Como controlar o açúcar no sangue com alimentação
Ao receber um diagnóstico de hiperglicemia, é comum pensarmos nas restrições alimentares que serão necessárias a partir daquele momento. Isso porque a condição acontece quando os níveis de glicose sobem, e a dieta é um fator importante para evitar que a situação se agrave e aumente o risco de diabetes.
Com algumas mudanças nos hábitos alimentares, já é possível reduzir o problema, evitar complicações e ter mais qualidade de vida.
A seguir, veja o que incluir na dieta e quais alimentos é melhor evitar quando há excesso de açúcar no sangue.
O que comer e beber
Fibras
A fibra é um item importante para controlar o açúcar no sangue, já que ela passa intacta pelo sistema digestivo. Essa característica da fibra torna a absorção do alimento mais lenta, evitando picos de glicemia no organismo. Portanto, consuma mais aveia, pão integral e vegetais.
Frutas com baixo índice glicêmico
As frutas são alimentos saudáveis e que devem fazer parte da dieta com regularidade. No entanto, pessoas com hiperglicemia devem tomar cuidado com a quantidade de frutose (açúcar natural) presente nesses alimentos.
Vale destacar que as frutas têm grandes diferenças de composição e índice glicêmico, ou seja, a velocidade de absorção dos carboidratos e seu impacto nos níveis de glicemia.
A recomendação é investir em morango, abacate, coco, banana, kiwi, laranja com bagaço, maçã e pera.
Oleaginosas
Itens como nozes, castanhas e amêndoas são boas opções para controlar os níveis de açúcar no sangue. As oleaginosas são fontes de fibras, gorduras boas, proteínas e contribuem com a saciedade.
Água
A água é essencial para a hidratação do organismo em todos os cenários. A bebida é insubstituível e auxilia no controle de várias alterações metabólicas, como na hiperglicemia.
Um estudo apontou que a baixa ingestão de água está associada a maior risco de aumento do açúcar no sangue.
Gorduras saudáveis
O tipo de gordura escolhida também pode afetar a hiperglicemia e o risco de diabetes. Escolha as gorduras saudáveis, como azeite, peixes gordos, como salmão, e abacate.
Leguminosas
Consumir feijões, lentilha, ervilha, grão-de-bico e soja é uma boa alternativa, já que são fontes de proteínas vegetais e apresentam menor impacto nos picos de glicemia que os cereais, por exemplo.
O que evitar
Carboidratos simples
O consumo de carboidratos simples impacta bastante a glicemia, já que ao ser ingerido é transformado rapidamente em glicose na corrente sanguínea. Portanto, é preciso evitar o consumo de açúcar e farináceos refinados, ou seja, doces em geral, como bolos e sorvetes, bebidas açucaradas e também pães, arroz branco, batata, massas e biscoitos.
Frutas com alto índice glicêmico
Entre as frutas com alto índice glicêmico e que devem ser evitadas apenas nas dietas que visam o controle glicêmico, estão: melancia, ameixa e tâmara.
Com médio índice glicêmico, que devem ser consumidas com moderação, estão abacaxi, mamão e figos secos.
Aqui cabe uma observação sobre o consumo de sucos, principalmente a versão coada: a bebida aumenta a concentração e absorção da frutose pela corrente sanguínea, que ocorre de uma forma acelerada. Portanto, para aqueles que devem controlar os níveis de glicose no sangue, o ideal é comer frutas em sua integralidade.
Bebidas alcoólicas
Quem está tentando controlar as taxas de açúcar no sangue deve evitar o consumo de álcool. A bebida pode causar tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia, já que altera a liberação de glicose pelo fígado.
A situação fica ainda mais grave quando o indivíduo ingere medicamentos para controle de diabetes ou consome o álcool após longas horas sem se alimentar.
Lembrando que não existem quantidades seguras de álcool que são recomendadas para a população em geral. Mulheres adultas não devem consumir mais de uma dose diária e homens adultos não mais que duas doses diárias de bebidas alcoólicas não açucaradas, quando pensamos em glicemia.
Gorduras saturadas
Ingerir refeições gordurosas, como frituras, carnes vermelhas e ultraprocessados, também aumenta a glicemia no sangue logo após o consumo. A gordura saturada costuma demorar para ser digerida e deve ser evitada.
*Com informações de reportagem publicada em 23/02/2023
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