o proprietário tem mesmo coragem de ir para a terra) ou a uma condução esportiva.
Outra novidade é o eixo traseiro esterçante em 7,2 graus. O recurso facilita manobras de estacionamento pois, em baixa velocidade, gira as rodas traseiras em direção oposta às dianteiras.
Já em alta velocidade, elas giram na mesma direção, algo que melhora a estabilidade. O Range Rover Sport traz ainda sistema de vetorização do torque, além dos controles de estabilidade e tração.
Com todo esse pacote, a sensação é de estar ao volante de um carro que não chega nem próximo aos 1,82 metro de altura que o Range Rover Sport tem. A carroceria é muito firme em curvas e alta velocidade.
Além disso, mesmo com a patada que é o alto torque entregue em baixa rotação, não há tendência a escapar de dianteira ou traseira nas acelerações e retomadas fortes. A Range Rover entrega, no Sport, um produto muito equilibrado.
Mas, apesar de ser o mais esportivo da marca, a suspensão adaptativa permite ao Range Rover Sport oferecer também rodar confortável. Quando não está com os modos esportivos acionados, a pegada é suave e os impactos com pisos imperfeitos, bem filtrados.
Luxo
No porte, o Range Rover Sport é semelhante a modelos como Audi Q7, BMW X5, Lexus RX, Mercedes-Benz GLE e Volvo XC90. Mas, na prática, o SUV da montadora inglesa está acima desses produtos quando o assunto é sofisticação - e preço, também bem mais alto.
O SUV grande que mais se aproxima, ao menos em preço, é o Porsche Cayenne (dependendo da versão). Já a tecnologia híbrida plug-in é praticamente obrigatória em utilitários-esportivos desse porte. Apenas Q7 e GLE não trazem opção com esse sistema.
O Range Rover Sport se destaca ante a concorrência pelo impecável acabamento. Materiais como couro, alumínio e madeira dão o tom à cabine. Além disso, ele é generoso com os passageiros de trás.
Esses têm telas para reprodução de vídeos e duas zonas de ar-condicionado - ajustável em temperatura, velocidade e direcionamento. O ponto negativo é o porta-malas. Na prática, é capaz de acomodar menos bagagem que os mais de 500 litros sugerem.
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