"Não há como o obscurantismo vencer a arte", diz Haddad no Baixo Augusta
Acompanhado da mulher, Ana Estela Haddad, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad estava na concentração do Acadêmicos do Baixo Augusta.
Em entrevista ao UOL, Haddad, que interagiu com foliões, falou sobre o Carnaval como forma de resistência artística e repudiou a perseguição à festa popular.
"O Carnaval de rua de São Paulo começou simultaneamente a esse recrudescimento da intolerância, da censura e da perseguição", avaliou ele, que acredita que isso só faz crescer a resistência.
"Não há como o obscurantismo vencer a arte. Não precisávamos estar passando por isso, mas no final a gente sabe quem ganha: ganha a liberdade", disse o ex-prefeito.
Haddad ainda enalteceu os fundadores do bloco, Alê Yousseff e Juca Ferreira, secretário da Cultura durante seu mandato (2013-2016).
"O Alê Yousseff e o Juca Ferreira foram os grandes artífices do que veio a se tornar o Carnaval de rua de São Paulo", disse ele, lembrando que, há poucos anos, o paulistano costumava deixar a cidade no feriado.
Entusiasmado com o crescimento das manifestações culturais, principalmente nas periferias, Haddad lembrou que mesmo na ditatura militar (1964-1985) a arte brasileira cresceu e se fortaleceu.
"A cultura sempre vai reagir. Mesmo no auge da ditadura, muitas das mais belas canções da nossa história foram feitas nesse período", lembrou.
"Hoje nós temos uma explosão cultural, as periferias estão efervescentes. Acho que tem alguma coisa acontecendo no sentido de resistência, que é o tema do ano aqui do Baixo Augusta. Eu vim também por isso", concluiu.
Com quatro trios elétricos, o Acadêmicos do Baixo Augusta começou a descer a Rua da Consolação no horário previsto, às 16h. A chuva deu trégua ao foliões, que já se acumulam para curtir um dos maiores blocos da cidade.
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