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OpiniãoEsporte

Abel ou Jorge Jesus na seleção. Já!

Pior que mais uma atuação caótica, desanimadora e preocupante da seleção brasileira foi ouvir, após o jogo (empate 1 a 1 com o Uruguai, em Salvador), Rafinha (que nem atuou mal, individualmente) dizer que a equipe de Dorival Júnior jogou pra C... (palavrão).

O Brasil, uma vez mais, teve atuação abaixo da crítica e se um de seus destaques afirma o contrário é prova cabal de que é incapaz de ver e avaliar o que acontece em campo. Muito provavelmente o técnico Dorival Júnior pensa o mesmo. Desculpas são sempre a tônica dos fracassos.

Quem é mais importante no Real Madrid? Vini Jr. ou Valverde (que é muito bom jogador, justiça seja feita)? O brasileiro, claro. Mas quem brilhou na partida em Salvador? O uruguaio. Por que, uma vez mais, ninguém consegue fazer o cria do Flamengo apresentar um futebol minimamente parecido com o que faz no futebol espanhol. Culpa dele?

Nossos treinadores pararam no tempo e no espaço. Podem até funcionar aqui, em clubes (nem todos), mas à frente da seleção brasileira é um fracasso atrás de outro. Desde Tite, até hoje (acredite se quiser) considerado por muita gente boa o "melhor treinador brasileiro da atualidade", mesmo que seu trabalho nas duas últimas Copas e no Flamengo deponham fortemente contra tal classificação.

Urge um estrangeiro no comando da equipe canarinho. Para oxigenar as ideias. Para encantar, como fez Jorge Jesus, no Flamengo, ou empilhar vitórias e títulos, como tem feito Abel Ferreira, há quatro anos consecutivos.

Acorda, Ednaldo!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

51 comentários

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Marcelino Medeiros Junior

Abel não quer a Seleção Brasileira, quer a Seleção Portuguesa, escrevam e me cobre depois. O problema da Seleção é a falta de garra dos brasileiros estrangeiros, aqueles que jogam na Europa. Quando o 11 for formado por brasileiros brasileiros, aqueles que jogam aqui, vai ser outra coisa. A Seleção terá o apoio da torcida, que se sentirá representada. O torcedor terá de volta a velha e saudável identidade com a Seleção, que perdeu em 2002.

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Silvia Borges da Silva Pollo

Morto não acorda

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Celso Lungaretti

Para quem sabe avaliar o desempenho dos treinadores, duas conclusões são inescapáveis: 1) Dorival Jr., que é um dos seres humanos mais dignos que exercem tal ofício no Brasil, não terá dificuldade em garantir nossa classificação para o Mundial; 2) Dorival Jr. deixa perceber que, sob seu comando, o escrete dificilmente romperá a barreira das quartas-de-final, pois estamos mais uma vez superestimando nossos jogadores, há posições em que somos carentes (laterais e meio-campistas principalmente) e, para termos chance de disputar o título, precisaríamos de um técnico bem melhor. Então, inexiste motivo para uma troca imediata, afinal Dorival Jr. não é um Diniz qualquer, merece respeito. Por que não deixá-lo concluir a participação do Brasil nas eliminatórias e partirmos então para o técnico definitivo? E, se Jorge Jesus seria ótima escolha, nem pensarmos no Abel, discípulo do José Mourinho, com seu futebol robotizado e seus gols de bola parada!

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