Como é a cirurgia que reposiciona a mandíbula, feita por irmã de Gracyanne?

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Giovanna Jacobina, irmã de Gracyanne Barbosa —juntas, elas formam uma das duplas do BBB 25—, fez uma cirurgia ortognática em 2022.
O que é a cirurgia ortognática
O procedimento reposiciona a mandíbula, mas não é uma intervenção apenas estética: pacientes que passam por ela costumam ter problemas como dificuldades no sono, para mastigar e respirar.
A cirurgia é indicada para quem tem a chamada deformidade ou anomalia dentofacial. Isso ocorre quando as estruturas da mandíbula e/ou da maxila crescem de forma anormal e causam uma falta de simetria no rosto (são pacientes que têm um queixo mais avantajado, por exemplo, ou ao contrário, com o maxilar maior do que a mandíbula).A maxila é o osso responsável por suportar os dentes superiores e a mandíbula, os inferiores.
Por diversas causas, principalmente genéticas, algumas pessoas desenvolvem as estruturas (mandíbula e maxila) com maior discrepância entre elas. Para corrigir essas alterações do crescimento, os especialistas realizam um diagnóstico preciso e indicam a cirurgia ortognática.
Como a cirurgia é feita?
O procedimento consiste em realinhar as estruturas da mandíbula e/ou da maxila. Isso pode ser feito com serras, parafusos e placas de titânio em um centro cirúrgico, além do acompanhamento odontológico prévio.
O uso do aparelho antes —para ajeitar os dentes— e durante a cirurgia faz parte do tratamento. Na operação, a estrutura "segura" todos os dentes, pois os ossos serão "soltos" para, então, serem serrados e recolocados no local certo.
Não é uma cirurgia recomendada para crianças. Para essa faixa etária, tenta-se corrigir o problema com aparelhos ortodônticos.

Como é a recuperação?
A pessoa fica, em média, uma noite no hospital e sai de lá com uma dieta envolvendo ingestão de líquidos ou alimentos pastosos. Isso dura 30 dias, mais ou menos, e pode se estender por mais tempo se preciso.
A cirurgia é invasiva e o processo de recuperação nem sempre é simples —varia de acordo com o quadro do paciente, ou seja, quais estruturas foram alteradas. As primeiras 48 horas são as mais delicadas. O indicado, no geral, é que a pessoa fique afastada, no mínimo, 15 dias do trabalho, em repouso (é possível andar, ir até o banheiro, etc). A recuperação, gradativa, deve ocorrer após 1 mês. Antes desse período, o paciente não pode fazer atividades físicas que demandem muito esforço e/ou de esportes de contato.
Todos os pontos ficam localizados internamente e não há nenhuma cicatriz externa. Também não é necessário retirar os parafusos ou placas, que são bem aceitos pelo corpo e não causam problemas de saúde, só quando há incômodo por parte do paciente.
Quais são os riscos?
Para realizar a cirurgia, é preciso ter diagnóstico de que a alteração na mandíbula ou na maxila afetam a qualidade de vida do paciente —conforme citado, a operação é recomendada para quem tem dificuldade para mastigar, falar e até para dormir (apneia). Inclusive, há situações de pacientes que sofrem com problemas na coluna.
O procedimento é contraindicado para pessoas com doenças descompensadas, como diabetes ou hipertensão. Até por isso são solicitados diversos exames pré-operatórios antes do procedimento, o protocolo em qualquer cirurgia.

Em alguns casos, é possível existir uma certa dormência no lábio inferior, que normalmente diminui após terapia a laser e medicamentos. Isso ocorre porque, no procedimento, as bases ósseas são movimentadas e nelas há diversos nervos. Os cirurgiões orientam buscar o auxílio de fisioterapeutas e fonoaudiólogos após o procedimento.
Como em qualquer operação, existe risco de infecção no pós-operatório, além de sangramentos. Ainda em ambiente hospitalar, o paciente já inicia a medicação com antibióticos, que pode durar até duas semanas.
Por ter um caráter estético, há o risco de o paciente não ficar satisfeito com o resultado. Por isso, é importante alinhar as expectativas do processo todo. O ideal é fazer avaliação com psicólogo ou psiquiatra antes de marcar a cirurgia, pois muitas vezes a busca pela operação pode ser motivada por um transtorno de imagem, que a cirurgia não irá resolver e ainda pode trazer mais insatisfação, caso não traga o resultado esperado.
*Com informações de reportagem publicada em 04/10/21.
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